do site Pragmatismo Político
Um pai
desorientado e sem saber qual procedimento fazer levou na manhã desta
segunda-feira (10) o filho morto em uma carroça até o Hospital Geral do Estado
(HGE), localizado no bairro do Trapiche, em Maceió.
Eduardo Araújo de Souza, 34 anos, morreu após, supostamente, lhe
ter sido negado atendimento médico, em sua residência, localizada na Favela
Sururu de Capote, no bairro do Vergel, a poucos quilômetros do HGE, na noite do
último domingo (9).
O pai da vítima, José Everaldo, 52 anos, destacou que o filho era
alcoólatra e que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas
“por residir em um local pobre o serviço foi negado”.
“Isso porque sou pobre, caso contrário teria como pagar um plano
de saúde e ter salvo a vida do meu filho ou até mesmo o teria colocado em uma
clinica de recuperação”, desabafou Everaldo.
O pai
ainda foi orientado por vizinho a procurar o Instituto Médico Legal (IML),
porém ele foi informado que é de competência do Serviço de Verificação de
Óbitos (SVO) fazer o translado do corpo por se tratar de morte clinica.
“Foi necessário alugar uma carroça e conduzir o cadáver do meu
filho para o Hospital Geral, já que não posso usufruir de um atendimento
honroso”, destacou o pai desconsolado.
A cena chamou a atenção dos transeuntes e condutores que
trafegavam na região. O corpo só foi recolhido pelo SVO após a chegada da
imprensa. “A culpa é da família que não ligou para a gente”, destacou um agente
do SVO.
“Como é que não ligamos, liguei para Deus e o mundo, mas ninguém
me socorreu. Foi este o único jeito encontrado para enterrar o meu filho”,
concluiu José Everaldo.
Railton Teixeira, Brasil de Fato
Muito triste.Enquanto isso os nossos políticos tomam a melhor champanhe do mundo com o melhor caviar,com o dinheiro da educação,da saúde e por ai vai.
ResponderExcluirVerdade Enecí,essa é a dura realidade do nosso Brasil.Um abraço
ResponderExcluir