quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Humor Brasileiro Ladeira Abaixo




Chico Anysio era o cara. Criou centenas de personagens, bolou um formato inovador para interagir com todos eles em um só programa, e ainda era um mestre em stand-up comedy.

Houve outros. Gente muito talentosa tal qual Juca Chaves, Sérgio Rabello, José Vasconcellos... Mas ninguém conseguiu superá-lo. E nos dias atuais, a nova safra parece muito aquém da categoria de Anysio.

Rafinha Bastos, Léo Lins, Murilo Couto, Diogo Portugal e Danilo Gentili fazem parte de uma nova geração que não saca a diferença entre humor inteligente e humor lata de lixo. Confundem referências, com preconceitos. Ofendem em troca de algumas risadas. A maioria deles não tem um currículo decente. Murilo era coadjuvante em Malhação. São adolescentes que atuam no mundo de adultos. Acham que o rótulo que tinham na fase da puberdade ("são engraçadinhos") os credencia a ficar em frente a uma platéia de centenas de pessoas e ofendê-las em tempo integral. Seja uma agressão verbal direta, ou apenas às suas respectivas inteligências. A verve que eles pensam ter vale muito pouco no mundo atual. Ser "engraçadinho" não é algo que ponha esses comediantes no rol dos talentosos, sequer vai alçá-los a condição de gênios. 


São "curtidos" nas redes sociais e, como tal, pode-se ver que a média de idade de seus seguidores beira os 17 anos. São seguidos por uma legião de pessoas; seus vídeos no Youtube tem milhões de visualizações. Mas conteúdo, mesmo, escasso. Muito pouco para se ter uma visão mais ampla de mundo e entender que fazer rir é uma arte, e não uma ação aleatória baseada em constrangimento público e grosseria verbal. Mas o que a molecada gosta é dos palavrões. Isso é divertido. Juca Chaves também os usava à exaustão, mas com fina provocação à sociedade conservadora e sempre no momento certo e na hora certa. O timming  é tudo nessas horas. Assim como o talento.

No Multishow tem uma versão brasileira do besteirol americano Comedy Central - the Roast. Chama-se Fritada. Se o original que é apresentado por Charlie Sheen ou por Seth MacFarlane (criador de Ted e Family Guy) ainda tem uma boa sacada aqui ou acolá,  a versão nacional beira o ridículo, tamanha pretensão de forçar a graça. Por lá já passaram Diogo Portugal e Murilo Couto, nada que credencie o canal a manter a "atração".




O superestimado Rafinha Bastos é um exemplo de alguém que se tornou referência no humor, sem ter graça. Com uma tirada ou outra de efeito fez seu nome no outrora engraçado CQC. Mas bastou proferir a célebre frase cafajeste que o jogou ao purgatório para ver a maré virar. Quando Marcelo Tas, seu colega de programa,  mencionou que a cantora Wanessa Camargo estava uma gracinha grávida, Bastos replicou: "Eu comeria ela e o bebê".

Foi justamente processado, perdeu o emprego na Band e amargou dificuldades com seus projetos paralelos. Resultado: teve que voltar para a antiga emissora, se arrastando. Lembrando que é dele também a "pérola" sobre a violência sexual contra as mulheres: "Toda mulher que vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade." Lembrou o Palo Maluf quando proferiu a canalha sentença: "tá bom, tá com vontade sexual, estupra mas não mata". Talvez ele tenha sido a inspiração pro Rafinha.




Danilo Gentili é bem mais emblemático. Conseguiu sair do CQC e ganhar seu próprio talk show. Até consegue se sair bem eventualmente, mas consegue se enveredar por caminhos tortuosos ao fazer comédia, e depois corre pra se esconder atrás da "liberdade de expressão". Já satirizou os judeus, os negros, as mulheres, os gays...Sempre com a desculpa da licença poética. Mas sempre há um momento que se vai longe demais.

Como Esse:
"Mais um recorde brasileiro no Guinness Book. Uma pernambucana doou mais de 300, eu disse 300, litros de leite. [...] Em termos de doação de leite, ela já tá quase alcançando o Kid Bengala", disse Gentili no programa. Uma foto de Michele foi exibida e Marcelo Mansfield, colega de palco de Gentili, afirmou "gente, isso não é uma espanhola. É uma América Latina inteira". A foto dela foi exibida novamente e Gentili falou: "está ela em cima, Plutão e Saturno logo abaixo". Em seguida, ele disse "depois de ela ver que não ia ganhar nada doando leite, ela resolveu vender" e é mostrada uma montagem de uma embalagem de Leite Moça, com a imagem de Michele e a frase "Leite da Moça".




Depois dessa, Michele decidiu não mais ajudar as pessoas, devido aos problemas que tem enfrentado (foi alvo de piadas grosseiras em sua cidade e via redes sociais) e que vai processar a Band e Gentili. Leia mais AQUI.

Tamanha a falta de criatividade faz com que se coloque em xeque a capacidade de Danilo em criar piadas minimamente inteligíveis. Porque apelar para a vulgaridade gratuita é fácil e não significa ter graça. Mostra que o humor brasileiro atravessa dias de tormenta criativa.

Tá certo, ter ideias a todo o tempo, bolar material e se manter antenado sobre tudo e todos deve ser exaustivo prum cara que vive de stand-up comedy. Mas talvez seja esse o problema. O comediante fica pilhado por querer falar sobre vários assuntos e acaba perdendo a espontaneidade. 

Na dúvida é melhor ficar com o básico. Jerry Seinfeld ensinou isso em sua famosa e genial sitcom, que leva seu sobrenome. Quando perguntado sobre o que era a série, ele respondia de maneira casual: "é sobre o nada". Esse "nada acabou mudando os rumos da TV americana (no caso a NBC) e se tornou referência para as outras concorrentes. 

Talvez esse seja o caminho para o humor brasileiro; Falar sobre o nada. Porque já falou sobre quase tudo e ainda não acertou o caminho.



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PARA MUITOS MARMANJOS QUE SE ACHAM "O TAL"...



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Mito de um Povo que NUNCA existiu





No início havia tribos. E elas se destacavam por suas organizações, pelas posses e pelo politeísmo. Mas também havia um grupo de selvagens em especial, que não tinha nada disso e acreditava piamente, que merecia tudo aquilo. Adotou e acreditou na tese do monoteísmo; e que essa divindade lhes devia gratidão por sua adoração exclusiva. Começou a fantasiar sobre a tese de ser "o povo escolhido" desse deus.

Nascia assim o povo hebreu.

O nome "hebreus" vem do hebraico "Ivrim", que significa "descendentes de Héber". O livro de Gênesis, capítulo 10, a partir do versículo 21 diz que Noé gerou a Sem; este gerou a Arfaxade, que gerou Salá, que gerou HÉBER; este gerou a Pelegue, que gerou Reú, que gerou Serugue, que gerou Naor, que gerou Tera, que então gerou a Abrão (que significa "pai exaltado, mais tarde tendo seu nome mudado pra Abraão, que significa "pai de muitas nações), sendo este considerado o patriarca do povo de Israel. Os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século X a.C. Os hebreus falavam uma língua semítica da família Cananéia, à qual se referiam pelo nome de “língua de Canaã". (fonte Wikipedia).



Cascatas à parte, foi daí que originaram as lendas que fariam com que eles se tornassem mitos. A mentira vira verdade com o exercício da repetição.

Apesar de nada os diferenciar dos outros povos, sua baixa auto estima e sua necessidade extrema de auto-afirmação eram munições suficientes para tomar à força o patrimônio de outrem. Desta forma eles "progrediam". E se eram de um "raça dileta" deveriam convencer o mundo inteiro disso. Através da truculência e da brutalidade isso aconteceu. Venciam seus adversários e os sobrepujavam. Ou como disse, certa vez, o Cardeal de Richelieu "a história é escrita pelos vitoriosos".

 Com o passar do tempo, as ESTÓRIAS, desprovidas de razão e lógica começaram a aparecer. Delírios como o Êxodo, a permanência por 40 anos no deserto, a abertura do Mar Vermelho, o Dilúvio, Josué parando o Sol para derrotar seus inimigos, enfim coisas que contrariam o bom senso, mas que, estranhamente, deram credibilidade ao povo que se intitulava o mais novo dono do mundo. Com as balelas surgiam os mitos. Nasciam nomes como Noé, Abrahão, Moisés, Davi, Josué e Salomão. "Ícones" que sequer figuram em livros sérios ou pesquisas de historiadores normais. Nem os nomes, nem suas pretensas conquistas. Mas isso não importava. A mentira vingou (ainda vinga) e amealhou inúmeros discípulos, impressionados com proezas inigualáveis. A cultura judaico-cristã foi fundamentada nessa sandice. Mas a que custo?

O que os hebreus via de regra, faziam para aumentar seu poder era: genocídio, expropriação de terras, conquista de nações legítimas; tudo seguindo a filosofia hitleriana de ser "o povo de deus", para justificar suas ações bárbaras. O bom senso desqualifica cada afirmação, cada ilusão criada para impor a vontade de um povo limitado que aspirava ser mais do que realmente era. Mesmo nos dias de hoje, com um avanço impressionante da ciência, refutando praticamente cada conto da carochinha, o engodo permanece.

Na atualidade, os resquícios de uma época brutal permanecem em Israel. Os atavismos sanguinários recrudesceram. Aos olhos do mundo, os herdeiros que habitam a "Terra Santa" (onde mais correu sangue ao longo da história da humanidade) ainda fazem o que desejam por se considerarem "os escolhidos". Tanta desfaçatez, tanta hipocrisia apenas refletem o atraso evolutivo de um grupo de pessoas acostumado a ser pária, há milhares de anos. São pessoas que ainda não encontraram seu lugar no universo. Sofrem de esquizofrenia aguda (somente eles são os filhos de deus, e apenas seus ascendentes é que viram ou falaram com a divindade máxima do universo) e usam de grilhões para escravizar os que não comunguem com suas ideias repelentes.

O Oriente Médio padece, ainda hoje, dos males de outrora. Uma nação insaciável, em busca de mais poder e menos dissidência. Ou estão com eles, ou estão contra eles. Destilam suas maiores obscenidades contra tudo e contra todos. Ofendem quem eles querem, de Jesus à Maomé. Recriminam negros e árabes. No fundo odeiam tudo o que não seja o próprio espelho. Impõem o terror contra seus detratores de maneira aberta e sem censura alheia. As indignidades sofridas por palestinos dói na alma; da mesma forma que incomodava ver as vítimas do holocausto provocado pelos nazistas. Mais de 2 milhões de judeus vitimados pela insanidade. Soa familiar nos dias de hoje.

Se há um mito que desafortunadamente, virou verdade, é que os hebreus foram referência para a humanidade. E até hoje sentimos os efeitos nocivos de tamanha infâmia.



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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um Império Perdido e Decadente



A “Era Obama” tem causado sérios danos à hegemonia global dos EUA. Se conseguiu se impor como potência após a 2ª guerra (no melhor estilo agiota, ganhando às custas dos que perderam muito durante o conflito) e, graças ao suposto terrorismo contra o Ocidente pode aumentar sua ingerência pelo mundo afora (em boa parte por culpa de George Bush e a corja de criminosos que o assessorava), com Barack Obama o império parece viver seu ocaso.

Já não consegue convencer nações a tomar parte de suas ações dignas de corsário, não se impõe mais como xerife exclusivo do mundo (obrigado, Putin!), nem faz a economia viver dias de glória. O recente black-out vivido pela administração Obama foi apenas mais um capítulo da trágica decadência vivida pelo Tio Sam. Um calote trilionário que poderia reviver uma nova depressão, semelhante à de 1929.



O candidato da esperança se tornou o da mentira; o político que representava mudança se mostrou ‘mais do mesmo’, só que pior. A gestão Obama se revelou como uma decepção, de ação imoral, com belas, porém vazias palavras, brutal, desprovido de valores, escondendo interesses e ações por trás de cada decisão tomada nos últimos anos.

As revelações de Edward Snowden sobre a espionagem global por parte dos Estados Unidos não foi surpresa; causou sim espanto a tentativa de capturar Snowden, ex funcionário da CIA, que revelou ao mundo as atrocidades dos EUA contra a soberania dos países e a privacidade alheia. Nem Bush, com seu tirano Decreto Patriota conseguiu ir tão longe.

Sob a égide do "combate ao terrorismo" pode-se, hoje, nos EUA deter um cidadão sem mandado, sem razão aparente e, é claro, sem escrúpulos; pode-se invadir sua casa, revistá-la, sem que haja necessidade de uma autorização judicial. O Decreto se incumbiu de violentar os direitos civis.

A palavra TERROR é usada para massificar a opinião pública e conseguir suas intenções de maneira escusa. Também sua 'política internacional' recrudesceu. "EUA cometem crime de guerra por ataques com drones, diz Anistia Internacional. Número de operações dobraram na administração Obama." A mídia americana pouco fala sobre isso. Com a corrupção assolando as emissoras de TV, jornais e revistas, sobra apenas a imprensa independente para revelar os podres do presidente e seus asseclas.

Para manter sua parceria com países europeus, o presidente americano tem oferecido vantagens aos aliados. Segundo o site A Voz da Rússia: "Segundo avaliações feitas por peritos da agência Jane’s em 2010, o papel da Itália na guerra contra o Iraque e o envio de um contingente militar de 3 mil efetivos abriram às empresas italianas acesso aos contratos no âmbito da campanha de reabilitação econômica daquele país. A participação na guerra afegã proporcionou privilégios análogos. Tais possibilidades surgiram sob o pano de fundo do agravamento de problemas econômicos e na altura em que o governo italiano procedeu à produção de armas a fim de reanimar o tecido econômico do país."




ALARME FALSO

A cada ameaça (falsa) de ataque ou de pânico entre seus cidadãos há o temor de uma tentativa de enterrar de vez a constituição americana, sob o pretexto de 'combate ao terror'. Um novo 11 de setembro sempre paira sobre os cidadãos, mas talvez ficasse muito evidente repetir algo tão cinematográfico; tentaram em Boston, mas fotos e vídeos mostravam que tudo foi encenado. Novamente criaram uma situação falsa, desta vez com Miriam Carey, a motorista que, supostamente, tentou invadir a Casa Branca. Uma vez mais, a versão oficial não batia com a realidade. Mas "false flags" como estas tem seu propósito: desviar a atenção do público para coisas monstruosas praticadas e cometidas nos bastidores de Wall Street (verdade sede do governo), enquanto o cidadão comum passa por momentos difíceis em sua própria casa. Com a economia decadente, o poder de compra enfraquecido, também faz com que o humor do cidadão mude e veja situações de maneira diferente. Tudo o que o establishment não quer.

E em uma nação com altos índices de pobreza, com uma sociedade sufocada por carga elevada de impostos e com pouco retorno governamental, a saída é submeter-se, tal qual uma ovelha indo para o abate. Americanos não tem o hábito de protestar de maneira massiva. Veja AQUI sobre situação social da América.
Até suas remotas promessas de campanha (um plano de saúde para os mais pobres) foi deturpado, em razão do lobby que age sem amarras em Washington. O "ObamaCare" foi criado para ajudar alguns, mas onerando a já sobrecarregada classe média dos Estados Unidos. Cortar os próprios gastos (principalmente o orçamento destinado a guerrear pelo mundo) nem pensar.

Obama que tinha tudo para entrar para a história de seu país como o primeiro presidente negro, que tinha a confiança de milhões de compatriotas, acabou se nivelando por baixo, correndo o risco de acabar como Richard Nixon: impedido de terminar seu mandato.

Barack Obama conseguiu a proeza de ser pior presidente que George Bush, pai e filho.
Do jeito que a coisa vai, em pouco tempo o presidente americano terá destruído o pouco que fez.



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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Os Alienados da Pátria Amada




Esporte é a única forma de convencer o brasileiro a ser "patriota", a cantar o hino nacional e se considerar a nação 'abençoada' por deus. Seguindo essa toada, alguns atletas conseguiram o estranho rótulo de "heróis" por suas trajetórias pela seleção, seja de futebol, vôlei, basquete, ou até em esportes onde se pratica sozinho.




Um dos expoentes desse ufanismo barato é o jogador aposentado Oscar "Mão Santa " Schmidt. Grande atleta, craque em momentos decisivos, Oscar tende a trocar alhos com bugalhos, quando se trata do basquete brasileiro. Prefere defender até a morte a prioridade à seleção brasileira, do que aos clubes.

Suas críticas se intensificaram nos últimos meses, quando a seleção foi eliminada na recente Copa América. O técnico argentino Rubén Magnano criticou a dispensa dos jogadores que atuam na NBA; apesar de não gostar do treinador (por ser estrangeiro), Schmidt fez eco. Mas suas palavras ganharam uma conotação diferente, revanchista contra os atletas que jogam no campeonato de maior destaque do planeta. Talvez porque ele mesmo nunca pôde atuar em quadras americanas.


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A Decadência do Vôlei Brasileiro



O reflexo de suas ações panfletárias se mostraram no último domingo (13/10) durante o jogo exibição entre clubes dos EUA: Chicabo Bulls e Washington Wizards. Nenê Hilário, jogador do Wizards e Leandrinho, que estava assistindo ao jogo, na platéia, ambos que pediram dispensa, sentiram na pele o efeito das palavras mal colocadas de Oscar: apupos, o tempo inteiro.

As vaias, o clima hostil são reflexos de uma visão errática de atribuir uma convocação para "servir a seleção" como algo literal. Veja AQUI.

Tudo é política. Os dirigentes que se eternizam no comando da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), os investimentos escassos e a base sendo relegada a segundo plano deveriam ser criticadas com a mesma ênfase, não só por Schmidt, mas por outros ex atletas que passaram pela "amarelinha". Mas ao crucificar jogadores 'estrageiros' em público, o Mão Santa acaba fazendo o joguinho da CBB e do COB, Comitê Olímpico Brasileiro, um feudo de Carlos Artur Nuzman que pouco faz pelo esporte nacional. Alguém já viu Oscar ou qualquer outro atleta aposentado criticar o Nuzman abertamente? Nem eu.


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BRASIL - UM PAÍS DE TOLOS



Os jovens que se dispuseram a jogar basquete no país do futebol tiveram um início sofrível, com imensas dificuldades. Para conseguir atuar em um grande clube (e são pouquíssimos no país) é algo muito raro; depois de muito tempo ele consegue se manter, já que no início de carreira é apenas através do "paitrocínio". Alguns poucos são selecionados para a seleção, e um número ínfimo consegue jogar no exterior. Pergunto: qual a dívida que esse jogador tem com a seleção? Ele foi usado como todos os outros antes dele; era um número e de um número não passou. Quando ganhava algo a conquista não era "do Brasil!!!!", era da cartolagem e dos patrocinadores da Confederação; mas ao perder a derrota era só dele, e de mais ninguém. Ele deveria ter feito algo além do que já fez, apenas por um sentido patriótico, arcaico e cheirando a mofo?  Lógico que não. Oscar "servia" a seleção DE GRAÇA? Claro que não. São profissionais, e como tais devem ser suas condutas. Sem decisões apaixonadas.

Pode parecer exagero, mas não é. Clube, seleção são empresas, onde rola grana e apenas meia dúzia se dá bem. Oscar não se apercebe do comentário que fez, pois pensa como os senhores do esporte nacional. Nenê, Leandrinho, Varejão, Marquinhos, Tiago Spliter e Vítor Faverani estão a serviço da empresa que os paga (e paga bem).


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O Calvário do Esporte Brasileiro



Trocar o clube pela convocação da CBB, para ganharem menos, ser os principais responsabilizados caso não haja classificação ou conquista, além de correrem o risco de lesões (coisa pela qual a CBB não se responsabiliza), ficando com o futuro profissional comprometido, não parece uma atitude lógica.
Oscar é um profissional vitorioso. Sempre primou pelo talento nato. Mas se deixou levar pela conquista no Pan de 1987, quando a força máxima brasileira ganhou dos universitários que integravam a seleção americana. Foi sua maior conquista --talvez o único título de expressão. A partir daí qualquer coisa que envolvesse o esporte em âmbito internacional, virava uma batalha naval.

No mundo moderno, esporte é sinônimo de profissionalismo. Quem se descuida é ultrapassado ou perde lugar. Mentalidade atrasada só ajuda a retardar a evolução do esporte no Brasil. É com isso que contam os cartolas brasileiros. Com isso e com os 'arremessos' do Mão Santa, no melhor estilo FOGO AMIGO.



Deu na ESPN: "Bola de latão. Basquete. A sublime confederação brasileira mandou e-mail gratificante aos times que disputarão o Brasileiro sub-15 feminino da segunda divisão, em Goiânia. As garotas devem levar roupa de cama, toalha, sabonete, pasta de dente e outros apetrechos. O torneio será no final deste mês."


E viva o país dos esportes!!




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Fracasso da Fórmula 1





Se para os pilotos, para os cartolas e para alguns patrocinadores as coisas estão indo a mais de 330 KM/h, para a emissora brasileira que cobre o evento e para os saudosos de uma época mais exuberante, com pilotos brasileiros de verdade , com certeza fica uma ponta de tristeza e desapontamento ao ver o flagrante declínio do automobilismo no país.

Para os afortunados que puderam ver Emerson Fitippaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet em plena forma, acompanhar etapas com Rubens Barrichello e, mais recentemente, com Felipe Massa é brochante.

Emerson, o precursor, assim como José Carlos Pace, depois com Ayrton e Nelson, pilotos genuínos que honravam seus predecessores pavimentaram o esporte (se é que pode-se chamar assim) no Brasil.
Criou-se uma legião de fãs que se acostumaram a acompanhar corridas dominicais, com certo ufanismo, principalmente na era Senna.

Os pegas entre grandes nomes faziam a festa da Globo, que incentivava a rivalidade entre os brasileiros.
Com os títulos e as performances dos pilotos, a Fórmula 1 conquistava espaço cativo na grade de programação com índices expressivos.






Firmaria-se aí o nome do polêmico (e discutível) narrador Galvão Bueno, e da execução do 'Tema da Vitória, de Eduardo Souto Neto. O primeiro a ter a honra, foi Nelson Piquet, em 1983, no Grande Prêmio Brasil. Mas se tornou marca indelével das conquistas de Ayrton, com a voz embargada de Galvão dando o tom piegas.

Senna fazia o estilo "bom menino", apesar de jornalistas se queixarem de seu comportamento vingativo de contestar certas reportagens desfavoráveis, pedindo suas cabeças em forma de retaliação. Nelson sempre foi, assumidamente, o "bad boy", e Bueno se encarregou de deixar esses papéis bem claros para o público. Enquanto Ayrton seguia as normas de maneira protocolar, Piquet escrachava em público com tudo o que via de errado pela frente. Principalmente contra Galvão, nitidamente um leigo transmitindo as corridas, sem o mínimo preparo para tal evento. As gafes eram inevitáveis, assim também como as críticas de Nelson, via imprensa. O locutor adotou Senna como xodó, para mostrar que não se torcia as regras do jogo assim. O público, manipulado, graças a massificação da emissora, começou a tomar partido. Até hoje é comum as pessoas citarem apenas Ayrton, como grande piloto brasileiro, relegando Piquet ao limbo. Quem acompanhava de perto, sabe que a história não é bem assim.

Certo é que, depois daquele Grande Prêmio de Imola, quando Airton Senna foi vitimado na Curva da Tamburello, as coisas para a Globo nunca mais forma as mesmas.
Às pressas tentou alçar o novato Rubens Barrichello à condição de legítimo sucessor do tricampeão que acabara de falecer. E ele deixou. Talvez pela pouca experiência de vida, talvez por se sentir honrado e envaidecido pela coroa que era passada a ele (o ego)...O que realmente importa é que sua carreira nunca mais foi a mesma. Nem a Fórmula 1. Ao menos para os brasileiros.

A audiência, que era estratosférica aos domingos, pulverizando a concorrência (Sílvio Santos uma vez tentou comprar os direitos de transmissão), com o passar do tempo perdeu fôlego. O interesse do público, exigente, caiu. Na mesma proporção do rendimento de Rubens. Nem sua ida para a Ferrari conseguiu o 'milagre da multiplicação da audiência'. A cada prova, bem que o locutor tentava (ludibriando, mentindo, enganando) despertar os brios do telespectador. Em vão. Nem na escuderia italiana (com um Michael Schumacher ganhando tudo) isso aconteceu.

Para tentar manter um pouco da dignidade (???), o narrador jogava tanto o colega de equipe, quanto a Ferrari contra a platéia. Cada derrota era culpa dos mecânicos, que privilegiavam o piloto alemão, ou dos dirigentes da escuderia que não permitiam que o brasileiro ganhasse. Ainda havia ingênuos que caiam no truque.

Com o declínio de Barrichello, a ascensão de Felipe Massa, para a mesma equipe italiana, caiu do céu para a emissora dos Marinhos.

Mas se com Rubens as vitórias já eram escassas, com Massa então elas quase que sumiram. Tal qual números do Ibope dominical para a Globo. A concorrência se aproveitou. Mesmo sem se mexer muito. A Record costuma ganhar apenas com a exibição dos desenhos clássicos do Pica Pau.
O público cansado de ser enganado parou de acompanhar algo que outrora foi prazeroso, e hoje se tornou uma tortura.

Até pilotos recém chegados à Fórmula 1 conquistavam espaço, prestígio e títulos. Quase todos. Massa e Barrichello nunca foram nada além de aspirantes ao posto de pilotos medianos. Suas parcas (e magras) vitórias nunca foram nada além de propaganda enganosa.

Hoje, às vésperas de perder seu único representante no campeonato, a Globo vive a beira de um ataque de nervos. Já usou sua blitzkrieg publicitária para segurar anunciantes para a próxima temporada.

E terá que rever valores, enxugar gastos nas transmissões, se quiser manter o evento na grade. Mas, acima de tudo terá que reinventar suas técnicas de manipulação. Caso não haja um brasileiro na competição ficará quase impossível alguém se predispor a assistir algo que leva do nada ao lugar nenhum. Sem objetivos. Ao menos para um público exigente como o daqui, acostumada a torcer por grandes nomes do automobilismo nacional.



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A Casa Grande e a Senzala da Globo




quarta-feira, 9 de outubro de 2013

HISTÓRIA QUE OS LIVROS NÃO CONTAM





da página do Facebook - O SENTENÇA


Em 1926, o sítio Baixa Dantas foi vendido e o novo proprietário exigiu que os membros da comunidade saíssem das terras. Com isso, Padre Cícero resolveu alojar o beato e os romeiros em uma grande fazenda denominada Caldeirão dos Jesuítas, situada no Crato, onde recomeçaram o trabalho comunitário, criando uma sociedade igualitária que tinha como base a religião. Toda a produção do Caldeirão era dividida igualmente, o excedente era vendido e, com o lucro, investia-se em remédios e querosene.





No Caldeirão cada família tinha sua casa e órfãos eram afilhados do beato. Na fazenda também havia um cemitério e uma igreja, construídos pelos próprios membros. A comunidade chegou a ter mais de mil habitantes. Com a grande seca de 1932, esse número aumentou, pois lá chegaram muitos flagelados. Após a morte de Padre Cícero, muitos nordestinos passaram a considerar o beato José Lourenço como seu sucessor.
Devido a muitos grupos de pessoas começarem a ir para o Caldeirão e deixarem seus trabalhos árduos, pois viam aquela sociedade como um paraíso, os poderosos, a classe dominante, começaram a temer aquilo que consideravam ser uma má influência.

Em 1937, sem a proteção de Padre Cícero, que falecera em 1934, a fazenda foi invadida, destruída, e os sertanejos divididos, ressurgindo novamente pela mata em uma nova comunidade, a qual em 11 de maio foi invadida novamente, mas dessa vez por terra e pelo ar, quando aconteceu um grande massacre, com o número oficial de 400 mortos. Foi a primeira ação de extermínio do Exército Brasileiro, e Polícia Militar do Estado do Ceará. Acontecera o primeiro ataque aéreo da história do Brasil. Os familiares e descendentes dos mortos nunca souberam onde encontra-se os corpos, pois o Exército Brasileiro e a Polícia Militar do Ceará nunca informaram o local da vala comum na qual os seguidores do Beato foram enterrados. Presume-se que a vala coletiva encontra-se no Caldeirão ou na Mata dos Cavalos, na Serra do Cruzeiro (região do Cariri).

A ONG SOS Direitos Humanos entrou com uma ação civil pública no ano de 2008 na Justiça Federal do Ceará, contra o Governo Federal do Brasil e Governo do Estado do Ceará, requerendo que o Exército Brasileiro:

a) torne público o local da vala comum,
b) realize a exumação dos corpos,
c) identifique as vítimas via exames de DNA,
d) enterre os restos mortais de forma digna,
e) indenize no valor de R$ 500 mil, todos os familiares das vítimas e os remanescentes,
f) inclua na história oficial, à título pedagógico, a história do massacre / chacina / genocídio do Sítio da Santa Cruz do Deserto, ou Sítio Caldeirão.


Assistam o documentário:





domingo, 6 de outubro de 2013

O Que Acontece com a Polícia Brasileira?





Não é de hoje que a polícia militar dos estados da federação são alvo de reclamações por ações truculentas. Mas desde as manifestações que se intensificaram no primeiro semestre, o despreparo se acentuou de maneira tal, que até órgãos internacionais dos direitos humanos se pronunciaram contra.




Mas o que faz um policial, que na teoria está lá para proteger e servir (o cidadão e a sociedade) se descontrole ao ponto de torturar e agredir civis desarmados e que, na maioria das vezes sequer representam ameaças? A mando de quem?




Muitas vezes contando com a própria subserviência da mídia, atrelada a seus compromissos com prefeitos e governadores eleitos com a ajuda de veículos de imprensa, os disparates foram se multiplicando e passando para o público que era um guerra da sociedade contra “vândalos”. Depois, contra os “mascarados” (sim, porque para os maganos da mídia tupiniquim, máscara é sinônimo de covardia), em especial os Black Blocs. Políticos não usam máscaras, mas agem como delinquentes, e ainda assim, pouco se ouve sobre suas atividades criminosas.



E os protestos sempre foram (com raras exceções) por motivos justos. Desde transporte público de qualidade, até reivindicações salariais, passando por cobranças aos políticos. A pergunta é: de que lado está a polícia militar?
Não se discute o dever de se proteger o patrimônio público, defender transeuntes e evitar eventuais crimes. Mas é só até o capítulo 2 que vai o trabalho da corporação. Muitos começaram a tomar gosto pela liberdade ilimitada de agredir, brutalizar sem medo de eventuais punições. Quando acontecem são apenas medidas administrativas.




INFILTRADOS

Longe de conseguirem manipular a opinião pública (mesmo com a ajuda da mídia), os policiais resolveram tentar outra técnica, digna da Gestapo de Hitler: infiltrações. Passamos a conhecer os P2, indivíduos que se fazem passar por integrantes das passeatas nas ruas, pra depois ‘tacar fogo no circo’.



Graças a mídia independente (a Ninja, por exemplo), junto com a blogosfera (como sempre) difundindo conteúdo nas redes sociais (viva a internet, amigo!) as pessoas puderam ter acesso a real situação das ruas.



Um a um, os P2 foram expostos à luz das mentiras contadas de maneira contundente, para ganhar simpatizantes, mas que tomaram o caminho oposto. Com isso, a truculência só aumentou.




ENQUANTO ISSO, NO RIO...

A gota d’água foi a manifestação dos professores da rede municipal do Rio de Janeiro, que foram covardemente atacados pela força de repressão do governo Cabral. Tanto ele, o pseudo governador, quanto o prefeito Eduardo Paes são amigos de carteirinha, portanto é comum um proteger ou blindar o outro. A Globo, que apoiou a eleição de ambos, também faz a linha de “olhar para o outro lado”, mas com a repercussão negativa de sua linha editorial durante os últimos meses junto à população (“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”), a direção da casa achou por bem, defender os dois, mas com cautela.



Ver professores, que são constantemente achincalhados pelo sistema, vilipendiados pelas autoridades e menosprezados por muitos do corpo discente, apanhar de policialzinho, capacho do sistema é lamentável.



Um verdadeiro policial militar deveria apoiar os grevistas, endossar as reivindicações e engrossar o coro dos excluídos. Acabaram optando pelo lado errado da força. Pena.
Há os que os defendam alegando que eles não tinham opção. São funcionários do governo. Bom, os professores também; e nem por isso se omitiram de lutar contra a dura e triste realidade.



Os Black Blocs deram a ‘cara à tapa’, uma atitude que incomoda muita gente. É inegável também que houve excesso, como sempre acontece. Mas foram estes mesmos “encapuzados” que se entrepuseram no conflito da PM e dos manifestantes em greve.
O que ficou difícil aceitar, em mais uma prova cabal da hipocrisia do sistema, foi a imposição de se usar máscaras por parte dos cidadãos durante manifestações e protestos; mas havia vários integrantes da Polícia que usavam a famigerada “touca ninja”, dificultando reconhecimento.



Os “Blocs” chamaram para si o confronto que era inevitável (em momento algum o prefeito quis dialogar e a ação militar era iminente, portanto...). Mesmo assim, houve abusos, truculência, provocações e, como sempre, impunidade. Comum encontrar nas redes sociais provocações por parte de algum PM aos professores.






Faz com que tenhamos sérias dúvidas com relação à seleção desses “profissionais”. Existe um exame psicotécnico para admiti-los? São periodicamente analisados ou passam por processos de reciclagem? Há pessoas que fiscalizam suas ações nas ruas? Difícil dizer. Parece claro que sua profissão é estressante; o que não fica claro é o porquê de descontarem suas frustrações na população (cidadãos desarmados) se poderiam evitar postura tão beligerante.

Talvez se houvesse um mínimo de consciência política por parte dos nossos colegas da corporação...Os grevistas protestavam por algo justo. Algo que interessa, e muito, aos PMs: SALÁRIO JUSTO E DIGNO.



Se era inevitável a violência por parte deles, deve-se dizer que os policiais bateram nas pessoas erradas.


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Brasil já teve seu “11 de Setembro”. Ou quase...




Sequestro do voo 375 foi uma ação ocorrida no voo da VASP em 29 de setembro de 1988 por Raimundo Nonato Alves da Conceição, que tinha como objetivo colidir o avião com 98 passageiros e 7 tripulantes a bordo1 contra o Palácio do Planalto em Brasília. O voo, numa aeronave Boeing 737-300, partiu de Porto Velho rumo ao Rio de Janeiro, fazendo escalas em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. Na fase final do voo, entre a capital mineira e o Rio de Janeiro, foi sequestrado e desviado para Brasília.



Raimundo, na época com 28 anos, havia perdido seu emprego na construtora Mendes Júnior em Minas Gerais. No final da década de 80, o Brasil enfrentava uma péssima fase econômica com elevados índices de desemprego e inflação. Raimundo decidiu punir quem achava ser culpado pela má situação pela qual ele e o País passavam: o então presidente da República, José Sarney, lançando um avião contra o Palácio do Planalto, onde fica o Gabinete Presidencial.

Raimundo comprou um revólver calibre 32 e embarcou no voo VP-375. É importante ressaltar que na época, aparelhos de raios-X e detectores de metal não eram utilizados para verificar bagagens para voos nacionais, o que permitiu a passagem livre do passageiro. O voo, que vinha de Porto Velho e fazia escala em Belo Horizonte, decolou às 10h42 e cerca de 20 minutos após a decolagem, com o avião já no espaço aéreo do Rio de Janeiro, Raimundo Nonato anunciou o sequestro: disse que queria entrar na cabine e baleou Ronaldo Dias, um comissário de bordo, quando este tentou impedí-lo. Disparou várias vezes contra a porta da cabine, a arrombou e entrou. Ao entrar, Raimundo baleou o engenheiro de voo, Gilberto Renher, que teve a perna fraturada pelo tiro. Sem que o sequestrador percebesse, o piloto Fernando Murilo de Lima e Silva acionou pelo transponder o código 7500, que na linguagem da aeronáutica, indica interferência ilítica (sequestro). Quando tentava atender à resposta do Cindacta pelo rádio, o co-piloto Salvador Evangelista foi baleado pelo sequestrador e morreu na hora. Em seguida, Raimundo apontou o revólver para o piloto e exigiu que a aeronave fosse desviada imediatamente para Brasília.





Raimundo acabou desistindo de jogar o avião contra o Palácio do Planalto, mas impediu o comandante de pousar o avião quase sem combustível no Aeroporto Internacional de Brasília e na Base Aérea de Anápolis. Quando se aproximou de Goiânia, o piloto fez duas manobras acrobáticas (um "tonneau" e um parafuso) que foram testemunhadas por um caça Mirage III. Obteve sucesso na segunda manobra, o que permitiu um pouso rápido no Aeroporto Internacional Santa Genoveva às 13h45. 

Em terra, o sequestro e as negociações continuaram por várias horas. O sequestrador chegou a exigir um avião menor para fugir, mas por volta das 19h, quando descia a escada do avião usando o comandante como escudo, acabou sendo baleado três vezes pela equipe de elite da Polícia Federal. Morreu dias depois, vítima de uma infecção por anemia falciforme, sem relação com os tiros, segundo o legista Fortunato Badan Palhares.


A reportagem: