segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

AS ESTRATÉGIAS DOS EUA PARA DESESTABILIZAR UMA NAÇÃO




O texto abaixo foi escrito por um dos criadores da CIA, sobre a estratégia que se aplicaria contra a União Soviética.


Allen W. Dulles: "Os Estados Unidos pussuem 50% da riqueza do mundo, mas apenas 6% da sua população... Em tais condições, é impossível evitar que as pessoas nos invejem. Nossa autêntica tarefa consiste em manter esta posição de disparidade sem detrimento de nossa segurança nacional. Para conseguir-lo, teremos que desprender-nos de sentimentalismos e tolices. Temos que deixar de objetivos vagos e pouco realistas como os direitos humanos, a melhoria dos níveis de vida e a democratização."



"Logo chegará o dia em que teremos de trabalhar com conceitos diretos de poder. Quanto menos bobeiras idealistas dificultem nossa tarefa, melhor será..."


"Semeando o caos na União Soviética, sem que seja percebido, substituiremos seus valores por outros falsos e lhes obrigaremos a crer neles. Encontraremos nossos aliados e correligionários na própria Rússia. Episódio após episódio será representada por suas proporções uma grandiosa tragédia, a da morte do mais irredutível povo na terra, a tragédia da definitiva e irreversível extinção de sua autoconsciência."


Da literatura e da arte, por exemplo, faremos desaparecer sua carga social. Desabituaremos aos artistas, lhes despojaremos da vontade de dedicarem-se à arte, à investigação dos processos que se desenvolvem no interior da sociedade. A literatura, o cinema, e o teatro, deverão refletir e enaltecer os mais baixos sentimentos humanos".


"Apoiaremos e daremos destaque por todos os meios aos denominados artistas, que começarão a semear e encucar na consciência humana o culto do sexo, da violência, o sadismo, a traição. Em uma palavra: qualquer tipo de imoralidade."


"Na direção do Estado, criaremos o caos e a confusão. De uma maneira imperceptível, mas ativa e constante, propiciaremos o despotismo dos funcionários, o suborno, a corrupção, a falta de princípios. A honradez e a honestidade serão ridicularizadas como desnecessárias e convertidas em um vestígio do passado. O descaramento, a insolência, o engano, a mentira, o alcoolismo, a drogadição e o medo irracional entre semelhantes."


..."Graças ao seu diversificado sistema propagandístico, os Estados Unidos devem impor sua visão, estilo de vida e interesses particulares ao resto do mundo, em um contexto internacional onde nossas grandes corporações multinacionais contarão sempre com a implantação imediata das forças armadas, em qualquer zona, sem que lhe assista a nenhum dos países agredidos o direito nacional a defender-se."


"A traição, o nacionalismo, a inimizade entre os povos, e acima de tudo o ódio ao povo russo, tudo isto é o que vamos cultivar habilmente até que rebente como o botão de uma flor."


"Somente uns poucos conseguirão suspeitar e inclusive compreender o que realmente sucede. Porém a estas pessoas lhes situaremos em uma posição de desamparo, ridicularizando-lhes, encontrando a maneira de lhes caluniar, desacreditar e apontar-lhes como párias da sociedade."


"Nossa principal aposta será a juventude. Nós a corromperemos, desmoralizaremos e pervertiremos."


"Devemos conseguir que os agredidos nos recebam com os braços abertos, mas estamos falando de ciência, de uma ciência para ganhar em um novo cenário a mente dos homens. Antes que os porta-aviões e os mísseis, chegam os símbolos, os que vendermos como universais, glamourosos, modernos, arautos da eterna juventude e a felicidade ilimitada."


"O objetivo final da estratégia em escala planetária, é derrotar no terreno das idéias as alternativas ao nosso domínio, mediante o deslumbramento e a persuasão, a manipulação do inconsciente, a usurpação do imaginário coletivo e a recolonização das utopias redentoras e libertárias, para obter um produto paradóxico e inquietante: que as vítimas cheguem a compreender e compartilhar a lógica dos seus verdugos".


Allen Dulles foi um oficial de alto escalão da Oficina de Serviços Estratégicos, OSS, organismo antecessor da Agência Central de Inteligência, CIA, e esteve presente na criação desta última onde serviu oito dos seus dez anos como diretor, até que em 1961 depois do fracasso da invasão a Cuba pela Baía dos Porcos, organizada pela CIA, foi destituído pelo presidente J. F. Kennedy, porque assegurou ao presidente que o povo cubano estava esperando os mercenários com os braços abertos, e a realidade demonstrou que os cubanos defenderam sua soberania com toda a coragem e em apenas 67 horas derrotaram os invasores.