quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Como se "vingar"de quem te rouba o celular...





De Frédéric Decatoire



Quando te roubam um celular, sabemos que recuperá-lo é impossível.
Os ladrões os vendem rapidamente. A experiência é muito desagradável, mas as companhias operadoras substituem rapidamente o chip e pouco se importam com quem está o celular. O que a operadora quer é consumo.

Porém, existe algo muito interessante que vcs devem conhecer e é a forma de se vingar do ladrão que te roubou.

Todos os celulares GSM (ou seja que tem chip) têm um registro de série único que em nenhum telefone a nivel mundial se repete e que se chama : Código IMEI.

As operadoras, como é lógico, não o tem registrado para te ajudar. Só os donos do aparelho podem ter acesso ao código. Para obtê-lo digitem : *#06# 

Só isso e NÃO PRESSIONE "SEND".


Na tela aparecerá o código IMEI. 

Anote-o e guarde-o em lugar seguro.

Se te roubarem o celular, chame a operadora e indique o código. O celular será bloqueado completamente e mesmo que o ladrão mude de cartão ou chip, não poderá ligá-lo.

Provavelmente não recuperes teu celular mas pelo menos vc terá a certeza de quem o tiver roubado não poderá utilizá-lo nunca. Se todos nós soubéssemos disto, o roubo de celulares diminuiria porque não tería sentido roubar um aparelho sem serventia. Envia esta dica a todos teus amigos e conhecidos e vamos acabar com os roubos de celulares..... !

Divulgue ...... !



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AS EMPRESAS COM MAIS RECLAMAÇÕES NO PROCON



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Pobre Classe Média...



   Há uma nova classe média na praça.

  As pessoas acham que pertencer a ela é um direito adquirido, um clube, onde apenas os sócios, ou aqueles que obtêm convites podem participar. Ma é definido pelo poder aquisitivo. Ou o que o governo diz que é "poder aquisitivo".

  Nessa faixa econômica, os novos integrantes que tiveram elevação de renda (em alguns aspectos, maquiada) são, via de regra, menos politizados, menos intelectualizados, menos afeitos a cultura, menos informados e, conseguinte, menos esclarecidos. Ícone dessa nova "geração", está o messias dos pobres, Lula, um dos políticos mais envolvidos em escândalos dos últimos anos. Não que seus acólitos entendam isso, ou ainda, que queiram ver a dura realidade de quem os traiu. Não é isso que o brasileiro quer.



  As pessoas que se iludem ao dar a ele crédito pela elevação salarial (que não houve, de fato, e sim uma diminuição do patamar para incluir mais pessoas) conseguem, bem ou mal, ajudar a economia com seus rompantes de consumismo exacerbado. Também, os gêneros musicais preferidos dos recém chegados se comparam com o momento atual e desperta desconfiança: pagode e sertanejo.

 No auge do Plano Real criou-se uma nova classe média, cujo "papa da estabilidade" (FHC) foi aclamado com pompa e circunstâncias pelo advento que mudou a cara da economia. Mesmo chafurdando em escândalos ( e foram inúmeros, alguns seríssimos) seus fãs preferiram olhar para o outro lado. Ao contrário dos admiradores de Luis Inácio, os séquitos de Fernando Henrique eram ligeiramente mais instruídos, portanto ignorar o que acontecia era proposital. Também o gosto musical era melhor. Era a fase áurea do Grunge.



  Fernando Collor foi um expoente de uma classe dominante (a rica) que convenceu a classe média (os trouxas) da época a adotá-lo como candidato. Deu certo. Ao menos para alguns velhacos. Lógico que a maioria nega, mas ele teve seus seguidores fanáticos à época.Também decepcionou e também se envolveu em vários escândalos, que o levaram a renúncia. Ainda sim, a década vindoura de 90 era mais promissora musicalmente com Cássia Eller e Marisa Monte.



  Paulo Maluf foi o herói de uma classe média perdida. A que achava que o "rouba, mas faz" era o mote para uma sociedade evoluída. Que "bandido bom era bandido morto", esquecendo-se que o papel de polícia, juiz e executor era feito pela mesma pessoa. Execução sumária era de praxe, assim como também louvar um período onde, supostamente, não havia criminalidade. De novo, convenientemente esquecendo-se que os próprios policias eram os bandidos que partilhavam o tráfico de drogas, o contrabando de armas e mortes encomendadas por comerciantes abastados. Vilões travestidos de policias. E a sociedade que não tinha mansão para se esconder e/ou alienar-se, adorava isso e sorvia como verdade absoluta. Assim como desfrutavam de músicas de excelente qualidade, a chamada MPB.

 E assim também com Adhemar de Barros. Mesmos escândalos e mesmo período pulsante do ponto de vista cultural.



  Portanto não há demérito algum na atual classe média ser criticada pelos antigos membros da "confraria" por sua postura leniente e passiva. Ser alienado não é prerrogativa dos integrantes do PT e cia.

  Os antigos fãs de Adhemar, Maluf, Collor e FHC não são melhores, nem menos alienados. Só tinham um gosto musical melhor.


  Leia também:

O Estranho Caso das Pessoas que Odiavam o PT e o PSDB

Hipócritas e Fanáticos S.A.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A SÍNDROME DO DR. HOUSE





Sinceridade extrema, verdade acima de tudo, crítica ferrenha a hábitos ridículos, contestação de usos e costumes, desconstrução de mitos religiosos, misantropia aguda, introdução da realidade de maneira que choque as pessoas... Isso é um pouco do personagem do seriado clássico da TV : DR. HOUSE.

 Mas será que na vida real essa atitude de “falar o que pensa" daria certo?







Numa sociedade que prima pelo politicamente correto como a que vivemos, provavelmente não. As pessoas parecem preferir a ignorância acolhedora, do que a verdade nua e crua.

 Pode-se contestar a crueza das palavras do personagem, a forma como as proferi, mas não sua essência. E é isso que chama a atenção dos interlocutores : a forma, não a causa.





 Isso é bem o estilo de muitos seres humanos, que preferem elogios à crítica, o silêncio à censura, a complacência ao questionamento.


 É da natureza de boa parte da humanidade essa letargia vergonhosa que parece legitimar as coisas erradas na sociedade moderna. Quando deveria ser o contrário. Questionamentos levaram o ser humano das cavernas ao espaço. Críticas tiraram as pessoas das garras de doutrinas religiosas impiedosas e as levaram à racionalidade plena, a evolução sem amarras.





DR HOUSE faz as vezes de vilão pela forma como trata seus colegas, seus desafetos, seu único amigo, sua chefe, a sociedade como um todo. Mas muitas vezes seu estilo “os fins justificam os meios”  beira o exagero. Faz parte do estilo do personagem.

Fato  é que DR. HOUSE deu voz a muitos que gostariam de dizer o que pensam, sem se preocupar com as consequências. E isso é a chave do negócio chamado VIDA. Sinceridade, ainda que seja pra chocar,chamar a atenção.




   Armas usadas para despertar as pessoas de sua visão limitada e superficial da vida.
 Quando alguém diz a verdade, incomoda. 
 Adoro incomodar.



domingo, 24 de fevereiro de 2013

O Zepelim de Chumbo





Jimmy Page se viciou em rock and roll ao ouvir o guitarrista de Elvis Presley, Scotty Moore mandar seus acordes nas canções do Rei. Cismou que queria fazer aquilo também. E convenhamos, Scotty era muito bom naquilo.

                                                                 (Scotty Moore  com Elvis Presley)

    Ainda adolescente começou a trabalhar em estúdios gravando singles para a gravadora EMI, enquanto conhecia pessoas como Eric Clapton, Jeff Beck (que viria a ser parceiro musical de Rod Stewart), John Mayall ( o cara que influenciou uma geração de roqueiros e blueseiros) e Nico (nome sempre associado ao Velvet Underground).
  Após algumas experiências menores foi tocar no Yardbirds, banda pela qual havia passado Eric Clapton; seu parceiro era Beck e formaram uma dobradinha fantástica no grupo que artisticamente era excelente,mas comercialmente, fraco. Soma-se a isso problemas interpessoais e o fim da banda era certo.
                                         (Yardbirds)
 Em 1968, era decretado oficialmente o término do grupo; mas havia um imbróglio nas mãos de Page: ainda havia shows e apresentações agendadas. Se não houvesse uma banda para isso os processos começariam a chover. Page então, se mexeu e criou o New Yardbirds, com Robert Plant e John Bonham (parceiros do conjunto Band of Joy) e John Paul Jones, que Page conheceu anos antes tocando em estúdio.
  Terminado o contrato, a banda tomou corpo e o grupo começou a voar sem a sombra do Yardbirds. O nome? Bom, o nome Led Zeppelin surgiu graças a uma ideia de Keith Moon, do The Who que achou que a banda tinha um som pesado e voava como um zepelim de chumbo. Melhor definição, impossível.
  O primeiro álbum era de um virtuosismo ímpar para a época. Músicas como Dazed and Confused, How Many More Times e Communications Breakdown mostravam que o grupo tinha vindo para ficar. Somado a isso uma boa dose de blues (todos os integrantes eram fãs do gênero; Plant tinha uma coleção imensa de discos de blues e soul music) e o resultado final foi de cair o queixo.

                                                             ( Led Zeppelin I)

  Considerado um dos melhores álbuns de estréia, a obra ganhou uma "continuação", ainda no mesmo ano, com mais sucesso ainda. Hits como Whole lotta love, Moby Dick (a música de Bonham) e Ramble on (claramente inspirada no livro "O Senhor dos Anéis") dava um novo rumo ao grupo que, com o disco original deu sinais do que viria a ser o hard rock da década vindoura; já neste o grupo mostrava que era uma banda de rock eclética, sem rótulos.

                                             (Led Zeppelin II)

 No disco seguinte, muito mais violão, banjo e mais cordas possíveis, numa clara homenagem ao The Incredible String Band, grupo inglês dos anos 60. Novamente o Led Zeppelin surpreendia o mundo com composições vigorosas como Immigrant Song e Gallows Pole.



  Mas foi um ano depois, a melhor parceria depois de Lennon e Mcartney, produziu aquele que viria a ser conhecido como 'o rock mais tocado de todos os tempos': STAIRWAY TO HEAVEN, no disco Led IV, um dos melhores da história do rock. Uma soberba obra que até hoje assombra por sua criatividade.

                                         (Led Zeppelin IV)

   A década de 70 era do grupo inglês. Com quatro discos o mundo parecia pequeno para os integrantes. Mas havia uma pequena nuvem no horizonte: o consumo excessivo de drogas.
  Houses of Holy tinha uma capa polêmica (crianças nuas subindo montanhas), belas composições (Rain Song) e as primeiras participações como autor do baterista John. Mas evidentemente não conseguiram superar o disco anterior. Ainda assim , um Zeppelin autêntico.

                                      (Houses of the Holy)

  Physical Graffiti, disco duplo e vigoroso mostrava que ser eclético era a essência da banda. O disco foi eleito um dos maiores discos da história do rock e mostrava um Jimmy Page ainda mais afinado; além de estrearem sua própria gravador, o que lhes dava ainda mais autonomia.  
                                         (Physical Graffiti)

 Entre muitas turnês, muito sexo (com muitas groupies), drogas (das mais pesadas) e rock and roll ( da melhor qualidade), a maravilhosa voz de Plant parecia dar os primeiro sinais de fraqueza, ainda que poucos notassem. E não era por falta de um empresário ativo. Peter Grant cuidava do grupo como quem cuidava de uma joia rara. Seguindo essa lógica, ele cancelou uma apresentação do grupo (no valor de um milhão, algo raro para a época), para preservar a voz do vocalista.
  'Presence' foi o começo da derrocada. Gravado praticamente por Page e Plant, que se recuperava de um acidente de carro, as vendagens decepcionaram e a crítica percebeu que havia uma estagnação na parte criativa do grupo. Sem hits, sem disco de platina. Mas vagamente um Zeppelin.

                                       (Presence)

  The Song Remains the Same, registro ao vivo de uma magistral apresentação no Madison Square Garden, em Nova York, em 1973, no auge do grupo, fez da banda uma campeã de vendagens e dava fôlego para reencontrar o caminho criativo.

                                       (The Song Remains the Same)

  'In Through the Out Door' foi o último disco do Led. Suas gravações começaram bem, mas com a morte do filho de Robert Plant, Karac, de apenas 6 anos, foi o início do fim. Boa parte do ano, o vocalista ficou reservado pelo ocorrido, Page se isolou para compor a trilha do sinistro "Lucifer Rising". Aos poucos foram voltando, mas havia um clima de despedida no ar. Gravaram o disco (melhor que o antecessor) e lançaram como música de trabalho "All my Love", composição de Plant, dedicada ao filho que morrera.

                                      (In Through the Out Door)

No festival de Knebworth (Verão de 79), o show foi como antigamente, menos pelos vocais, cada vez mais combalidos por uma mistura de drogas e álcool. 



Apesar do Punk, o grupo ainda tinha espaço. O projeto para o ano vindouro de 1980 era o continente americano, inclusive Argentina, Chile e Brasil. Mas em setembro do mesmo ano, John Bonham foi encontrado morto, asfixiado no seu próprio vômito depois de beber toneladas de Vodkas com Laranja. Não havia mais razão de ser para os integrantes da banda. Alguns meses depois, o fim oficial foi anunciado pelo empresário e pelos remanescentes do conjunto.
  Uma das maiores bandas de todos os tempos (senão a melhor) deu outros contornos ao rock. Copiados, homenageados e seguidos (sem sucesso, é claro) o Led Zeppelin é até hoje lembrado por ter mostrado que o rock era: antes deles e depois deles. Isso é o que define o Zepelim de Chumbo.

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Grande Irmão está Observando; e Manipulando...





   Como uma minoria (cerca de 2%) da população local consegue se impor e ditar as regras de um país? Com dinheiro, poder e influência.

  Ajuda, se a tática envolver a compra dos principais meios de comunicação de uma nação, para veicular apenas o que as pessoas que controlam a mídia querem que seja divulgado, o sistema financeiro que dita as regras do jogo e da persuasão; quando se tem dinheiro, poder e os meios apropriados é muito fácil ameaçar, patrulhar e ter todas as suas vontades colocadas em prática, por mais absurdas que posssam parecer.

  E ter as pessoas certas nos locais estratégicos, então, é o golpe derradeiro.



  A chamada "Liga Anti-Difamação" comandada pelos judeus nos EUA, teve um êxito em controlar a mídia, de um modo geral, num audacioso projeto articulado desde os anos 70, mas com conclusão positiva na década de 90, quando as fusões começaram a agitar (e encolher) o mercado da indústria de entretenimento. Nessa hora, o "bote" foi decisivo para colocar os principais meios de comunicação sob o jugo dos judeus-americanos.

  Passaram a arregimentar peões para seu jogo de dominação global. Eles são fundamentais para que seu negócio nunca deixe de prosperar. Seriam assim como uma propaganda permanente de seu pseudo papel de filantropo na sociedade.

Abaixo, os que trabalham para o "sistema", por razões óbvias:



  Começaram a se enraizar no poder, paulatinamente. Independente de quem esteja nele. Pelo menos enquanto eles não conseguiram produzir seus próprios candidatos. Depois ficou mais fácil.


  No vídeo a seguir, um resumo da associação dos judeus americanos com o poder, desde a década de 60:





  Promoveram tal grau de terror nos corredores do poder, que os tais poderosos (na aparência) tiveram que se curvar ao domínio financeiro e midiático, com medo de futuras retaliações. E sentiram um gosto especial ao ver o tão propalado 'homem mais poderoso do mundo' se curvar a seu REAL PODER.


  Discurso de Obama dirigido aos judeus nos EUA:



  E por último, e não menos importante, fizeram valer seu predomínio financeiro, controlando os principais bancos e as as instituições de serviços bancários em Wall Street e, conseguinte, no mundo.  Os Rothchilds e Rockefellers e os JP Morgan da vida são os principais nomes que ditam o ritmo da economia há séculos. 

Também são responsáveis pela derrocada do sistema financeiro dos EUA, da Europa, abalando a situação de vários países, muitas vezes os levando a recessão plena. Mas se isso realmente persistir, basta exigir que os governantes injetem mais dinheiro no mercado, absolvendo eventuais escândalos dos bancos, prorrogando o prazo das dívidas e permitindo a volta ao jogo em tempo recorde. Sempre ditando as regras e se eximindo de erros.



  Aqui um resumo interessante da ciranda financeira ao longo dos tempos :


A Nova Ordem Mundial: As Oito Famílias




  A influência chega ao ponto de comandarem o Federal Reserve, o Banco Central americano, o que torna o cenário ainda mais delicado. A regra sempre diz NUNCA DEIXAR O LOBO PERTO DAS OVELHAS. Seria de muito bom tom se essa regra fosse obedecida no que tange o mercado financeiro americano e europeu.


  Apenas aos que tem dificuldade em entender a críticas, se escondendo atrás do eterno processo de vitimização: isso tudo é fato. Colhido na mídia americana, disponível na internet e cabível de discussão. Porém quando as pessoas não tem argumento, acabam se refugiando na alienação. Lá é bem mais confortável, mesmo. E tão longe da realidade...



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ISRAEL 2013 OU BERLIM 1936 ?

Davi e Golias : quem é a garota que desafiou a ocupação israelense?

http://krycek10.blogspot.com.br/2012/12/pressionado-por-israel-eua-cortam.html





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

QUEM SOUBER, AJUDE






  Quem souber o paradeiro da Paula, avisem. Há  família e amigos procurando por ela. Obrigado.




Como é Medida a Audiência da TV







da página do Facebook (Ser Ateu)



O princípio é igual ao de qualquer outro tipo de pesquisa: os institutos de medição registram as preferências de uma quantidade bem pequena de pessoas. É a chamada amostragem. No Brasil, 87% das casas têm televisão. Isso dá cerca de 39 milhões de domicílios com telespectadores. Para saber a que esse pessoal todo assiste, o instituto Ibope, por exemplo, verifica a audiência em 3 019 casas - ou 0,008% do total. 
ão pode ser feita de três maneiras: 

1 - por uma folha que os moradores preenchem e o instituto recolhe; 

2 - por aparelhos eletrônicos que mandam uma vez por dia a relação de todos os programas assistidos na casa; 

3 - por um controle em tempo real, que indica a cada minuto as variações de audiência, transmitindo instantaneamente os resultados às emissoras. Esse último sistema, a forma mais moderna de medição, existe apenas na Grande São Paulo (a gente explica no infográfico como funciona esse processo). O número de domicílios adaptados a essa tecnologia é ínfimo: ao todo, são apenas 750 casas, ou 0,002% do total brasileiro.

 Com tão pouca gente pesquisada, como essa medição pode dar certo, dentro de uma margem de erro aceitável? A chave é selecionar bem os domicílios pesquisados, escolhendo a amostra por parâmetros socioeconômicos que reflitam a composição da sociedade brasileira.

Nas ondas do Ibope







Sistema transmite preferências dos telespectadores em tempo real para as emissoras

1. As casas que participam da medição de audiência são escolhidas por critérios socioeconômicos. A idéia é que essa amostra seja um retrato da sociedade brasileira. Se 10% dos habitantes de uma região forem da classe A (a dos mais ricos), então 10% dos domicílios pesquisados também têm de pertencer a essa faixa. Na Grande São Paulo, 750 casas compõem a amostra. Nenhuma delas pode ser pesquisada por mais de quatro anos

2. Nas casas, um aparelhinho grava o canal em que cada TV está sintonizada. Mas para medir quais são os programas favoritos da mãe ou do filho, por exemplo, é preciso saber quem está assistindo. Por isso, cada morador recebe um controle remoto particular, que avisa ao aparelho quem está na frente da tela

3. Na Grande São Paulo, onde a medição de audiência é feita em tempo real, o aparelho do Ibope transmite minuto a minuto os programas que estão sendo assistidos em cada casa. É como se fosse um telefone celular que fica o tempo todo mandando dados

4. Os dados transmitidos pelo aparelhinho são codificados em sinais de rádio e vão para uma das 13 antenas que o instituto mantém na Grande São Paulo. De lá, os sinais seguem para uma central, que recebe os dados enviados por vários domicílios e reúne esse "pacote" de informações

5. Por sinais de rádio, internet ou linha telefônica, os números de audiência saem da central e chegam às emissoras que pagam pelo serviço. Nessa hora, o pessoal da TV só fica sabendo qual programa cada domicílio está assistindo. No dia seguinte, o Ibope manda relatórios mais detalhados, que mostram as preferências de cada morador da casa.


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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Feio Mundo da Internet e da TV por Assinatura




  As empresas brasileiras ainda enxergam o consumidor e, conseguinte, seus funcionários, como números.

  O desenvolvimento de uma companhia depende de sua visão de mercado, seu compromisso com a ética e com as regras do jogo.

  O problema é que as regras por aqui são uma baderna só. No Brasil, as coisas são ditadas pelas empresas que, sabidamente, exercem forte influência no governo (seja ele qual for).



  Tomemos com exemplo a empresa NET. Durante muito tempo vinha nadando de braçadas no mercado da  TV por assinatura e internet. Sua maior concorrente era a Telefônica que, todos sabem, é uma das piores do setor, tendo o seu principal produto (o Speedy) proibido de ser vendido, por determinação da Anatel. A incompetência da empresa espanhola, aumentou o cacife da brasileira.

  Com a chegada da GVT, a internet se tornou uma fatia do mercado mais acirrada. Ao menos havia concorrente. E  com o lançamento do pacote completo pela companhia controlada pela francesa Vivendi , a NET viu algo inédito : perdeu cerca de 850.000 de seus clientes, em menos de um ano e meio, segundo uma fonte ligada a empresa brasileira me confidenciou.



  E de acordo com essa mesma fonte, reuniões de emergência foram feitas pela NET e nas reuniões costumeiras, onde os graúdos tinham que dar o ar da graça, a GVT era o mote das conferências.

 Um dos contragolpes em situações como esta, é a famosa redução de custos. Uma delas foi a transferência gradual das centrais de atendimento da empresa que ficavam no estado de SP (Campinas, Americana e São Paulo),  para a Bahia e no Ceará. A explicação? Segundo a minha fonte foi uma das maneiras de reduzir gastos, já que o chamado call center em SP tem um custo altíssimo, enquanto que no Nordeste, além das costumeiras isenções fiscais, os salários não estão no mesmo patamar dos que são pagos no Sudeste, por exemplo.

  Graças à incompetência da própria GVT, o quadro começou a melhorar para a NET, já que a empresa era ótima em internet, mas demonstrou muitos erros na implantação da TV por assinatura.  Resultado : a empresa brasileira reconquistou cerca de 500.00 mil assinantes, e o número continua crescendo.

  A estimativa para 2013 é boa. Mas lembremos que a NET, por ser do grupo da famglia Marinho, se aproveitou do monopólio conseguido anos antes e das regras esdrúxulas criadas e mantidas pela Anatel, o órgão que deveria regular o setor, mas que acaba advogando em prol das empresas, em detrimento dos consumidores, que dependem quase que exclusivamente dos Procons da vida para ter seus direitos respeitados.



 Em um mercado mais livre, sem a proteção que os grandes conglomerados tem, com um governo mais rígido, teríamos um setor, importante como o da TV por assinatura e da internet, cruciais nos dias de hoje, com muito mais opções e oportunidades; com valores acessíveis e pacotes convidativos. E não uma internet fraca (as empresas só tem por obrigação ofertarem apenas 20% da banda larga contratada)com valores estratosféricos e pacotes de canais que privilegiem os do grupo Globosat, caracterizando cartel.

  Um exemplo de que as coisas não andam tão bem no setor : AQUI

  E eis um exemplo do que as Teles fazem com o que ganham por aqui: AQUI



 Pacotes (combos) pouco convidativos ou com pouquíssimas opções, banda larga oferecida apenas 20% do que foi contratado ( o governo não exige mais do que isso), poucas empresas no setor, preços altíssimos, a internet mais cara do mundo...Esse é o mercado que, mesmo com todos os contratempos possíveis e imagináveis, continua em franca expansão. Mas até quando?

  Por estas e outras razões constatamos que o setor das telecomunicações como um todo vive um período de incertezas, ao menos enquanto tivermos um órgão NÃO-regulador como a Anatel que prefere fazer o papel de advogado do diabo, ao invés de proteger os consumidores.


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 * A Vingança do Consumidor




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Publicidade ou Propaganda?








Desde a época de Gobbles (marqueteiro nazista) que a propaganda, num sentido pejorativo, tem sido usada para convencer pessoas sobre coisas  das quais elas não precisam ser convencidas.

Já a publicidade é usada para ludibriar e/ou persuadir uma pessoa a adquirir produtos que não precisa; ou, pior, consumir coisas que possam eventualmente, fazer mal.

Também se tornou comum confundir as duas vertentes, propaganda e publicidade.




Nesse universo do faz de conta, onde nem sempre uma coisa é exatamente o que aparenta, temos a figura intermediária, responsável por mostrar que tal produto, ideia ou pessoa é palatável. Esse profissional chama-se publicitário. Mas qual é a sua relevância nesse processo todo (convencimento, persuasão)?

Semântica à parte, é certo que seu papel é crucial. E em vários aspectos diferentes, e em campos diversos. Inclusive na política, já que a função do “marqueteiro” é vender a imagem do candidato.

Um exemplo citado acima foi o nazismo, onde boa parte dos alemães foi convencida da necessidade do regime totalitário, como forma de resgate da ‘autoestima’ de um povo que havia sido derrotado e humilhado na 1ª guerra mundial. Deu no que deu. Mas as estratégias de Gobbles foram inovadoras à seu tempo. Com recursos de luzes, posicionamento de câmeras e de lugar de destaque para Hitler nos comícios, ele dava uma nova cara à divulgação, à propaganda/publicidade.





VENDE OU MANIPULA?

O objetivo de quem produz ou cria algo é difundir, mas como fazer? Muitas vezes a manipulação é descarada, convencendo alguém a acreditar em algo (ou alguém), mesmo sem saber por quê. Quantas vezes ao assistir a um comercial de um refrigerante, em pleno calor, não sentimos uma vontade quase incontrolável de beber um? O mesmo acontece com a “propaganda eleitoral” onde um candidato aparece em um cenário com cores alegres, com discurso tranquilo e conciliador, falando das coisas que gostaria de fazer, se tivesse a chance. A ‘chance’ é o voto concedido, portanto, quando o eleitor (o consumidor) concorda com o que viu, ou no que foi levado a acreditar.

Na sua eficiência, a publicidade convence quem acompanha um anúncio a consumir determinado produto. A propaganda também.

Em um exemplo mais comum, temos uma publicidade veiculada há anos, que anuncia uma determinada “sandália” (chinelo, para o povão). A fórmula é sempre a mesma: usam artistas globais, em roupas típicas de verão, em um cenário belo e colorido dizendo que só usam o determinado produto. Resultado: há anos uma das marcas mais vendidas. Porém, na vida real, as próprias “celebridades” admitem que jamais usariam tal produto, visto que tem um apelo popular, e não pegaria bem se fossem visto usando algo tão comum. Muitos usam marcas importadas, de modelos diferenciados. Portanto, pura e simplesmente, mentem associando suas respectivas imagens a um produto que não apreciam. Mas por uma módica quantia (o cachê gira em torno de 400.000 a 800.000, dependendo do “artista”) eles topam dizer que são consumidores do CHINELO.


                        (Rodrigo Santoro "vendendo" as sandálias famosas)


 Muitos artistas também associam seus nomes a candidatos políticos, mediante módico cachê. Mesmo não sendo o candidato que lhes inspire confiança, ou até um que eles já conheçam as propostas. Caso mais famoso foi o da dupla Zezé de Camargo e Luciano, cujo apoio a Lula, em 2002 foi profissional, já que ambos admitiram não conhecer o candidato nem suas propostas. Mas o pagamento os convenceu. Assim como as benesses pós-eleição, como o apoio do Banco do Brasil à turnê dos cantores sertanejos.



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Ambas as atividades se confundem. Propaganda e publicidade convencem alguém a comprar algo ou uma ideia. Usam subterfúgios para alcançarem tal feito que muitas vezes soam como jogo sujo ou desespero de causa. Como associarem mulheres bonitas e de biquíni em comerciais anunciando cerveja. Quando na realidade, botecos são, via de regra, deprimentes e repletos de pessoas alcoólatras ou disfuncionais (há exceções). Típico caso de propaganda enganosa. Mas eficiente.


                                      (Boteco como é vendido pelas agencias de publicidade) 



                                                (como realmente é)


 Houve uma época em que a publicidade brasileira era referência mundial, com comerciais magníficos. Curiosamente a propaganda eleitoral do mesmo período era pobre e escassa de recursos. No máximo, um bordão para definir determinado candidato. Mas na mesma proporção em que ocorreu o declínio criativo dos anúncios, a parte dos “marqueteiros eleitorais” se profissionalizava. Vender a imagem de Paulo Maluf como prefeito de SP foi a ação mais criativa do publicitário Duda Mendonça e o ápice de sua categoria profissional. Com Lula não foi muito diferente.




Como a publicidade brasileira, salvo raras exceções, se especializou em vender sandálias e cerveja, grosso modo é na propaganda eleitoral que as agências estão focando seus esforços, já que o retorno financeiro também é vantajoso. Lembrando que candidato eleito precisa de uma empresa de publicidade para divulgar suas obras para os cidadãos. Ainda que seja para dizer que tudo está bem e há inúmeras obras em andamento.  Mesmo que seja um faz de conta. Mas afinal, de ‘faz de conta’ a publicidade entende como ninguém.