terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A SÍNDROME DO DR. HOUSE





Sinceridade extrema, verdade acima de tudo, crítica ferrenha a hábitos ridículos, contestação de usos e costumes, desconstrução de mitos religiosos, misantropia aguda, introdução da realidade de maneira que choque as pessoas... Isso é um pouco do personagem do seriado clássico da TV : DR. HOUSE.

 Mas será que na vida real essa atitude de “falar o que pensa" daria certo?







Numa sociedade que prima pelo politicamente correto como a que vivemos, provavelmente não. As pessoas parecem preferir a ignorância acolhedora, do que a verdade nua e crua.

 Pode-se contestar a crueza das palavras do personagem, a forma como as proferi, mas não sua essência. E é isso que chama a atenção dos interlocutores : a forma, não a causa.





 Isso é bem o estilo de muitos seres humanos, que preferem elogios à crítica, o silêncio à censura, a complacência ao questionamento.


 É da natureza de boa parte da humanidade essa letargia vergonhosa que parece legitimar as coisas erradas na sociedade moderna. Quando deveria ser o contrário. Questionamentos levaram o ser humano das cavernas ao espaço. Críticas tiraram as pessoas das garras de doutrinas religiosas impiedosas e as levaram à racionalidade plena, a evolução sem amarras.





DR HOUSE faz as vezes de vilão pela forma como trata seus colegas, seus desafetos, seu único amigo, sua chefe, a sociedade como um todo. Mas muitas vezes seu estilo “os fins justificam os meios”  beira o exagero. Faz parte do estilo do personagem.

Fato  é que DR. HOUSE deu voz a muitos que gostariam de dizer o que pensam, sem se preocupar com as consequências. E isso é a chave do negócio chamado VIDA. Sinceridade, ainda que seja pra chocar,chamar a atenção.




   Armas usadas para despertar as pessoas de sua visão limitada e superficial da vida.
 Quando alguém diz a verdade, incomoda. 
 Adoro incomodar.



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