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quinta-feira, 5 de março de 2015

BREVE RESUMO DO DECADENTE FUTEBOL BRASILEIRO




E no princípio havia craques. E com eles o show de bola e a paixão que movia, principalmente quem vivia dele. Bons tempos...

Nesse período, os brazucas mostraram seu valor e conquistaram três títulos mundiais. Não conquistaram em 66, porque  implementaram bagunça generalizada. Felizmente, aprenderam a lição e o Tri veio em 70.



Depois de um período sem títulos veio a “era Telê”, pra nos colocar de volta no caminho do espetáculo, que tanto nos notabilizaram mundo afora. Mas o retumbante fracasso em 82 (e até em 86, com a mesma geração já envelhecida), os fundamentalista do futebol bradaram aos 4 cantos que as coisas tinham que mudar. E mudaram. "Espetáculo, o cacete! Agora é futebol de resultados!". O pior é que isso contagiou...

Em 1990, Lazaroni afundou a imagem da seleção canarinho. Em 1994 era tudo ou nada.

Havia 24 anos que o Brasil (na verdade a seleção brasileira; pátria e futebol pouco ou nada tem a ver) sequer chegava a uma final de Copa do mundo. Era também o último mandato do infame João Havelange à frente da poderosa FIFA. Ele não podia passar o bastão sem ao menos ter em seu currículo um título do time de seu país. Não importava a que preço. 



O fato de Maradona ser arrastado por uma enfermeira, em pleno gramado, para um exame antidoping, pareceu suspeito. Apesar do histórico do jogador argentino, todos sabiam do sacrifício dele para ajudar a sua seleção a se classificar para a Copa dos EUA. Se arriscar com mero ‘desentupidor nasal’  seria idiotice. A Fifa empurrou a história do doping de Dieguito e os lacaios da imprensa mundial compraram a ideia. Resultado: o único time que poderia fazer frente ao Brasil, perdia seu melhor jogador e, conseguinte, sua moral. O abalo foi imenso. O resto é história. Com o futebol pragmático e sofrível de Parreira e Zagallo veio a taça, mas o gosto amargo de um futebol ruim não desaparecia.

                    (época incomparável do futebol nacional)

Em 1998 mais um dose de futebol previsível e sem talento dava as caras na França. Felizmente, a seleção da casa se sagrou campeã, goleando os canarinhos. Vieram as cobranças por mudanças e tirar lições da derrota.  Mas não se tirou lição alguma.



O ano de 2002 veio com a insólita Copa em dois países e em horário ingrato para o Ocidente.  Mesmo assim, muitos babões passaram as madrugadas em claro para ver a ‘família Felipão’ mostrar seu valor. Como sempre, dificuldades contra algumas seleções e a costumeira ajuda da arbitragem para que a equipe mais rentável e que desperta maior interesse nos mundiais, passasse de fases. Primeiro contra a Turquia, num escandaloso pênalti para o time de Luiz Felipe Scolari; na fase de mata-mata a Bélgica foi a vítima da vez, com gol mal anulado. Resultado: Brasil, ainda que pouco convincente, campeão contra a Alemanha. Ao menos os germânicos aprenderam com essa derrota. Em tempo: melhor jogador brasileiro do mundial foi o goleiro Marcos; isso era para acender a luz vermelha para os nossos cartolas. Ledo engano...

Em 2006, na própria Alemanha, os brasileiros provaram do gosto amargo da eliminação precoce frente a seu algoz costumeiro, a França do gênio Zidane.



Já em 2010, a virada que a seleção de Dunga tomou dos holandeses (antigos fregueses da seleção brasileira) derrubou o técnico. Mas nem em 2006, nem em 2010, providências foram postas em práticas.

Copa do Mundo de 2014, no Brasil. A maior humilhação de todos os tempos que a outrora seleção campeão, que encantava e produzia craques a granel sofreu. Tudo errado. Sem técnica, sem táticas, sem craques (Neymar ainda está em formação) e sem equilíbrio emocional (o time mais chorão de todos os tempos), o que vimos foi a vitória do time que, em 2002 APRENDEU A LIÇÃO. A derrota que os alemães sofreram, os obrigaram a mudar, mas desde a base, até  Bundesliga (rentável campeonato ), com resultados fantásticos.



Mas por que por estas bandas as coisas não mudam, mesmo quando a maior paixão dos brasileiros é também a maior decepção?



Brasil, 2015. Começa mais uma temporada de estaduais, que dão mais prejuízos aos clubes, mas que são a alegria das federações locais —e da emissora que comanda o futebol tupiniquim com mão de ferro.  O Estatuto do torcedor não é posto em prática, os campos (excetuando-se as  Arenas) são verdadeiros pastos, clubes estão com dívidas trabalhistas até o pescoço, a Receita Federal e o INSS estão sempre às portas dos clubes, sabidamente os piores pagadores e maiores sonegadores da nação –e a goleada de 2014, já caiu no esquecimento. Até as campanhas pífias de outras Copas estão no limbo. O que vale é o momento. Talvez essa amnésia explique a volta do indefectível Dunga, com sua empáfia costumeira. É a mudança para não mudar coisa alguma. O establishment agradece.



Mas a grande questão é: se o brasileiro, que detesta política e idolatra futebol, não luta por melhorias nem por sua paixão alienante, vai lutar pelo o quê, afinal de contas?


 Pelo andar da carruagem,  daqui a pouco tempo, não haverá mais pelo o que lutar.




domingo, 28 de abril de 2013

A Copa do Mundo é Deles; a Conta é Nossa





Em mais um rompante de porta voz do sistema, a Rede Globo de televisão realizou recentemente uma “matéria especial” sobre o andamento das obras dos estádios que irão sediar tanto a Copa das confederações, quanto a Copa do Mundo de 2014 de propriedade da Fifa.




O resultado, como era de se esperar, foi extremamente favorável à Fifa e ao evento.
Sem mostrar as discrepâncias nas obras, nem citar os relatórios do Tribunal de Contas da União que apontam superfaturamento em, praticamente, todas as construções. O resultado, como era de se esperar, foi extremamente favorável ao evento e é claro, à Fifa.

Acompanhe a comédia de erros que foi a reabertura do estádio Mario Filho:





Como lhe agrada a ideia de ignorar a verdade e divulgar a mentira reconfortante, a Globo prestou um desserviço à nação. Preferiu se ativer a assuntos frívolos, como a dos funcionários que poderão assistir ao jogo inaugural, de graça; achou mais cômodo falar da história do Maracanã, outrora maior estádio do mundo; citou, efusivamente, o jogo dos amigos do Ronaldo versus os amigos do Bebeto, dois ex-jogadores a serviço da mamãe Fifa.




A emissora carioca se esquiva (isso é de praxe) de temas espinhosos, como as desapropriações arbitrárias no entorno das obras, o desvio de recursos públicos, direta ou indiretamente, para construir ou reformar as sedes da Copa, as absurdas proibições como não poder comercializar acarajé, na Bahia (concorrência com o McDonald’s, patrocinador oficial?) durante o evento e a suspensão da festa junina tradicional em Salvador. Pelo visto, quadrilha, só na Fifa.

Ninguém viu veiculado no Jornal Nacional, vulgo a Voz do Brasil, o vídeo abaixo, onde a PM age como Gestapo, fazendo de tudo para que manifestantes não estraguem a reinauguração do Maracanã:






Com o conveniente apoio da mídia vendida ao sistema fica fácil para o governo federal bradar aos quatro cantos que tudo caminha com perfeição. Isso em um país que prima pela miséria, pela desigualdade social alarmante e que tem um sistema educacional ridículo.

Com uma ajuda tão providencial como a da emissora oficial do regime militar, a tarefa de desprezar a seca no Nordeste e seus efeitos assustadores, em prol de algo tão supérfluo, feito para poucos lucrarem, se torna menos complicada.




E a verdade? Ora, a verdade... Nada como uma boa cota de publicidade do governo federal para fazer da 'verdade' algo mais “agradável”.



Leia também:






domingo, 11 de março de 2012

MORAL EM CONCORDATA



  No UOL,semana passada:"A Controladoria Geral da União, o Senado Federal e o Ministério do Esporte não conseguem divulgar dados atualizados dos gastos bilionários".

O deboche por parte das autoridades brasileiras no que tange aos gastos da malfadada  Copa do Mundo beira as raias do absurdo.E para piorar,com o atraso nas obras tão evidentes a Fifa,preocupada com seus contratos publicitários (e não com a Copa em si) já acena com a possibilidade de transferir a maior festa do futebol para a Inglaterra,que está pronta (já tem estádios,tem infraestrutura, condições logísticas e operacionais para um evento deste porte),o que deixaria um enorme prejuízo para os cofres públicos e uma sensação de derrota para o povo brasileiro,que vem acompanhando um absurdo atrás do outro(como desvio de dinheiro,obras super-faturadas,desapropriações ilegais e imorais)tudo em nome de algo que servirá para o bolso e interesse de poucos.

Renato Russo já perguntava desde os anos 80:"Que país é esse?".Eu tô com ele.

domingo, 4 de março de 2012

MOMENTO DR.HOUSE



 Depois de dizer que os organizadores brasileiros da Copa do Mundo deveriam levar um chute na bunda,Jerome Valcke,secretário geral da Fifa,ainda chamou a reação do governo do Brasil(que pediu sua saída das negociações entre a entidade máxima do futebol e Ministério dos Esportes) de "infantil".E suas desculpas foram,no mínimo esfarrapadas.

Se até um dos nomes mais sujos do futebol mundial(afinal,ele é cria de Joseph Blatter e amigo de um certo dirigente brasileiro que já foi alvo até de CPI em 2001) pode falar que as coisas aqui estão de mal a pior(e é verdade;os atrasos já são preocupantes),imagine como realmente as coisas são nesse feio mundo do "mais popular esporte do planeta".A Fifa e seus asseclas estão de saco cheio do atraso por aqui(além dos impasses como meia-entrada para os integrantes "da máfia da carteirinha de estudante" e a provável não liberação da cerveja nos estádios);o governo brasileiro,por sua vez, está por conta,devido ao número alto de exigências e de quanto está cedendo terreno à Blatter e sua Gang

Entre mortos e feridos,as verdadeiras vítimas ainda são as pessoas que sustentam esse imenso "elefante branco" chamado Copa do Mundo,às custas de inúmeros hospitais,várias escolas,mais segurança,moradias dignas e melhoria de vida significativa a muitas pessoas.E tudo isso ainda com a ameaça de perder o evento para a Inglaterra,caso os prazos não sejam  cumpridos.Aí é pra sentar e chorar...ou votar melhor nas próximas eleições.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MORAL EM CONCORDATA




Direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022 já tem dona.É aquela emissora de televisão que nós já conhecemos.A Fifa,mandatária do futebol mundial ,e que decide quem e quando,afirmou que a tal emissora ,com seu compromisso com o profissionalismo, a parceria de longa data (desde 1970) e ser uma das 'maiores emissoras de televisão do mundo (!!!!) pesou no fator de renovação de contrato.O proprietário do grupo de "comunicação" disse,por sua vez que a Fifa é responsável pelo desenvolvimento(!!) do futebol pelo mundo,tornando o esporte o mais popular do mundo, e se orgulha da parceria de longa data.


É como assistir a uma continuação de "O Poderoso  Chefão",só que com péssimos atores,má direção e um roteiro pífio.Pobre do futebol que continua nas mãos de pessoas assim.Sim,porque uma das maiores do mundo,só se for em escândalos de manipulação e sonegação fiscal; e responsável por desenvolver o futebol...bom,pra isso é que existem jogadores.Até porque,na Europa,quem dá as cartas são os clubes,que definem quanto ganharão das emissoras,quando jogam e a forma dos torneios.Aqui,os covardões dos dirigentes de clubes ainda se sujeitam a tudo por uns trocados da emissora e se borram de medo na hora de exigirem seus direitos frente aos mandatários da televisão.

Se o futebol não fosse uma religião para os brasileiros,enraizada no âmago dos fanáticos de plantão,a tal emissora e a divulgadora do futebol mundial,já teriam feito o futebol sucumbir,há tempos.Tudo bem.Ainda dá tempo.A copa de 2014 está chegando e com ela todo o tipo de podridão,de maracutaia e desvio de dinheiro público.Além do virtual fracasso da "seleção canarinho".Tudo isso  somado e,talvez o brasileiro finalmente acorde.Pelo bem da nação.