quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Brasil,Ame-o ou Deixe-o (ao menos, durante a Copa)






   O ex presidente americano, John F. Kennedy disse uma vez : "Não pergunte o que seu país pode fazer  por você, e sim o que você pode fazer por seu país".

   Na teoria, muito bonito, dá até uma ótima frase de caminhão. Mas na prática, não é assim que funciona. Nem nos EUA, muito menos por estas bandas.

  No vídeo, o catador de papelão (desculpe,mas seu nome não é citado,infelizmente) faz alusão a um processo que acontecerá em todas as cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 : a "limpeza social". Ou seja, todos aqueles que não são 'economicamente viáveis' serão banidos do entorno dos estádios, durante o evento. O que será feito com estes brasileiros,sofridos e abandonados,durante um mês, é um incógnita.

  Com situações absurdas e surreais como esta fica difícil levar a sério slogans governamentais como "Brasil - um país de todos" ou " País rico é país sem pobreza".




   O mais lamentável dessa história, não foi o esforço para se realizar a Copa no Brasil, pelos cartolas, não foi a ganância com que os empreiteiros viram na oportunidade de conseguirem de volta o que tanto investiram nas eleições nos seus páreos favoritos, nem a ânsia dos políticos ávidos por tentar se dar bem, em mais uma falcatrua.

   Mas o silêncio omisso e, muitas vezes conivente da imprensa com o sistema e a passividade da população brasileira, que consegue reunir milhões na Parada Gay, em eventos Gospel, em partidas de futebol, inclusive com discussões calorosas em torno destes assuntos, mas que quando se trata de uma situação gravíssima como esta , não há motivação suficiente. A realização do evento, automaticamente, significa a NÃO construção de hospitais e a melhora urgente no atendimento hospitalar Brasil afora, que NÃO HÁ MENOR CHANCE de se levar saneamento básico a milhões de brasileiros carentes e miseráveis, que escolas e creches NÃO SÃO RELEVANTES para os brasileiros e que a nação, DEFINITIVAMENTE, não aprendeu nada com aquela geração que,mesmo sem liberdade, sem acesso a informação por completo (diferente de hoje) e sem perspectiva de estar vivo no dia seguinte, ainda sim honrava a pátria. Mesmo quando eram ameaçados ("Brasil - ame-o ou deixe-o) ainda sim não esmoreciam. Saudades desse Brasil...





 
 

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