segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ano Novo, Velhos Vícios...








  Parece uma novela cujo final sabemos de cor : filas imensas nos mercados e lojas Brasil afora para poder ter  os apetrechos ideais para celebrar a chegada do ano vindouro. A combinação de etanol, bicho morto, pólvora e sons estridentes parece saída de um manual pouco inspirado para celebrar algo que, supostamente , seria um renovação. Mas o brasileiro não muda e sempre "comemora" com álcool em excesso, churrasco, fogos de artificio e música alta e de mal gosto, como sempre.

  Tal qual o Natal, o Reveillon é visto quase como um advento do fim do mundo. Parece não haver amanhã. Estradas apinhadas de seres humanos desesperados para fugir da realidade urbana, bebedeira que, via de regra leva a óbito vítimas inocentes e os decibéis muito acima da média, como se não houvesse vizinhos ao redor, como se todos gostassem ou pudessem comemorar. Muitos trabalham,outros tantos se recolhem no aconchego do lar, mas parece isso parece pouco importar para os " celebradores e festeiros" de plantão. Os excessos são de praxe e pouco variam. Como se o amanhã não existisse. O mais irônico é que as pessoas estão comemorando, justamente, a chegada de um novo dia,um novo ano.

  A falsidade também parece não dar tréguas, já que é comum que pessoas cumprimentem seus desafetos, não como uma forma de aparar as arestas, mas sim como desencargo de consciência, como um ritual quase que obrigatório. Pessoas que estão mais preocupadas com o convencionalismo da sociedade, do que se confraternizar com seu próximo. Até porque, com a chegada do novo ano, as rusgas mal resolvidas e as contendas continuam as mesmas, se não houver sincera vontade de suplantá-las.

  Esse é o ser humano. Um animal de hábitos, em sua maioria desagradáveis, e que busca incessantemente o que convém a ele próprio. E ninguém mais. E eu que pensava que o coletivo fosse mais relevante...


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