Declaração do ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, declarar, neste sábado (17) : "o objetivo da operação é enviar Gaza de volta à Idade Média; só assim teremos sossego pelos próximos 40 anos".
Por menos do que isso Mahmoud Ahmadinejad foi duramente criticado pela comunidade internacional. Ao dizer que não aceita a existência do Estado (ilegal,diga-se de passagem) de Israel,e não reconhece o holocausto judaico,o presidente do Irã recebeu reprimendas de vários líderes mundiais. Estranho notar que declaração digna de Hitler, proferida pelo ministro israelense passou incólume, inclusive pelo único padrinho do estado judaico, os EUA. Obama opta por declarar apoio ao "aliado" de longa data. Mas a verdade é que Israel tem se mostrado um peso, um incômodo à administração americana. Nos bastidores da Casa Branca já há os que pensem, seriamente em deixar Benjamin Netanyahu à deriva de seus próprios desmandos. Ele age como um adolescente desvairado, que tem uma arma potente na mão com licença plena para matar e que, ao menor sinal de contrariedade alheia ou desaprovação à suas atitudes, ele recorre ao irmão mais velho, para este o socorra. Assim os Estados Unidos tem agido nas últimas décadas, no que tange a política irresponsável do aliado mais antigo no Oriente Médio.
"Estamos preparados para uma operação terrestre em grande escala, se for necessária, mas vale destacar que se o Exército entrar em Gaza não pode parar na metade, tem que ir até o final", declaração feita pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman. Foi exatamente isso que Hitler disse,mas em relação à Polônia, em 1939. O tom de ameaça,as ações descabidas, o desrespeito aos civis e a sede doentia por sangue são mais próximas das ações dos nazistas,do que gostaria de admitir o governo de Israel.
A mídia (principalmente a brasileira) mantém seu viés radical de direita e deixa transparecer seu apoio,ainda que velado, aos israelenses. Ignoram coisas básicas como o fato de palestinos terem sido vítimas durante décadas de invasão por parte do agressor Israel. Tudo que lhes fora tomado (suas casas, sua dignidade e a vida de muitos palestinos) foi pouquíssimo divulgado pela imprensa corrompida. E ainda sim são tratados como "grupos extremistas". Então, durante a segunda guerra mundial, os aliados poderiam ser considerados como radicais ou extremistas. Tudo é uma questão de ponto de vista. O de Benjamin Netanyahu é estreito,como sua mente. Suas técnicas de gestapo há muito não convencem; ao contrário, dão a verdadeira dimensão de sua ação na Faixa de Gaza : exterminar, por completo, um povo.
E a blitzkrieg sempre acontece em períodos sazonais: após as eleições americanas e próxima do pleito israelense. Bizarra coincidência.
Leia também :
Deus,Cadê Você?
Fósforo branco: crianças palestinas são queimadas vivas por Israel em Gaza
Ativista esmagada por escavadeira militar é culpada pela própria morte, diz juiz de Israel
Netanyahu lembra muito uma conterrânea sua: Golda Meir, um dos maiores monstros da política de Israel. O mesmo ódio pelos árabes, o mesmo desprezo pelo resto da humanidade, o mesmo desejo por sangue, a mesma insubordinação às determinações da ONU (que proibiu o estado judaico de desenvolver armas nucleares e,ainda sim, foi ignorada por completo) e a mesma visão estreita de se achar integrante de um povo dileto,escolhido por deus, daí a mania de achar que "pode tudo". Se Israel é o povo preferido de deus,então tá explicado o porquê da humanidade estar nessa situação degradante sociológica e moralmente falando; e provado que deus é imperfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário