quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Espíritas têm maior escolaridade e renda





Do site acessepiaui.com.br



(MS, 30/06/2012, às 09:10:01)

Os espíritas crescem vagarosamente e silenciosamente no Brasil. É uma religião que não se impõe por meios de comunicação, muito menos desembarcou no País com a Coroa Portuguesa. Enquanto católicos e evangélicos disputam fiéis com a promessa do Reino do Céu aos que se arrependerem de todos os seus pecados diabólicos, os seguidores de Alan Kardec e Chico Xavier acreditam que a prática do bem será recompensada na vida desencarnada. 

Uma religião (ou doutrina) sem púlpito, que atrai pessoas com maior grau de escolaridade. Dos 3,8 milhões que se declararam espíritas no Censo Demográfico 2010 do IBGE (eram 2,3 milhões dez anos antes, passando de 1,3% para 2% da população), 31,5% têm nível superior completo e apenas 1,8% não tinham o ensino fundamental completo. Católicos (6,8%), sem religião (6,7%) e evangélicos (6,2%) possuíam o maior contingente de pessoas sem estudo. Para o IBGE, indica "uma importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos".

Outra diferença está no rendimento mensal domiciliar per capita dos seguidores. Dos 123,2 milhões de católicos (64,6% dos 190,7 milhões de brasileiros recenseados), 55,8% (68,7 milhões de católicos) estavam na faixa de até um salário mínimo.
Os evangélicos ainda mais: dos 42,2 milhões (22,2% da população), 63,7% (26,8 milhões) declararam rendimento até um mínimo. O percentual de pessoas com até um salário entre os sem religião (15,3 milhões - 8% da população) alcançou 59,2%.
É uma característica que também "destaca" o espiritismo, avalia o IBGE, por ter apresentado o maior percentual de seguidores com renda acima de cinco salários mínimos (atualmente, R$ 3.100): 19,7%, ou 748 mil adeptos. 

Uma explicação para a maior escolaridade e renda pode estar na distribuição do grupo no País. O aumento mais expressivo entre 2000 a 2010 ocorreu na Região Sudeste, onde estão 2,5 milhões dos 3,8 milhões de espíritas. A maior proporção está no Rio de Janeiro (4%), São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1%). 

Católicos e evangélicos "se enfrentam" especialmente no Norte e Nordeste, regiões com população com menor instrução e renda comparadas ao Sudeste. No Sul, também ocorreu aumento "expressivo" dos espíritas e redução dos católicos. No Norte e Nordeste, as igrejas evangélicas sãos as que mais afetam o catolicismo, que já foi seguido por mais de 99% dos brasileiros (em 1872).





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