Lênin, a partir de 1919, iniciara
uma política de confisco de grãos dos camponeses, que gradualmente levaria uma
crise de fome em massa na população. A tentativa de planificar a economia, através
do controle de distribuição de alimentos, mediante apropriação forçada dos
grãos dos camponeses, a fim de abastecer as cidades, gerou não somente revolta e uma feroz
guerra civil no campo, como uma diminuição gradual da produção de cereais na
Rússia. Os camponeses foram proibidos de vender livremente seus excedentes e os
bolchevistas, exigindo cotas de produção acima das possibilidades do campo,
empobreceu-os radicalmente, gerando escassez de alimentos. Os bolchevistas,
através de uma incrível violência, torturando, matando e saqueando os
agricultores, não somente confiscavam tudo que o camponês tinha, como não
poupavam nem os grãos guardados para a o replantio de novas safras agrícolas.
As regiões mais ricas da Rússia, como Tambov e outros arredores de Moscou,
outrora grandes exportadores de cereais, por volta de 1920, ameaçava perecer
pela fome.
[na foto: crianças durante a Grande Fome Russa de 1921-1922 e uma família com o cadáver com o qual se alimentava durante a Grande Fome Russa].
Os comissários da Tcheka, em memorandos direcionados a Lênin e
Molotov, relatavam a incapacidade dos camponeses de oferecem seus grãos, já que
não somente o campo tinha se desestabilizado, como simplesmente a produção
agrícola decaído. No entanto, sabendo dessas informações, Lênin radicalizou o
processo, obrigando cada vez mais os camponeses a darem suas cotas de produção
onde eles não existiam mais. Antonov-Ovsenko, em uma carta sincera a um
correligionário do partido, dizia que as exigências bolcheviques para a
agricultura, em milhões de puds de cereais, eram tão além das expectativas da
população, que ela simplesmente morreria de fome. E, de fato, foi o que
ocorreu. Por volta de 1921 e 1922, 30 milhões de russos foram atingidos por uma
crise de fome monstruosa, prontos a perecerem. O país caiu num caos completo.
Rebeliões explodiam por todo a Rússia e arredores. Os marinheiros de Kronstadt
se rebelaram e fizeram alianças com os camponeses insurretos e esfomeados. E a
fúria da população era tanta, que os " comissários do povo" perdiam o
controle de várias cidades russas, já que eram massacrados pela turba
enraivecida.
Numa dessas cidades, os grãos de alimentos confiscados apodreciam na estação ferroviária, enquanto a população morrendo de fome, enfrentando os tiros dados pelos soldados do exército vermelho, saqueavam tudo quanto viam. Em algumas cidades como Bachkiria, Pugachev e Novouzenki era comum pessoas se alimentarem de cadáveres roubados nos cemitérios e até mesmo de cadáveres de parentes que haviam acabado de morrer. Nos arquivos da Revolução Russa de 1917 o pesquisador Orlando Figes, da Universidade de Cambridge, encontrou o seguinte relato: "...um homem condenado após ter devorado várias crianças confessou: -Em nossa aldeia ,todos comem carne humana, apenas não revelam. Há inúmeras tavernas na vila e todas, servem pratos à base de crianças. Em Pugachev havia bandos de canibais e de negociantes de carne humana, que davam, preferencia à carne de crianças por ser mais tenra...".
Numa dessas cidades, os grãos de alimentos confiscados apodreciam na estação ferroviária, enquanto a população morrendo de fome, enfrentando os tiros dados pelos soldados do exército vermelho, saqueavam tudo quanto viam. Em algumas cidades como Bachkiria, Pugachev e Novouzenki era comum pessoas se alimentarem de cadáveres roubados nos cemitérios e até mesmo de cadáveres de parentes que haviam acabado de morrer. Nos arquivos da Revolução Russa de 1917 o pesquisador Orlando Figes, da Universidade de Cambridge, encontrou o seguinte relato: "...um homem condenado após ter devorado várias crianças confessou: -Em nossa aldeia ,todos comem carne humana, apenas não revelam. Há inúmeras tavernas na vila e todas, servem pratos à base de crianças. Em Pugachev havia bandos de canibais e de negociantes de carne humana, que davam, preferencia à carne de crianças por ser mais tenra...".
Da Resistência Nacionalista (FacebooK)
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