Quem diria
que depois de décadas de domínio (também) nos esportes os americanos vissem seu
predomínio ameaçado por outro país, no caso a China?
O país
asiático dominou, praticamente, de ponta a ponta, o quadro de medalhas, sendo
ultrapassado pelos EUA a poucos dias do término dos Jogos Olímpicos. E mesmo
assim por uma diferença ínfima.
Houve uma
época em que os norte-americanos dominavam as competições internacionais, com
certa folga; quando muito rivalizavam com a extinta União Soviética. Mas das
Olimpíadas de Pequim para cá houve um declínio visível e preocupante —para
eles,é claro.
Não só em
âmbito esportivo, mas também no campo da geopolítica estão perdendo terreno. Os
americanos sempre foram temidos e,conseguinte “respeitados”.Mas um respeito por
medo de retaliação,ou no campo militar ou na área econômica (as famosas
sanções).Isso recrudesceu na era Bush,onde a truculência era usada a qualquer
instante,com autorização ou não da ONU.Eles se tornaram um país visceral,passando
por cima dos direitos humanos como um trator.Não aceitavam vetos ou
recriminações contra seus atos.Esse era o país tido como a maior potência do planeta:brutal e atrasado
do ponto de vista intelectual e moral.Até a chegada de Obama.
Poderia
haver uma moderação nas atitudes dos EUA com sua ascensão .Poderia.Mas o que se
viu foi o mais do mesmo.Pior.Perderam o tal do ‘respeito’ que conquistaram à
força e ainda sua predominância no
cenário global.Na geopolítica e até nos esportes.Poderiam fazer a diferença,mas
não.Acabam usando as mesmas velhas táticas de Gestapo contra aqueles que não
comungam da mesma ‘ideia’.Chegam ao ponto de manipular informações a bel prazer
pela simples razão de que vale tudo para manter a supremacia.Chegaram até a
forjar o assassinato de Osama bin Laden(que já havia morrido anos atrás)para
mexerem com os brios da população.E nem assim estão conseguindo se manter no
topo.O carisma de Barack Obama não tem sido suficiente para fazer com os seus conterrâneos acreditem em dias
melhores.
O caso da
Síria é emblemático. Com os vetos de Rússia e China no Conselho de Segurança da
ONU, os EUA não conseguem impor suas vontades de mais sanções, municiar
rebeldes e minar a influência do Kremlin na região. Na época do déspota George
W. Bush, não havia meio termo. Com ou sem autorização ele iria executar seus
planos bélicos, sem medir consequências. E que se dane as Organizações das
Nações Unidas. ELE era a ONU.
Não quero
parecer defensor de Bush, que foi um dos maiores assassinos em massa da história, rivalizando
com Mussolini,Hitler e Stálin. Claro que os dois últimos mataram milhões, mas o
alcance das barbáries do presidente americano
foi altíssimo, beirando as centenas de milhares, inclusive seu próprio
povo (os soldados). Com ele os norte-americanos alcançaram um predomínio perigoso
e com ramificações em várias partes do planeta. Obama deveria ser a antítese.Mas
foi uma versão mais atrapalhada e menos programático do texano.
Talvez este
susto de quase perderem a hegemonia nos esportes e de não conseguirem incitar
outros países a guerrearem e/ou invadirem mais nações soberanas, por capricho,
sejam claros sinais de que a decadência se avizinha, e a passos largos. O pobre
presidente americano busca,agora,o que buscavam,desesperadamente, os demais
ocupantes da cadeira na Sala Oval : a permanência,ou a reeleição.Caso não venha
será um fracasso retumbante,e o faria entrar no rol dos ‘perdedores’ junto com
George Bush(pai) e Jimmy Carter.Para evitar isso,ele teria que convencer a
população de que ainda são uma potência imbatível e em franca recuperação na
economia.Mas até nesse quesito a China vem se tornando uma pedra no sapato dos
EUA,ao se tornar a mais importante economia do planeta,a grande ‘locomotiva’
mundial,posto outrora ocupado pelos norte americanos.E caso o avanço chinês se
confirme tanto nos esportes,na economia,quanto na geopolítica ,então o que será
dos nossos vizinhos do norte?
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