Para os desavisados,estou falando do dia internacional do
rock.No dia 13 de julho ocorria o festival Live Aid,para ajudar as vítimas da
fome na África,idealizado por Bob Geldorf,que se notabilizou por duas coisas em
sua carreira:organizar este festival e estrelar a adaptação do disco clássico
The Wall para a telona,na direção de Alan Parker.A data,simbólica,é uma
merecidíssima homenagem ao bom e velho rock and roll.Acabou ficando a data do
festival(que contou com grandes nomes do gênero musical).
Para os desavisados,Elvis Presley não “inventou” o rock and
roll.No final da década de 40,os afrodescendentes americanos em Nova Orleans
resolveram modificar um gênero já consagrado,o Blues,e com uma simples
acelerada no ritmo e uma pitada de soul music,voilá,estava criado o estilo
musical mais criativo e relevante do século XX.Infelizmente,para legitimar um ritmo
musical criado pelo pretos,os brancos precisavam de um representante que “usurpasse”
a obra.Nesse sentido,até a alcunha ‘rei
do rock’ caiu como uma luva.Não me entenda mal. Elvis foi tremendamente
importante para a história do rock.Mas não o criou.Sua relevância é notória e
ajudou a sedimentar o gênero pelo mundo
afora.E esse foi sua maior contribuição.
Para os desavisados,o rock não é um estilo passageiro.Desde
sua criação até os dias de hoje lá se vão quase 70 anos,e seus propósitos foram
os mais variados.Começou como uma forma de autoafirmação para os jovens que
buscavam se encontrar.Passou a ser usado para protestar contra guerras e
regimes totalitários (sua mais importante função;o protesto,o fator contestador
é que o define),onde foi crucial em momentos difíceis da sociedade,como
reivindicar o fim da guerra do
Vietnã.Serviu como um meio para demonstrar insatisfação contra sociedades
conservadoras (nisso o punk foi decisivo).Possibilitou o aparecimento de vários artistas de talento
incontestável(como Paul Mcartney,John Lennon,Jim Morryson e Roger Waters).Mostrou
a feia face das desigualdades
existentes na sociedade moderna,o chamado rock
engajado(o U2 mostrou muito disso em sua obra).
Para os desavisados (e ignorantes)que dizem que “o rock é
coisa do demônio”,fama atribuída ao pai do heavy metal,o Black Sabbath,muitos
usam o estilo pesadão e as capas com tons apelativos para chocar a sociedade e
para mostrar sua verdadeira cara (a realidade nossa de cada dia nos causa
repugnância).
O gênero imortal revelou ao mundo nomes que transcendem um
ritmo e conseguiram elevar o rock ao status de clássico com nomes que dispensam
apresentação como The Beatles,Pink Floyd,Led Zeppelin,The Doors,Janis
Joplin,Jimi Hendrix,Rolling Stones,Nirvana,Genesis,Kiss,Sex Pistols e tantos
outros.Confesso que sou suspeito ao tratar o assunto,já que escuto,aprecio e
reverencio o Rock and Roll desde meus 7 anos de idade.Reconheço também que o
estilo musical perdeu um pouquinho do impacto recentemente,devido à baixa
qualidade das bandas novas que não agregam nada(pelo menos as gravadoras não
deixam que cheguem à nós nada que não ‘seja mais do mesmo’)e pela preferência
das pessoas pelos ritmos de “digestão fácil”,onde uma letra pobre e um refrão
repetido a exaustão cativam e vendem milhões,emburrecendo a população,cada vez mais
sem condições de escutar e compreender obras complexas como “Dark Side of the Moon”,”Sgt Pepper’s
Lonely Heart Club Band”,”Led Zeppelim
IV”,etc.
É diferente em sua
essência e objetivo.Sempre se renovou com subgêneros
(progressivo,punk,psicodélico,hard,heavy,grunge).Sempre teve papel preponderante
na história da segunda metade do século
XX em diante.
E para os desavisados,citando Neil Young,outro
grande nome do gênero:”rock and roll will never die”.Never,baby.Never!
Bravo!
ResponderExcluirValeu Rogerião!! Abraços.
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