segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O que Acontece com a Nossa Polícia ?



    Conhecida como uma profissão extremamente necessária à preservação da vida, a polícia brasileira (seja militar, civil ou municipal ) muitas vezes peca pelo excesso de truculência, fazendo com que a população a tema, mais do que os próprios bandidos.

   Para muitos integrantes, a Força Policial representa algo libertador, uma forma de legitimar seus instintos mais perversos e negativos contra qualquer um que o olhe de rabeira. Ou até para praticar justiça (??) com as próprias mãos.

   Nem sempre a culpa é dos próprios bandidos travestidos de 'homens da lei'. Invariavelmente, as coisas começam (e permanecem) erradas no processo seletivo para se formar um funcionário com permissão de usar arma e distintivo. A seletiva não deve primar pelo rigor, já que muitos desequilibrados emocionalmente acabam se tornando defensores e infratores da lei, ao mesmo tempo. Com certeza, um meio mais rigoroso, com avaliações psicológicas permanentes e que não sejam superficiais possam nos livrar de muitos psicopatas que estão apenas esperando o aval governamental para sair às ruas e barbarizar, aterrorizar, descarregando suas frustrações contra cidadãos e cidadãs de bem.

   Em dois episódios recentes, a Guarda civil metropolitana, do Rio e SP, mostraram que alguns de seus integrantes estão nivelados por baixo com aqueles que supostamente tem que prender.

  No episódio em Sampa, contra skatistas; na Cidade Maravilhosa contra um bêbado que subiu em um monumento.

   Em ambas as situações, o diálogo seria a opção mais racional (note bem que eu disse RACIONAL). Poderia ter sido evitado todo esse ranger de dentes de boa parte da sociedade contra aqueles que deveriam dar o exemplo. Mas essa opção nem foi tentada.

  Mesmo com a situação, aparentemente, sob controle ainda imperou a truculência, típica de situações envolvendo bandidos violentos ou em situações em que a infração fosse potencialmente fatal. Mas contra jovens que usavam seu skate (ainda que abusados e aborrecendo algum transeunte), um homem que, inadvertidamente  subiu em uma estátua ou aqueles que estão filmando a situação vexatória, não se justifica essas ações de milícia.

   Os recalques e melindres que estes dublês de policiais descontam contra suas vítimas faz que se pondere de onde vem essa postura bélica e marginal. Muitos se sentem verdadeiros "Rambo" ou um "Capitão Nascimento".  Mas, ainda sim, a comparação não procede, pois ambos os personagens do cinema voltavam sua violência descabida contra o sistema, e não contra aqueles que estão no mesmo nível popular. As 'castas' baixas acabam sendo vítimas de atitudes dignas de Gestapo, oriundas de pessoas desvirtuadas, provavelmente abaladas por lares desfeitos ou com um histórico de violência ou abuso familiar. Ou simplesmente se regozijam em externar sua agressividade contra cidadãos desarmados e indefesos.

  O fato é : contra bandidos de grossa plumagem, provavelmente estes mesmos "policiais" estariam de cabeça baixa, se referindo a eles com um subserviente "sim, senhor", tremendo de medo ao ouvir aquela frase famosa : "Você sabe com quem está falando?" . Certeza absoluta, contra estes, não haveria 'mata-leão' para tentar estrangular, não haveria tentativa de intimidação, spray de pimenta contra as pessoas, nem pensariam em confiscar a câmera daqueles que filmam a cena enojante.

  Dois pesos e duas medidas.


Observação: a crítica é feita contra os péssimos policiais. Portanto, há gratas exceções. Vista a carapuça apenas aqueles que se encaixem no perfil de bandidos travestidos de marginais.





                                                     (Guarda Municipal no RIO)





                                                      (Guarda municipal em SP)






















     (foto Rede Esgoto de Televisão- Facebook)


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Confissões de um Policial Brasileiro






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