domingo, 20 de janeiro de 2013

Funeral de um Lavrador








Mais do que um clássico da nossa MPB, é um retrato de um país desigual. Parceria de Chico Buarque e João Cabral de Mello Neto, a música é uma obra-prima que merece uma aula inteira nas faculdade Brasil afora, ou uma tese a ser elaborada.


Mostrando a triste realidade do homem no campo, à mercê dos latifundiários e sua ganância sem limites, a letra nua e crua expõe o desprezo pelo homem simples e necessitado de algo que lhe dignidade : um pedaço de terra.


Hoje talvez nem tanto, mas na década de 70 isso era mais comum do que se parece. Apesar dos MSTs da vida, que perderam o senso e a razão de ser (ao invés de lutar por uma reforma agrária digna, preferem a baderna e a destruição, quando são contrariados), as lutas de outrora eram mais difíceis. 



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Em muitos cantos do Nordeste ainda se pode identificar a letra, estrofe a estrofe, como que numa repetição sinistra de exploração inimputável. 


A parceria Buarque/Cabral  realizou um hino atemporal sobre justiça e direitos iguais.  







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