Provavelmente, de nobre no nome, apenas Neves, que remete a seu falecido avô, o "quase" presidente da república Tancredo.
De resto, a trajetória de Aécio não é das mais brilhantes. Avesso a vida noturna das Minas Gerais, o neto pródigo sempre preferiu se refugiar nas noites cariocas. Um 'happy hour', pra tirar o gosto ruim de tantos problemas que o estado mineiro tem (como tantos outros estados da federação).
Quando governador, ele já sabia que queria ser presidente. Batalhava por isso (não no bom sentido), sonhava com isso (enquanto os mineiros padeciam com saúde, educação e segurança dignas da Somália) e pavimentava seu caminho usando de artifícios pouco originais.
Num desses estratagemas duvidosos, usou a verba publicitária do governo que administrava para encher os cofres de veículos de imprensa, alinhados com seu projeto pessoal, o Palácio do Planalto.
No documentário abaixo, detalhes da tramoia :
O que mais incomoda é que para termos acesso a esse tipo de informação, só conseguimos através de veículos de imprensa internacionais, ou no Brasil, via produção independente.
Mas a revelação é estarrecedora. E os que mais se beneficiaram foram o jornal "O Estado de Minas", famoso por seu teor tendencioso, desde época da eleição de 1989 (você sabe do que eu estou falando...) e, é claro, a afiliada da rede Globo, a TV Globo Minas. Apenas 'variações do mesmo tema'.
Aqui, o documentário corajoso que revela a picaretagem na imprensa mineira, afim de catapultar Aécio ao Planalto:
Novamente, é de entristecer constatar que o grande público não tem acesso a esse tipo de notícia vital. A imprensa brasileira corre o risco de repetir 1989, ao ignorar o passado de um determinado candidato à presidência e prejudicando, ou melhor,lesando o eleitor.
Mas ainda tinha mais. O bom moço das Gerais não se contentava em exigir silêncio sepulcral da mídia, como também retaliava quem não seguisse seu manual pessoal, passo a passo.
No vídeo abaixo, o mais polêmico jornalista brasileiro dos últimos anos, Jorge Kajuru denunciou o descalabro de um jogo da seleção, onde não havia ingressos disponíveis para torcedores, que a entrada de deficientes físicos estava reservada para os VIPs (bom, estes sim são deficientes...) e a ação dos cambistas cobrando uma fortuna por um mísero ingresso. Foi o bastante para ser demitido da Band, a pedido do então governador Aécio Neves.
De enojar a atitude de um político que almeja governar um país. Kajuru, que já havia sentido na pele a "gestapo tucana" em Goiás por denunciar Marconi Perillo inúmeras vezes, mais uma vez via sua vida profissional sucumbir por caprichos de um pretenso governante que não admitia contestação.
Enebriado por seu desejo incontrolável de se tornar presidente, Aécio se esquece que deveria se tornar uma alternativa genuína, e não ser um "mais do mesmo". Táticas desse tipo, que permeiam sua trajetória política são lugar comum na vida de Collor, FHC, Lula e Dilma. Se for para fazer o que faz, então deixe as coisas como estão.
O sempre incompetente Diogo Mainardi se revela (se é que isso ainda era possível...) em uma edição de um dos piores programas da TV por assinatura, o "Manhattan Connection" :
O que o dublê de jornalista fez foi apenas externar sua visão limitada, dando voz a outros tantos que rasgaram seus diplomas da faculdade, esquecendo a imparcialidade, necessária para um bom andamento do trabalho, para adotar alguém em especial. É o efeito "Collor de Mello", tudo de novo. Não é para isso que serve um integrante da imprensa.
Resta saber se em 2014, com Dilma querendo se reeleger, com Eduardo Campos como novidade (coisa que o Aécio deixou de ser há muito tempo) e, talvez até contra Serra, em um outro partido, o tucano, atualmente senador, conseguirá enfim, realizar seu sonho adolescente.
Para isso, ao menos, ele já conta com apoio de parcela significativa da imprensa tupiniquim. Desde, é claro, que o dinheiro da publicidade permaneça garantido. De preferência, adiantado, afinal, a verdade tem seu preço.
Só pra não deixar passar em branco, abaixo um dos seus inúmeros momentos ébrios. Avesso a teste do bafômetro, mas chegado em uma bebida alcoólica, no vídeo abaixo, ele foi pego no flagra, cambaleando pelas ruas do Rio :
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