A imprensa
brasileira tem um histórico de desserviços prestados à nação; e ainda assim,
parece não aprender com os erros do passado.
Apoia regimes
e governantes, quando deveria fiscalizar com rigor; elege e derruba políticos
de acordo com suas conveniências e critica quem tenta mudar o ‘status quo’.
O que
acompanhamos nas últimas semanas, culminado com a visita do Papa Francisco
sugere uma necessidade extrema de repensarmos o papel da mídia nacional.
Para os
barões dos grupos de comunicação, acostumados a dizer o que querem e quando
querem, os manifestantes que foram às ruas querendo melhorias eram vândalos; os
policiais infiltrados, solenemente ignorados; a pauta de reivindicações
menosprezada; os desvios de dinheiro público para a realização da Copa de 2014 e
das Olimpíadas, subestimados; a presença do Sumo Pontífice, imposta à força,
como forma de ludibriar e desviar a atenção do foco dos protestos. Uma overdose de transmissão que mostrou bem as intenções do "4º poder".
A mídia diz
em quem devemos votar, o que devemos comer, o que podemos fazer, aonde iremos e
até qual religião deve ser a oficial do país. E isso é, pra dizer o mínimo,
contraproducente.
E quando uma pauta parecer se exaurir, acha-se outra, tão conveniente quanto a anterior; se não há mais a possibilidade de explorar a visita do Papa, corta pro assunto Neymar, em seu novo clube. Tudo para manter a mente do brasileiro ocupada o suficiente para não questionar o que está errado ao seu redor.
Se a tão
propalada autorregulamentação é inócua (na verdade, não passou apenas de uma
falácia), então devemos adotar o modelo argentino (a Lei de Médios), para não
corrermos o risco de presenciarmos mais desmandos e mentiras travestidas de “bom
jornalismo”. E jornalismo de qualidade não é feito por ‘profissionais ‘ com
figurino e maquiagem escolhidos a dedo, dignos da SP Fashion Week; e sim com a
verdade, rifada tão fácil por editores de redação ou diretores de núcleos
acostumados a chafurdar no luxo conquistado à custa da credibilidade de seus
respectivos veículos de informação.
Verdade,
credibilidade não têm preço. Parece que certos jornalistas têm.
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Prezado Marcello gostei de sua maneira de expressar seu pensamento, seu ponto de vista. Parabéns. Gostei de seu estilo e forma de escrever. Sou seu seguidor e gostaria que também fosse meu. Aí vai meu site: http://www.nossoslivrosfree.com.br/ Felicidades.
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