O jovem Natan Blanc, de 19 anos, seguiu para a prisão porque se recusou a tomar parte neste novo ataque a Gaza. "Como cidadãos e seres humanos, temos um dever moral de recusar a participar desse jogo cínico. É por isso que eu decidi recusar entrar para o Exército Israelense em 19 de novembro de 2012”', diz o jovem em uma carta
que denuncia a "onda de militarismo agressivo" em Israel.
No Blog de Moriel Rothman, um escritor e poeta israelense e estadunidense, que mora em Jerusalém e saiu há pouco da prisão militar por ser um "refusenik", está a carta de Natan Blanc. Moriel tem 23 anos e já cumpriu sua pena por ter se recusado a servir, em outubro deste ano. Os "refuseniks" são os cidadãos israelenses que se recusam a ingressar nas Forças de Defesa de Israel para atuar além da fronteira da linha verde, que é a fronteira reconhecida pelas Nações Unidas como legitimamente pertencente ao Estado de Israel, e que datam de 1967.
O movimento surgiu em meio aos bombardeiros entre Israel e o Líbano, em 1982, quando pilotos da Força Aérea Israelense decidiram não bombardear civis e não tomar parte em operações militares fora de Israel. De 1982 para cá, os refuseniks cresceram e criaram uma rede internacional de solidariedade, que hoje em dia conta com uma rede de financiamento para ajudar às famílias dos "refuseniks" que, além de enviados a prisões militares, perdem o direito ao soldo.
A primeira geração de "refusenik" é fundadora do estado de Israel e tem dentre os seus mais ilustres membros o escritor, falecido em novembro do ano passado, Peretz Kidron. Kidron, de origem austríaca e militante de toda a vida da esquerda sionista, era membro da Força Aérea e protagonizou o movimento de recusa de tomar parte nos ataques que “cruzaram a linha vermelha”, na linguagem deles, contra as populações civis no Líbano.
No Blog de Moriel Rothman, um escritor e poeta israelense e estadunidense, que mora em Jerusalém e saiu há pouco da prisão militar por ser um "refusenik", está a carta de Natan Blanc. Moriel tem 23 anos e já cumpriu sua pena por ter se recusado a servir, em outubro deste ano. Os "refuseniks" são os cidadãos israelenses que se recusam a ingressar nas Forças de Defesa de Israel para atuar além da fronteira da linha verde, que é a fronteira reconhecida pelas Nações Unidas como legitimamente pertencente ao Estado de Israel, e que datam de 1967.
O movimento surgiu em meio aos bombardeiros entre Israel e o Líbano, em 1982, quando pilotos da Força Aérea Israelense decidiram não bombardear civis e não tomar parte em operações militares fora de Israel. De 1982 para cá, os refuseniks cresceram e criaram uma rede internacional de solidariedade, que hoje em dia conta com uma rede de financiamento para ajudar às famílias dos "refuseniks" que, além de enviados a prisões militares, perdem o direito ao soldo.
A primeira geração de "refusenik" é fundadora do estado de Israel e tem dentre os seus mais ilustres membros o escritor, falecido em novembro do ano passado, Peretz Kidron. Kidron, de origem austríaca e militante de toda a vida da esquerda sionista, era membro da Força Aérea e protagonizou o movimento de recusa de tomar parte nos ataques que “cruzaram a linha vermelha”, na linguagem deles, contra as populações civis no Líbano.
Desde meados dos anos 80, ele e os seus companheiros de resistência criaram o movimento Yesh Gvul (“Há um limite”), e inspiraram muitos outros militares a não ultrapassarem a linha que é de direito israelense.
A segunda onda de "refuseniks" surgiu, não por acaso, por ocasião da Segunda Intifada, que irrompeu durante o governo de Ariel Sharon. Também em 2006, na operação que resultou num ataque ao sul do Líbano, uma nova geração de refuseniks se organizou e, agora, seis anos depois, novos refuseniks, mais jovens, manifestam sua disposição de ir para a prisão militar, mas não combater e não tomar parte nos combates além da linha verde.
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No blog de Moriel Rothman, está a carta de Natan Blanc, 19 anos, que segue para a prisão, porque se recusou a tomar parte neste ataque a Gaza.
Segue a carta de Natan:
“Eu comecei a pensar em recusar a tomar parte no exército israelense durante a operação ‘Chumbo Fundido’ em 2008. A onda de militarismo agressivo que varreu o país, então, as expressões de ódio mútuo e o vácuo de conversas a respeito do caráter de nosso terror e da criação de um efeito de dissuasão, sobretudo, impulsionaram minha recusa.
Hoje, depois de anos cheios de terror, sem um processo político [por meio de conversações de paz], e sem tranquilidade em Gaza e em Sderot, está claro que o governo Netanyahu, assim como o de seu antecessor, Olmert, não estavam interessados em encontrar uma solução para a situação existente, mas, antes, em preservá-la.
Do ponto de vista deles, não há nada errado em iniciarmos a “Operação Chumbo Fundido 2” a cada três ou quatro anos (e então a operação chumbo fundido 3, 4, 5 e 6): nós falaremos em dissuasão, nós vamos matar algum terrorista, nós perderemos alguns civis em ambos os lados, e nós prepararemos o terreno para uma nova geração cheia de ódio de ambos os lados.
Como representantes do povo, os membros do gabinete não têm qualquer dever de apresentarem sua visão para o futuro do país, e podem continuar com esse círculo sangrento, sem fim à vista. Mas nós, como cidadãos e seres humanos, temos um dever moral de recusar a participar desse jogo cínico. É por isso que eu decidi recusar entrar para o Exército Israelense em 19 de novembro de 2012”.
Natan Blanc
Natan pode ser contatado neste email nathanbl@walla.com
Para saber mais sobre os refuseniks: LINK ORIGINAL AQUI E AQUI
Tradução: Katarina Peixoto
FONTE: Carta Maior
AQUI UM VÍDEO DELE:
(Que bom que há os que pensem no ser humano, ao invés de pensar apenas em poder; outras atitudes pacifistas também podemos encontrar no Facebook na página : Israel loves Iran. Muito bom)
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