A chegada do
Papa Francisco ao Brasil tem causado uma histeria coletiva, um frenesi (na
mídia, principalmente) como se fosse o maior evento do século XXI.
Evidentemente,
a imparcialidade foi severamente comprometida, a tal ponto de veículo de imprensa
algum citar os gastos absurdos e excessivos com a visita do pontífice.
Excetuando-se a Rede Record que, por razões óbvias, tem sua agenda particular
de demonização do homem forte do Vaticano, o descaso da ‘grande mídia’constrange,
mostrando que certos programas jornalísticos preferem o silêncio constrangedor
a relatar a verdade. Não é conveniente criticar em praça pública alguém tão
idolatrado por milhões de brasileiros, que optaram por chafurdar na “santa”
ignorância do que desenvolver o senso crítico.
Falar sobre
a dispendiosa vinda do “Príncipe do Clero” obrigaria jornais, revistas e
telejornais a compararem o que poderia ser feito com o valor estratosférico de
quase 200 milhões de reais destinados ao evento religioso.
Num país majoritariamente católico e propenso
a desigualdade social aguda, uma quantia robusta dessas poderia ter um destino
mais nobre e útil do que um espetáculo voltado para demarcar território (os
evangélicos aumentam a cada dia que passa no país) e fanatizar os mais
ingênuos.
Enquanto
isso, no mundo real, a inflação continua galopante, o poder aquisitivo diminui,
os políticos estão em “recesso”, cansados de nada fazer e a reforma política
engavetada por enquanto. Tudo porque o país parou para receber “Sua Santidade”
(no melhor sentido irônico, sarcástico e cínico possível).
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