Na verdade,
acabou se tornando uma espécie de “cavalo paraguaio” a candidatura de Celso Russomano.
Bastou crescer nas pesquisas para conseguir o inimaginável : unir os rivais em
torno de um único objetivo,que era derrubá-lo do topo das pesquisas. Isso, somado
ao fato de a associação com a Igreja Universal ter sido explorada ao máximo. Haja
vista que em sua participação no SPTV, a entrevista (tendenciosa, como sempre)
se transformou num palanque ‘anti-Universal’ (todos sabem das desavenças entre
Globo e Record). O candidato à prefeitura teve que aguentar perguntas
sucessivas sobre a igreja e nenhuma sobre plataforma de governo.
Não estou
dizendo que ele deveria ter chegado ao segundo turno, na corrida ao executivo paulistano,
mas que São Paulo merecia uma “Terceira Via”. Não Russomano, mas alguém que
trouxesse um vigor a um cenário tão contaminado por dois partidos carcomidos
pela corrupção: PSDB e PT. E o segundo turno promete ser um festival de
baixarias e vale tudo sem igual.Pobre São Paulo,pobre paulistano...
CAVALO
PARAGUAIO 2
Em Curitiba,
o filho do apresentador Ratinho (SBT), o Júnior, conseguiu se tornar um
‘Russomano que aparentemente deu certo’. Mas no segundo tempo, tem tudo pra ver
sua candidatura ser combatida por todos os rivais juntos (aqueles que perderam
no primeiro turno). Talvez isso sirva para que ele entenda que usar nome famoso
para alçar voos mais altos não é a coisa mais inteligente a se fazer. O tempo
dirá.
CAVALO
PARAGUAIO 3
Claramente o
PT saiu perdendo nas eleições. Os sustos nas urnas foram um claro sinal de que
as pessoas estão querendo, ou que o partido mude (adotando um ar ‘honesto’) ou
admita publicamente suas faltas graves, extirpando os membros atingidos pelos
sucessivos escândalos. Como as duas situações estão fora de cogitação, resta
esperar que o STF termine de julgar os mequetrefes envolvidos no Mensalão, a
tempo de causar danos aos demais candidatos em disputa no 2º turno, mostrando
que em casos assim, a impunidade não pode passar em brancas nuvens. Já que a
principal figura ainda acredita que as pessoas o veem como uma figura messiânica,
portanto sem o mínimo contato com a realidade, o jeito é contar com Joaquim
Barbosa e sua vontade extrema de fazer justiça.
CAVALO
PARAGUAIO 4
Pobre Rio de
Janeiro... Reeleger Eduardo Paes foi um claro sinal de desconhecimento de causa,
ou de profunda preguiça mental. Depois de toa incompetência, todos os
escândalos de desvio de verba pública da área da saúde, educação, para as obras
da Copa do Mundo, de todo o desdém pela população carioca e da suspeita de
compra de apoio político às vésperas da eleição, ainda sim conseguir ser eleito,
parece escárnio... Isso, numa cidade carente de tantas coisas básicas (como
toda grande metrópole).Enquanto isso,na periferia...
Lembrando
que o prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB) obteve
cerca de 45% do total de votos nas eleições.Portanto,nem de longe ele
foi eleito pela maioria. Muito ao contrário.
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