segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CRÔNICA DE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA



       No clima de guerra que se formou em Pinheiro,zona sul de São José dos Campos,a polícia militar(famosa por não aliviar em  momentos críticos)é acusada pelos 'moradores'(se há reintegração de posse,significa que tem dono)de truculência,abuso de poder e adjascentes.Cabe apenas uma pergunta:se os grandes vilões são os PMs(e aqui não cabe defesa de métodos de Gestapo),então quem está ateando fogo em ônibus e carros de passageiros -até da TV Vanguarda,afiliada da rede Globo-,saquendo e depredando lojas,bloqueando e interditando vias de acesso,impedindo até ambulâncias de transitarem pela localidade.



       É óbvio que não se pode,simplesmente,enxotar famílias como se faz com o gado(se bem que muitas vezes,pras autoridades,não há diferença).Cabe,também o bom senso,afinal os moradores estão lá há oito anos e o terreno pertence à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas(lembra dele?).Mais de 5.500 pessoas vivem em uma comunidade,que não pode ser desmantelada a "pulso e canelão",como se diz no interior.Mas se falta bom senso às autoridades,falta a alguns que dizem protestar,já que incendiar onibus ou carros de transeuntes colocar em risco a vida de outras pessoas,vítimas pegas num fogo cruzado entre o desespero e a autoridade,não mostra outra coisa do que terrorismo.Se em uma cidade como S.J. dos Campos(uma das maiores do interior de SP)ainda não há alternativas para situações como esta (uma tragédia anunciada,há tempos),então é de se perguntar se quem ocupa a prefeitura sabe o que acontece com aqueles que,podem não ter poder aquisitivo,mas tem poder de protestar e escancarar a incompetência do poder municipal para o país inteiro;e isso,em ano de eleição não é bom.Nem para o prefeito,nem para o morador do Palácio dos Bandeirantes.


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