O movimento
conseguiu seu intento, mas não é hora de parar com os protestos.
Até agora se
pode dizer que, no cômputo geral, o MPL teve mais acertos do que erros.
De início
rechaçado e satanizado pela mídia, foi abraçado pela imprensa quando as
manifestações ganharam o país.
Os
integrantes rejeitaram o viés suprapartidário, optando acertadamente pelo
apartidarismo. Foram chamados de fascistas por isso, mas conseguiram resistir à
tentação de politizar os protestos e desqualificar a eles mesmos; afinal, se
dentre as reivindicações estava o combate à corrupção (bandeira de boa parte dos
milhares de participantes) seria uma enorme contradição aceitar qualquer tipo
de elementos partidários que usaria as luzes da ribalta como um aproveitadores baratos.
Mantiveram o
ritmo das passeatas mesmo quando os governos (estadual e municipal) já acusavam
o golpe.
Pouco ou
nada falaram contra mídia perversa que atua de maneira leviana no país. Por isso foram criticados.
E no calor
da vitória resolveram encerrar as manifestações. Sorte que muitos brasileiros
já tinham conhecido o caminho das pedras, e mantiveram o grito nas ruas.
O que pautou
a análise dos veículos de informação foi o vandalismo que chegou a várias
cidades pelo Brasil afora, e que o MPL fez questão de condenar.
Lógico que saques e depredações são reprováveis, mas
uma avaliação mais profunda cabe neste espaço: os políticos brasileiros vêm
tomando a nação de assalto há décadas e sempre esperaram a letargia do povo;
golpearam o país com um aríete, forçando e forçando cada vez mais as pessoas,
sempre contando com a síndrome de ovelha que acomete os cidadãos dessa republiqueta sul
americana. A classe política brincou com a sorte por tempo demais. E por mais
que protestos como os organizados pelo MPL tenham sido preponderantes para
chamar a atenção para as agruras da nação, foi apenas quando alguns mais
exaltados derrubaram o portão da residência oficial do governo paulista e da
sede da prefeitura de SP, partiram pra cima da Alerj e do Congresso, é que os
maganos do poder acordaram. E com medo.E como é bom
sentir o medo que os políticos têm das vozes das ruas.
O Movimento
parece ter arrefecido, mas a população não. Tanto que, mesmo quando seus
líderes decidiram encerrar os protestos (decisão que durou apenas 24 hrs), as
pessoas continuaram protestando em suas cidades.
Por isso o
Passe Livre foi importante. Talvez não como agente criador, mas como catalisador.
O que faltava era uma faísca. E ela veio. E agora que os brasileiros
descobriram que podem verbalizar sua indignação e frustração com relação
aos governantes, tudo ficou mais fácil.
E que dure
até a Copa do mundo os protestos e manifestações. E além.
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O maior erro, na minha opinião: desistir do protesto. O maior acerto? Depois de convocar o pessoal, sem dúvidas foi recuar na decisão e voltar com os protestos. Abraços.
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Djoni Filho Debate
Twitter: @djonifilho
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Os Aposentados Brasileiros velhos usados pelo sistema, confiam nos jovens brasileiros que devem ter em seus familiares aposentados que já perdem durante 15 anos 50% por cento dos seus beneficios com o Fator Previdenciario criado pelo governo de maneira que os aposentados estão lutando para reaver em seus beneficios o que tem de direito e o Governo não quer colocar novamente em pauta na Camara para ser votado, e a HORA é ESTA contamos com voceis para fazerem tambem essa parte na Historia do Brasil, e que ficará para outros a necessidade de manter o grito pela justa DEMOCRACIA NO BRASIL
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