Violência - usar a agressividade de
forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em
acidente, morte ou trauma psicológico.
Presente em
nosso dia a dia de maneira indelével, a violência tem recrudescido diuturnamente.
Criminosos impiedosos, com métodos bárbaros e uma sociedade acuada. Eis o
resumo da situação atual do Brasil.
Há os que
matam com requintes de crueldade (até ateando fogo); estes psicopatas
dificilmente encontram resistência. Quando são presos (quando...), os poucos
dias ou horas que passam detidos envergonham o sistema judiciário, e revoltam
os familiares das vítimas.
Existem
aqueles que necessitam de proteção e leis mais rígidas (a população); estes, claramente, a mercê do destino. De um lado bandidos soltos e com liberdade ilimitada
para açoitar a sociedade; de outro, as pessoas honestas, presas em suas
próprias casas, com grades, sistema de vigilância e cercas elétricas. Reféns de
uma cadeia de injustiças e que parecem não ter limites.
O REFLEXO DO
MUNDO MODERNO
Nunca os noticiários
estiveram recheados com tanto sangue. Crimes e delitos dos mais variados nos
programas sensacionalistas da TV. Band (Datena), Record (Marcelo Resende), Valmir Salaro (Fantástico) são alguns daqueles “jornalistas” que
exploram a tragédia alheia de maneira estúpida e desrespeitosa. Exibindo a
exaustão as imagens de pessoas sofrendo, além da dor e do choro (sempre em
close, nesse momento) parecem estimulá-los a continuar na busca por mais
audiência, esquecendo-se que notícia não se cria, se registra.
IMPUNIDADE
Se de um
lado está a sociedade indefesa, de outro estão os ‘come-dormes', mais
conhecidos como nossos políticos. Eles parecem imunes e alheios a esse dilema
social. Os próprios criminosos sabem com quem lidam. Entendem que o estopim
para o endurecimento das leis e, conseguinte, das penas, passa por deputados e
senadores. Enquanto os próprios legisladores não sentirem o drama pessoalmente,
os chacais continuarão barbarizando a nação de ponta a ponta, de maneira cruel
e impiedosa.
A plebe
agoniza. O baixo clero clama por soluções e são ignorados por aqueles que
deveriam ser funcionários dignos de um país que lhes mantém a peso de ouro e têm
como retorno apenas desdém e incompetência. Culpa do próprio brasileiro, cujas
prioridades sempre foram as mais triviais e supérfluas. Paga hoje um preço
altíssimo por sua conveniente alienação e ignorância.
O
endurecimento das leis, o aprimoramento do sistema penitenciário, a redução da
maioridade penal e a inserção de ex-presos à comunidade de maneira gradual e
propositiva são apenas o início. Há muito a ser feito, e todas as coisas
passam, obrigatoriamente, por engajamento da população, que sempre é o fator
mais problemático.
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Educação,
igualdade social (melhor distribuição de renda), oportunidade e práticas
esportivas são medidas eficientes, mas que os efeitos sentiríamos apenas a
longo prazo. O problema é agora e, portanto exige uma solução imediata. Para
isso é necessário o envolvimento das pessoas. Para que a violência não se torne algo normal nas vidas dos brasileiros.
Se a mudança
de pensamento dos cidadãos e cidadãs deste país não vier, haverá apenas e tão
somente PUNIÇÃO. Esse é o pensamento de certo nicho da sociedade (a direita
mais rancorosa, cheirando a mofo), que insiste que bandido bom, é bandido morto. Grupos de extermínio, formados em sua
maioria por policiais, são louvados pelos reacionários, mas que em um mundo
moderno, não tem mais lugar. Afinal, execução sumária é um equívoco, mesmo que
motivada por indignação contra a impunidade. Nesse caminho tortuoso, outras
tantas injustiças são cometidas. Porque se
uma pessoa se eleva, além da condição de policial, também à condição de juiz e
júri, é porque falhamos, miseravelmente, como sociedade.
Se o brasileiro consegue se engajar em assuntos frívolos como futebol e novela que, claramente são coisas que não levam a lugar algum, pode (e deve) se interessar por temas vitais para sua vida. A não ser que esteja esperando ser redimido pelos craques da seleção ou pelos atores das novelas.
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