domingo, 9 de junho de 2013

A Violência Nossa de Cada Dia





Violência - usar a agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico.





Presente em nosso dia a dia de maneira indelével, a violência tem recrudescido diuturnamente. Criminosos impiedosos, com métodos bárbaros e uma sociedade acuada. Eis o resumo da situação atual do Brasil.

Há os que matam com requintes de crueldade (até ateando fogo); estes psicopatas dificilmente encontram resistência. Quando são presos (quando...), os poucos dias ou horas que passam detidos envergonham o sistema judiciário, e revoltam os familiares das vítimas.

Existem aqueles que necessitam de proteção e leis mais rígidas (a população); estes, claramente, a mercê do destino. De um lado bandidos soltos e com liberdade ilimitada para açoitar a sociedade; de outro, as pessoas honestas, presas em suas próprias casas, com grades, sistema de vigilância e cercas elétricas. Reféns de uma cadeia de injustiças e que parecem não ter limites.


O REFLEXO DO MUNDO MODERNO




Nunca os noticiários estiveram recheados com tanto sangue. Crimes e delitos dos mais variados nos programas sensacionalistas da TV. Band (Datena), Record (Marcelo Resende), Valmir Salaro (Fantástico) são alguns daqueles “jornalistas” que exploram a tragédia alheia de maneira estúpida e desrespeitosa. Exibindo a exaustão as imagens de pessoas sofrendo, além da dor e do choro (sempre em close, nesse momento) parecem estimulá-los a continuar na busca por mais audiência, esquecendo-se que notícia não se cria, se registra.




IMPUNIDADE

Se de um lado está a sociedade indefesa, de outro estão os ‘come-dormes', mais conhecidos como nossos políticos. Eles parecem imunes e alheios a esse dilema social. Os próprios criminosos sabem com quem lidam. Entendem que o estopim para o endurecimento das leis e, conseguinte, das penas, passa por deputados e senadores. Enquanto os próprios legisladores não sentirem o drama pessoalmente, os chacais continuarão barbarizando a nação de ponta a ponta, de maneira cruel e impiedosa.

A plebe agoniza. O baixo clero clama por soluções e são ignorados por aqueles que deveriam ser funcionários dignos de um país que lhes mantém a peso de ouro e têm como retorno apenas desdém e incompetência. Culpa do próprio brasileiro, cujas prioridades sempre foram as mais triviais e supérfluas. Paga hoje um preço altíssimo por sua conveniente alienação e ignorância.

O endurecimento das leis, o aprimoramento do sistema penitenciário, a redução da maioridade penal e a inserção de ex-presos à comunidade de maneira gradual e propositiva são apenas o início. Há muito a ser feito, e todas as coisas passam, obrigatoriamente, por engajamento da população, que sempre é o fator mais problemático.



Leia também:




Educação, igualdade social (melhor distribuição de renda), oportunidade e práticas esportivas são medidas eficientes, mas que os efeitos sentiríamos apenas a longo prazo. O problema é agora e, portanto exige uma solução imediata. Para isso é necessário o envolvimento das pessoas. Para que a violência não se torne algo normal nas vidas dos brasileiros.



Se a mudança de pensamento dos cidadãos e cidadãs deste país não vier, haverá apenas e tão somente PUNIÇÃO. Esse é o pensamento de certo nicho da sociedade (a direita mais rancorosa, cheirando a mofo), que insiste que bandido bom, é bandido morto. Grupos de extermínio, formados em sua maioria por policiais, são louvados pelos reacionários, mas que em um mundo moderno, não tem mais lugar. Afinal, execução sumária é um equívoco, mesmo que motivada por indignação contra a impunidade. Nesse caminho tortuoso, outras tantas injustiças são cometidas. Porque se uma pessoa se eleva, além da condição de policial, também à condição de juiz e júri, é porque falhamos, miseravelmente, como sociedade.

Se o brasileiro consegue se engajar em assuntos frívolos como futebol e novela que, claramente são coisas que não levam a lugar algum, pode (e deve) se interessar por temas vitais para sua vida. A não ser que esteja esperando ser redimido pelos craques da seleção ou pelos atores das novelas. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário