“Jornalista – (atribuições) ser
crítico, imparcial, investigativo; registrar o fato e nunca provocá-lo”.
Talvez por ter enfrentado
duas décadas de censura, a imprensa brasileira parece ainda estar enferrujada
no que tange a usufruir da liberdade de expressão. Alguns jornalistas ainda pecam
pela parcialidade, sendo tendenciosos, perdendo a objetividade e comprometendo
a credibilidade, tanto do profissional, quanto do veículo para qual
trabalha.
Prova disso
foi a fatídica eleição presidencial de 1989, cujo resultado foi fruto da
manipulação midiática.
Supunha-se
que após o fiasco do pleito daquele ano houvesse um aprimoramento da cobertura
política no Brasil, com mais isenção. Ledo engano. A mídia, assim como o
cenário político, também se dividiu em dois lados distintos.
A disputa entre PT e PSDB partidarizou as pautas nas mais variadas
plataformas de mídia.
De um lado o
P.I.G. (Partido da Imprensa Golpista), que inclui alguns dos mais reacionários
veículos de comunicação: o grupo GAFE
(Globo, Abril, Folha e Estadão).
Os
integrantes do P.I.G. são facilmente identificados pelo viés conservador, as
vezes reacionário, defendendo interesses de uma elite perversa acostumada a
monopolizar o país, temerosa de mudanças sociais. A mesma elite expert em
concentrar riquezas, relegando migalhas para o povo tem seus expoentes em bobos
da corte como Reinaldo Azevedo, Demétrio Magnoli, Arnaldo Jabor, Alexandre
Garcia, Rachel Sherazade e Merval Pereira.
Do lado
pelego, os que acreditam piamente na inocência de Lula e seus asseclas no
escândalo do mensalão, creditando tamanho alarde a um golpe da imprensa
conservadora. Enxergam no ex-presidente um Messias, destinado a entrar para a
história do Brasil como o maior estadista de todos os tempos.
O que ambos
os lados, convenientemente, esquecem é o compromisso com a verdade. Se PSDB e
PT erram (e como erram) devem ser duramente criticados, investigados e expostos.
Seus escândalos particulares e os desdobramentos devem aparecer nas primeiras
páginas dos jornais.
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Quando
acertam (nas raras vezes) deve-se, então, noticiar com moderação. Nenhum
político reinventou a roda, portanto o que fazem de correto não fazem nada além
do óbvio ululante.
Mas entre
satanizar e colocar em um pedestal, os “pachecos” da imprensa tupiniquim
parecem perdidos em suas guerrinhas ideológicas, protegendo seus partidos
preferidos, como tietes defendendo suas celebridades favoritas. Um papel que
nada tem a ver com o de jornalista.
Veículos de
comunicação devem ser apartidários ou correremos riscos institucionais.
Conglomerados criando ou destruindo figuras políticas apenas por conveniência,
acerta em cheio a sociedade civil.
A democracia
merece mais do que isso.
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