terça-feira, 25 de junho de 2013

A Mídia Pelega e o P.I.G.





“Jornalista – (atribuições) ser crítico, imparcial, investigativo; registrar o fato e nunca provocá-lo”.

Talvez por ter enfrentado duas décadas de censura, a imprensa brasileira parece ainda estar enferrujada no que tange a usufruir da liberdade de expressão. Alguns jornalistas ainda pecam pela parcialidade, sendo tendenciosos, perdendo a objetividade e comprometendo a credibilidade, tanto do profissional, quanto do veículo para qual trabalha.

Prova disso foi a fatídica eleição presidencial de 1989, cujo resultado foi fruto da manipulação midiática.




Supunha-se que após o fiasco do pleito daquele ano houvesse um aprimoramento da cobertura política no Brasil, com mais isenção. Ledo engano. A mídia, assim como o cenário político, também se dividiu em dois lados distintos.
A disputa entre PT e PSDB partidarizou as pautas nas mais variadas plataformas de mídia.

De um lado o P.I.G. (Partido da Imprensa Golpista), que inclui alguns dos mais reacionários veículos de comunicação: o grupo GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão).




Os integrantes do P.I.G. são facilmente identificados pelo viés conservador, as vezes reacionário, defendendo interesses de uma elite perversa acostumada a monopolizar o país, temerosa de mudanças sociais. A mesma elite expert em concentrar riquezas, relegando migalhas para o povo tem seus expoentes em bobos da corte como Reinaldo Azevedo, Demétrio Magnoli, Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, Rachel Sherazade e Merval Pereira.

Do lado pelego, os que acreditam piamente na inocência de Lula e seus asseclas no escândalo do mensalão, creditando tamanho alarde a um golpe da imprensa conservadora. Enxergam no ex-presidente um Messias, destinado a entrar para a história do Brasil como o maior estadista de todos os tempos.

O que ambos os lados, convenientemente, esquecem é o compromisso com a verdade. Se PSDB e PT erram (e como erram) devem ser duramente criticados, investigados e expostos. Seus escândalos particulares e os desdobramentos devem aparecer nas primeiras páginas dos jornais.



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Quando acertam (nas raras vezes) deve-se, então, noticiar com moderação. Nenhum político reinventou a roda, portanto o que fazem de correto não fazem nada além do óbvio ululante.

Mas entre satanizar e colocar em um pedestal, os “pachecos” da imprensa tupiniquim parecem perdidos em suas guerrinhas ideológicas, protegendo seus partidos preferidos, como tietes defendendo suas celebridades favoritas. Um papel que nada tem a ver com o de jornalista.

Veículos de comunicação devem ser apartidários ou correremos riscos institucionais. Conglomerados criando ou destruindo figuras políticas apenas por conveniência, acerta em cheio a sociedade civil.


A democracia merece mais do que isso.



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