quarta-feira, 25 de abril de 2012

UM PROBLEMA CHAMADO ISRAEL



   De todas as regiões do planeta,a mais explosiva e problemática é o Oriente Médio. Graças, principalmente a Israel e aos EUA, é claro. E boa parte dos incidentes na região origina-se pelo processo de vitimização de Israel contra o mundo.Ou seja, ninguém pode contestar as atitudes dos governantes israelenses, que seriam considerados automaticamente antissemita. Qualquer voz dissonante (e são muitas) é taxada de nazista. Mas será mesmo?

O estado de Israel começou a ser criado logo após o fim da Segunda Guerra, pois os judeus achavam necessário um lugar seguro para viver, e nada mais justo (na visão deles) que fosse na chamada "terra santa" (mesmo sendo o lugar que mais ocorre conflitos,onde mais sangue ja foi derramado na história). 


Mesmo sem o carimbo oficial da recém fundada ONU, mas com o apoio velado da Grã-Bretanha, os líderes mundiais viram com bons olhos a criação do país. Mas o local não estava, exatamente, deserto. Havia árabes (palestinos em sua maioria), que foram aos poucos sendo chutados de seus lugares de origem, tendo suas terras usurpadas e, muitas vezes a desocupação ocorria por métodos desumanos e violentos,como uma guerra. E mortes começaram a ocorrer. De novo, a ONU fez que não viu.

 Entra a década de 60 e vem a chamada guerra dos Seis Dias. Muitas mortes depois, muito sangue de inocentes (e de outros nem tão inocentes assim), e Israel incorpora mais terras ao seu estado, ao custo de muitas vidas. Somado ao fato que seu projeto nuclear corria de vento em popa, capitaneados por uma das mulheres mais perversas da política mundial, Golda Meir, o país se tornava quase intocável. Desta feita, a ONU apenas advertiu o governo israelense de que seria contraproducente ter poderio atômico, numa região tão conturbada como o Oriente Médio. Mas parou por aí.


Nos dias de hoje, a Organização age criando obstáculos e aplicando sansões duríssimas contra países que tentam desenvolver a mesma energia atômica, como Coréia do Norte e Irã. Dois pesos e duas medidas. E a coisa não parou por aí.

Na década de 70 as relações com os vizinhos muçulmanos recrudesceram. Isso, aliado a recente criação da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), fez com que o barril de petróleo atingisse a estratosfera. Sem contar o atentado contra a delegação olímpica israelense, em Munique. 

Nos anos 80 já com a liderança de Yasser Arafat consolidada, a Palestina finalmente era ouvida,em seu clamor para ser reconhecida como um país. Mas Israel não aceitava e, soberbamente, não permitia. Os constantes assentamentos e ocupações deixavam isso bem claro. Os grupos rebeldes do lado palestino (Hamas e Fatah) realizavam os monstruosos ataques suicidas contra os judeus, em Jerusalém, em resposta às invasões bárbaras cometidas por Israel, que o fazia no afã de tomar o maior número possível de terras dos árabes, onde invariavelmente, crianças e civis eram vitimados; traduzindo, comportamento imoral gera comportamento imoral.

Poucas vezes a comunidade internacional se atrevia a condenar essa constante violação dos direitos humanos. Israel conseguia à força o que não lhe era de direito. Não negociava, não cedia, não aceitava ingerência externa, não permitia (como não permite até hoje) ajuda humanitária ao povo palestino, que com o tempo passou a viver em condições piores do que a maioria dos países africanos. Várias reportagens (inclusive brasileiras) mostravam inúmeros palestinos vivendo em cavernas, passando fome, com crianças doentes, sem acesso sequer a água potável. Esse estado de Apartheid colonialista de Israel, apoiado abertamente pelo governo dos EUA e pelos judeus que lá moram, conta com a conivência da Comunidade Internacional, que nas poucas vezes em que se pronuncia a respeito, fazendo censuras, o governo israelense reage com truculência verbal e recorre ao velho chavão do antissemitismo. 


A secular mania de vitimização, onde a chamada indústria do holocausto ganha espaço. Isso dito por muitos judeus revoltados com a tentativa de se usar uma tragédia para fins escusos e/ou egoístas. No documentário Difamação o diretor (judeu,morador de Jerusalém) mostra como isso funciona e como os israelenses não são tão favoráveis aos desmandos do governo, como a mídia americana nos faz crer. Professores renomados como John Mearshheimer, Steve Walt (autores do livro O Lobby de Israel) e Norman Finkelstein (autor de A Indústria do Holocausto) são execrados pela própria comunidade judaica da América do Norte.Os judeus ortodoxos não reconhecem o número exagerado de vítimas do holocausto e tem boa relação com países islâmicos, entre eles, o Irã. 

Ao insistir nas mesmas táticas (assentamentos ilegais, ignorando a opinião pública internacional, atacando todos que tentam se aproximar da Palestina para levar ajuda humanitária, não aceitando vozes contrárias aos seus planos de dominação total da Cisjordânia e, conseguinte, o inevitável aniquilamento do povo palestino), Israel fica a cada dia que passa mais isolado, conseguindo despertar ainda mais a rejeição (e até sentimentos menos nobres) dos outros países, fazendo até seu único aliado, os Estados Unidos fiquem em uma posição difícil  frente a opinião pública.

Fato é que quando convém aos israelenses, o holocausto é citado em alto e bom tom, e todos os seus detratores são antissemitas.


Mas ao infligir o mesmo tratamento aos moradores da Palestina,os governantes israelenses mostram que não aprenderam nada com a história. Que da tragédia, deveriam emergir melhores, respeitando e valorizando a vida, já que as suas eram banalizadas.

No entanto,a desforra por tudo que sofreram atinge em cheio o mundo árabe, em especial os palestinos, que hoje ironicamente fazem o mesmo papel que os judeus, há mais de 70 anos. Quem sabe, daqui a 70 anos, os remanescentes palestinos desse holocausto atual possam agir de maneira mais nobre do que seus vizinhos atuais.



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