Foi um dos importantes heróis na
redemocratização do Brasil e combate a Ditadura Militar. Era advogado e
político, já foi deputado federal, ministro. Afiliou-se ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro juntamente com Orestes Quércia e Tancredo Neves,
lançando o slogan “Diretas Já!”.
Em 1º de Fevereiro de 1987, tomou posse como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, responsável por estabelecer nova Constituição democrática para o Brasil após 21 anos sob o regime militar.
Os acervos do Conselho Nacional de Segurança, da
Comissão Geral de Investigações (CGI) e do próprio Serviço Nacional de
Informações (SNI), revelam que o então deputado Ulysses Guimarães foi alvo de
investigação, mesmo no período de redemocratização do país, enquanto dirigia a
Câmara e a Assembleia Constituinte e o PMDB. A avaliação registrada em 1987,
afirmava que Ulysses poderia causar crise partidária entre os aliados.
Abandonado a própria sorte pelo PMDB, durante a campanha à presidente de
1989, Ulisses teve um desempenho fraco para alguém com seu estofo político. Mas
o seu partido já não era mais o mesmo de quando foi fundado. Já estava se
transformando no balaio de gatos que é hoje; um amontoado de vereadores,
prefeitos, deputados, governadores e senadores casuístas que usam o passado da
legenda para cacifar eleitoralmente.
Ulisses teria vergonha do balcão de negócios em que se transformou o
partido que ajudou a fundar.
Apesar da vergonha nacional em ter José Sarney como presidente da
República, o consolo era saber que Ulisses tinha mais poder, mais influência e
respeito do que o vice de Tancredo.
Morreu em suspeito acidente aéreo de helicóptero, ao largo de Angra dos
Reis em 12/10/1992. Sempre foi um inconformista e um líder nato. Lutou sempre
por democracia e direitos civis. Foi o símbolo da luta contra os militares, em
uma corajosa e perigosa façanha que poderia ter-lhe custado à vida.
Ele, mais
do que ninguém, merecia chegar ao cargo máximo do país. Em épocas de Collor,
FHC, Lula e Dilma, Ulisses era uma joia rara. Depois dele, a política
brasileira se apequenou.
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Marcelo,
ResponderExcluirUlisses viveu numa época em que tudo corria solto em baixo do pano ,
Não sabemos de fato seus podres , mas certamente por tudo que fez pela política , o que foi visível , certamente esta acima de Lula ( o maior corrupto deste país ) , mas me permita discordar quanto ao FHC . Sua contribuição para o país certamente vai entrar para a história como o presidente que acabou com a inflação e criou uma moeda forte . Seu legado é o maior da história recente deste país .
abs
Francisco
Ah, vocês FernadoHenriquettes...Tal qual fãs descontroladas de celebridades, nunca perdem a chance de vir a público e declarar seu amor incondicional ao FHC, assim com os Lulistas fazem o mesmo com seu ídolo. Não há comparações entre FH e Ulysses. Este último tem uma trajetória única na história do Brasil. Quanto ao "legado" de Fernando Henrique, todos nós conhecemos: compra de votos para a sua reeleição, escândalos nas privatizações, tráfico de influência, o Sivam , a Pasta Rosa,a fraude cambial, o esquema Sudam/Sudene, o esquema Proer/Marka,... Realmente um legado de fazer inveja...A Paulo Maluf, é claro.
ExcluirSe Fernando Henrique acabou com a inflação, então por que as taxas de juros estão sempre tão elevadas no Brasil, para se combater a alta da... inflação?!
ExcluirQue o Plano Real acabou com a hiperinflação é fato; ter acabado com a inflação, mas com essa ele não acabou mesmo! É tudo artificialmente mantido pelo controle do consumo da população via política monetária do Banco Central.
Abaixem os juros a níveis internacionais e vejam o que acontece!
Mais um politico honesto e humilde expulso de partidos que se esvaziaram de sentido.., Como diz sabiamente o historiador e filósofo humanista Leandro Kamal: exaltam um passado que nunca existiu ( PSDB e PMDB ) e outros um futuro improvável ( PT )
ResponderExcluirabraços!
Esses dias vi no canal Curta (91 da Vivo TV, antiga TVA) um documentário sobre ele. Homem honesto, digno, honrado, verdadeiro patriota. Chorei de saudades. Dele, de mim mesmo e do país que perdemos.
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