Debater sobre os assuntos relevantes (e os não tão relevantes) de maneira aberta e objetiva
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
O CASO ANA LÍDIA
O caso Ana Lídia refere-se ao assassinato de Ana Lídia Braga, um crime acontecido no Brasil na década de 1970, em plena ditadura militar.
A família de Ana Lídia morava na SQN 405, Bloco O, da Asa Norte em Brasília, no Distrito Federal. Ela tinha sete anos de idade quando a sequestraram do Colégio Madre Carmen Sallés, escola onde foi deixada pelos pais às 13:30 horas do dia 11 de setembro de 1973. A menina foi, posteriormente, torturada, estuprada e morta por asfixia, morte que, segundo os peritos que analisaram seu corpo, teria acontecido na madrugada do dia seguinte. Seu corpo foi encontrado por policiais, em um terreno da UnB, às 13 horas do dia 12 de setembro. Estava semi-enterrado em uma vala, próxima da qual havia marcas de pneus de moto e duas camisinhas, provas que com facilidade poderiam levar os investigadores até os culpados da atrocidade. A menina estava nua, com marcas de cigarro e com os cabelos mal cortados.
Em um momento da história nacional em que a ditadura militar controlava as investigações que lhe diziam respeito, como era de se esperar, não houve muito rigor nas investigações. Digitais não foram procuradas no corpo da menina, as marcas de pneus foram esquecidas e sequer se efetuou análises comparativas do esperma encontrado nas camisinhas com o dos suspeitos. E o que era mais estranho: houve uma grande passividade por parte dos próprios familiares de Ana Lídia.
A força do poder dominante para sufocar a divulgação do assunto pode ser medida por um episódio citado por Jávier Godinho em sua obra "A Imprensa Amordaçada". No dia 20 de maio de 1974 jornais, rádios e estações de televisão do país receberam o seguinte comunicado do Departamento de Polícia Federal:
De ordem superior, fica terminantemente proibida a divulgação através dos meios de comunicação social escrito, falado, televisado, comentários, transcrição, referências e outras matérias sobre caso Ana Lídia e Rosana.
—Polícia Federal
Rosana Pandim se tratava de outra garota desaparecida com 11 anos de idade em Goiânia, no mesmo ano da morte de Ana Lídia. Mas, ao contrário do que aconteceu com a menina de Brasília, o corpo de Rosana jamais foi encontrado.
Depois que se passaram treze anos da execução do crime o processo foi reaberto porque surgiram novidades sobre o assassinato. A repórter Mônica Teixeira, da Vídeo Abril, garantiu ter testemunhas que poderiam provar que o autor do crime era mesmo o filho do ex-Ministro da Justiça, Alfredo Buzaid, e que, apesar de a imprensa ter noticiado que ele havia morrido em um acidente, dois anos depois do crime, Mônica garantiu que ele ainda estava bem vivo no ano de 1985. Mais uma vez fatos estranhos aconteceram: algumas das testemunhas simplesmente morreram após serem intimadas para depor e não foi imediatamente permitida a exumação do corpo, sendo o processo novamente fechado por suposta falta de provas.
Em 1986, após um ano do pedido inicial, a exumação do corpo de Alfredo Buzaid Junior foi autorizada. Porém, por engano ou descuido da polícia, o corpo exumado foi o de Felício Buzaid, avô do acusado, falecido em 1966. Após uma segunda tentativa, um segundo cadáver, supostamente de Alfredo Buzaid Junior, foi entregue ao IML. Por algum motivo não explicado, os dentes do cadáver estavam removidos, impossibilitando o reconhecimento por arcada dentária (não existia o procedimento de testes de DNA na época). Mesmo assim, em julho de 1986, o legista José Antônio Mello declarou que o corpo enterrado era realmente de Alfredo Buzaid Junior.
Até hoje não houve um desfecho para o caso e ninguém foi punido pelos crimes cometidos. Em homenagem à menina, uma região do chamado Parque da Cidade, próximo à entrada do Setor Hoteleiro Sul, em que estão instalados diversos brinquedos para crianças, passou a ser denominado Parque Ana Lídia. Pelas circunstâncias de seu martírio, seu túmulo é um dos mais visitados no cemitério da cidade, sendo cultuada por devotos que acreditam em milagres feitos pela menina, agora considerada uma santa.
* Caso Ana Lídia completa 40 anos cercado de mistério e impunidade
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
ARTIFICIAL, SUPERFICIAL...POR QUE O SER HUMANO AGE ASSIM?
Casos como os da modelo/atriz/miss bumbum Andressa Urach não são novidades no tal mundo das celebridades. Mas ainda surpreendem pela forma boçal como algumas pessoas se expõem a risco de morte apenas para aparentar ser o que não são naturalmente.
Brigas contra a idade vem de longa data. Certos seres humanos acham degradante o processo natural de envelhecimento. Mas em vez de aprender com o processo e tirar proveito disso, luta-se desesperadamente e com as piores armas possíveis, em uma batalha desigual, afinal sabemos qual será o final.
As estrelas de Hollywood da primeira metade do século XX tinham a sua disposição poucos aparatos para lutar contra a idade. Exercícios, alimentação e maquiagem. Com o avanço da medicina e tecnologia as táticas mudaram e com elas, aumentou-se o perigo de colocar a própria saúde em risco.
A ex modelo Cláudia Liz que, em 1996, viveu um triste episódio ao ficar em coma após ter complicações em uma cirurgia de lipoaspiração, foi um dos exemplos mais notórios. Sua quase morte poderia ter servido de alerta. Mas não.
No decorrer da década e no início do novo milênio, a superficialidade humana continuou em voga. Especialmente entre as tais “celebridades” --sabe-se lá o que é isso. Mas os 'anônimos' também optam pelo perigo, influenciados pelos artistas fracos da ideia.
Certa vez em seu programa COMANDO DA MADRUGADA, Goulart de Andrade entrevistou um jovem se ele conhecia os riscos de usar anabolizantes. "Sabe que pode ter câncer no fígado?", "Sei", respondeu o rapaz; "sabe que pode ficar impotente?", "sei, sim senhor"; "sabe que pode ter câncer nos testículos?", "também sei"; "então por que está fazendo isso com você?", "estética, senhor". Ou seja, ele queria ficar bonito, forte e broxa.
Se até os "ídolos culturais" partem para atitudes desesperadas, o que dirá dos pobres súditos? As celebridades endossam uma coisa e os incautos compram a ideia.
A apresentadora mumificada Ana Maria Braga já fez todos os procedimentos estéticos que se tem notícia, no afã de se manter “jovem” (hahahahahahahahahaahaha), desde botox, até lipoaspiração no rosto, outro arriscado artifício para se deter a velhice --em vão, como é possível perceber ao olhar para a cara desfigurada dela.
Em busca de um 'corpo perfeito', vale tudo: botox, lipoaspiração, implantes de silicone (em homens, nas panturrilhas e tórax; nas mulheres, nos seios e bunda) maquiagem definitiva, plástica, cirurgia íntima e, mais recentemente, hidrogel, o que levou Urach a sua situação de coma.
Estranhamente estas pessoas em momento algum buscaram o cérebro perfeito. Ler, se informar, evoluir...Tudo isso dá muito trabalho; então o jeito é buscar o caminho mais rápido, porém tortuoso. A plateia e a mídia (sempre conivente com o que é superficial e frívolo) adoram.
Paulo Autran, o saudoso ator que sabia como ninguém a arte de interpretar, soube envelhecer. Recusava-se a se deixar manipular pelo sistema, a seguir os ditames da moda. Preferiu sempre o caminho mais árduo, porém reconfortante, que é o de vencer pelo talento. Isso, seguindo um “memê” das redes sociais, é para os fortes. Viveu com luz própria sem precisar se expor ao ridículo ou arriscar a vida para se tornar notícia.
O que falta a essa geração de pseudo-artistas é saber a hora de recolher as armas. Não conseguiu, o jeito é tentar de novo. Estudar, tentar se aprimorar, buscar sair do 'lugar comum' é o que deveria nortear os que buscam um lugar ao sol.
Em vez disso temos uma horda de alienados entupindo as clínicas de procedimentos estéticos em busca do “eu ideal”, que nunca será real.
É o ser humano, ladeira abaixo...
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* Opressão, Estética e Morte.
* A INSUSTENTÁVEL SUPERFICIALIDADE DO SER
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Ex-Núncio do Vaticano tinha 100 mil arquivos com pornografia infantil
A polícia do Vaticano encontrou mais de 100 mil arquivos de fotos e vídeos com pornografia infantil no computador do ex-núncio do Vaticano na República Dominicana Josef Wesolowski, preso nesta terça-feira sob acusação de pedofilia, publicou o jornal “Corriere Della Sera” nesta sexta-feira (26).
De acordo com o jornal, os arquivos contêm imagens e filmes baixados da internet, além de fotos “que as próprias vítimas tinham sido forçadas a tirar”. As crianças nas imagens têm idade entre 13 e 17 anos, são filmadas nuas e forçadas a ter relações sexuais entre si e com adultos, diz o jornal. Seriam 130 vídeos e mais de 86 mil fotografias. Outras 46 mil imagens teriam sido apagadas.
O periódico ainda afirma que a investigação criminal, que procura possíveis cúmplices de Wesolowski, suspeita de que o ex-núncio possa estar ligado a uma rede internacional de pedofilia.
A análise de e-mails e arquivos salvos no computador pode revelar a identidade das pessoas com quem ele se comunicou. A investigação considera todos os países por onde o ex-núncio apostólico (embaixador do Papa) passou antes de chegar a Santo Domingo, na República Dominicana.
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Ecos de uma Igreja Decadente
Pela primeira vez, o Vaticano se dispõe a julgar penalmente um religioso, por abusos sexuais contra menores e posse de pornografia infantil.
Wesolowski é a figura mais proeminente da Igreja a ser presa desde que Paolo Gabriele, um ex-mordomo papal, foi condenado em 2012 por roubar e vazar documentos privados do Papa Bento XVI.
Diferente de Gabriele, Wesolowski não foi detido na prisão do Vaticano, poucos quartos anexados a um tribunal, mas foi colocado em prisão domiciliar em um apartamento do Vaticano por razões médicas.
Wesolowski foi afastado por um tribunal do Vaticano no começo deste ano e aguardava julgamento e acusações criminais.
Ele estava morando em liberdade em Roma, e vítimas de abuso sexual pediam sua prisão, expressando preocupação de que ele pudesse fugir.
Fonte: G1
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014
A CEGUEIRA POLÍTICA DO BRASILEIRO
Nos recentes protestos contra a presidente reeleita Dilma Roussef e o seu partido, o PT, pode-se notar a alienação plena dos eleitores brasileiros, que vivem um clima de “Fla-Flu', nos últimos anos.
Pessoas que teriam tudo para serem conscientes e racionais optaram pela burrice crônica. Cidadãos anencéfalos bradando aos quatro cantos que, vejam só, querem a volta do regime militar, como se isso fosse a salvação de um país em crise existencial.
Conclamar aos militares para nos “salvar” seria como amputar a mão, para não cortar mais as unhas.
Na maior cidade do país, uma pretensa classe média repetia seus mantras tradicionais contra o PT. Vociferando contra tudo o que achavam ser de “esquerda” --como se o Partido dos Trabalhadores fosse esquerdista – os 'manifestantes' pareciam integrantes de uma matilha raivosa e barulhenta. Sobrou até para veículos de imprensa que deram o azar de cobrir o evento.
Boa parte dessa culpa recai sobre o próprio PT.
Autointitulado como do povo, da plebe, da classe trabalhadora, o partido sempre apregoou a ética e a defesa ferrenha dos direitos trabalhistas.
Mas ao chegar ao poder, fazendo pacto com deus e o mundo, as expectativas se frustraram e parte de sua base, de seus integrantes mais antigos e até de sua militância se decepcionaram e se bandearam para novas siglas. PSTU, PSOL, PCO, são alguns dos filhotes bastardos do antigo partidão de Lula, grão-mestre alçado à presidência em 2002.
Com a decepção com o PT, tendo apenas o PSDB como reles alternativa (que já governou e foi rejeitado após oito anos de um governo desgastante) o eleitor, via de regra, se decepcionou e partiu pro caminho mais curto e perigoso: clamar pelo militarismo.
Democracia dá trabalho. Requer atenção permanente, voto consciente, participação no processo democrático e cobrança constante dos três poderes.
Ao endossar uma ditadura militar, as pessoas abrem mão de sua liberdade, da democracia para terem a ilusão da segurança (??), de um sistema à prova de corrupção (hahahahahahahah) e de uma sociedade mais justa. Exatamente tudo aquilo que NÃO TÍNHAMOS durante os “anos de chumbo”.
Se não está bem com o Partido dos Trabalhadores, muda-se de legenda. Se a próxima não agradar, retira-a também.
Nossa democracia é relativamente jovem e, por isso, requer cuidados para não florescer tardiamente, ou ter os galhos atrofiados.
Se há algo que os protestos de 2013 nos ensinaram é que protestar dá resultado. O segredo é não resumir as reivindicações a dois meses. O espetáculo popular que se viu nas ruas das grandes cidades deve ser constante.
Ou será que teremos de padecer mais duas décadas de um regime tenebroso e truculento para que as pessoas deem valor à liberdade de expressão, aos direitos humanos, à democracia e, acima de tudo, ao voto livre?
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
ELEIÇÕES 2014 – A MAIS CONTURBADA DA HISTÓRIA
A CAMPANHA – Com mais opções do que de praxe, os eleitores acabaram pelo mais do mesmo de sempre. PT e PSDB acabaram polarizando e protagonizando o pleito. Isso empobrece a política nacional.
AS PROPOSTAS – Aécio falava, mas não mostrava o tal plano de governo; Dilma dizia que “faria isso e aquilo”. Poderia ter feito antes. O povo caiu na lábia dos dois.
OS DEBATES – A culpa é da imprensa, é claro, mas a espetacularização dos debates na TV também só foram possíveis por causa dos próprios candidatos que viraram popstars, devido à influência dos marketeiros e das frases de efeito. Emissoras ávidas por audiência optaram pelos embates televisivos para chamar atenção dos telespectadores. Deu certo. Ao menos colocou o assunto eleições como assunto do dia.
A IMPRENSA – Mais uma vez se prestando a um papel sujo e cafajeste. O chamado Grupo P.I.G. (Globo, Folha e Estadão e a Editora Abril, com sua 'Veja') manipularam, distorceram e massificaram a opinião pública de maneira nunca vista. Ou melhor, igual a 1989.
Jornalistas foram peões de seus “senhores de escravos”, os barões da mídia. Escrevendo o que seus donos ordenavam. Defendendo aquilo que seus mestres determinavam. E quando iam na corrente contrária, eram sumariamente demitidos. Veja o exemplo de Xico Sá da Folha de SP, chutado após defender sua opção de voto em Dilma. Tá certo, alguém da imprensa fazer isso é errado, mas quando o dono do jornal o faz em seus editoriais covardes (anônimos) e picaretas, aí tá tudo bem, né? Hipocrisia demais pra imprensa tupiniquim...
Se algo foi tirado de proveito do pleito de 1989, entre Collor e Lula, é que a mídia deve saber seus limites. Deixar-se corromper e cooptar eleitores para A ou B é fruto de um sistema sujo que tende à manipulação barata.
O PLEITO – A democracia no país ainda não está totalmente consolidada. Por todas estes motivos é que muita gente brada aos quatro cantos “volta ditadura!”. Como eleitores, mídia, candidatos não se dão ao respeito, esse tipo de calhordice acaba suscitando ranger de dentes, em especial com pessoas pouco afeitas aos trâmites democráticos.
A TERCEIRA VIA – Mais uma vez, a polarização PT/PSDB roubou a cena. E uma 3ª via não apareceu. Ou melhor, apareceu, mas não levou. Já tivemos em um passado recente, nomes como os de Heloísa Helena, Cristovam Buarque e o da própria Marina Silva, por duas vezes. Mas nenhum que tenha ganhado o eleitor. Enquanto isso não acontecer, permaneceremos na mesma situação dos EUA, com dois partidos majoritários e que, aos poucos, começarão a se parecer mais e mais, até se tornarem uma amálgama.
OS PROTESTOS DE 2013 – Muito se falou sobre a contradição da eleição de Dilma, devido aos protestos do ano passado. O questionamento é pertinente, já que o povo queria mudança. Fato; mas em momento algum foi pedido que se trocasse o PT pelo PSDB, afinal, são farinha do mesmo saco. Se conclamavam por mudança, deveria ser uma REAL mudança. Os tucanos não representam o 'novo'. Ao contrário. Foi o partido que teve o costumeiro apoio do P.I.G. (partido da imprensa golpista), com seus factoides e tentativas de ingerência no processo eleitoral.
Os que iam às ruas queriam que o mais do mesmo deixasse o cenário político. Dentre ele, o governo de Geraldo Alckmin, principal responsável pela crise de abastecimento em SP e envolvido no escândalo do metrô paulista. E também foi reeleito. Cabe ao povo buscar sua “Terceira Via” de maneira racional. Ainda não foi dessa vez.
PT – Que essas eleições sirvam de lição. Perderam um número significativo de parlamentares, de governos estaduais e naufragaram em tentativas de criar o novo –como em SP. Talvez o partido tenha que se refundar, para enxergar onde vem errando e corrigir seus erros. Começando se policiar melhor; analisar suas alianças e suas propostas; sua trajetória no início dos anos 80 e o atual momento.
Se conseguir fazer isso, reformulando seus ideais, talvez consiga se manter no poder por mais algum tempo.
sábado, 18 de outubro de 2014
Opressão, Estética e Morte.
do Feminismo sem demagogia
"Eu vim deixar um relato muito triste que aconteceu com uma amiga e, de fato, acontece com várias mulheres no mundo inteiro. Peço pra deixar em anônimo se for republicar, por favor, em questão de manter respeito a família da moça.
Eu conheci essa minha amiga ano passado mas sei que desde criança ela sempre sofreu bullying por ser gordinha. Desde os 11 tomava antidepressivos e vivia vestindo moletom e calça preta mesmo que estivesse 30 graus. Juro, eu nuncai a vi de camiseta. Até que ela, com 17, resolveu fazer uma cirurgia de redução do estômago pra ver se, com outro corpo, se sentiria melhor.
No dia 31/12/13, ela faleceu devido a uma infecção hospitalar que ocorreu enquanto ela se recuperava da redução do estômago.
Mais uma vez a sociedade patriarcal, sexista e machista matou. E infelizmente ela ainda irá matará. Milhares de mulheres morrem ao ano com cirurgias plásticas ou com tantas outras formas de ter o "corpo perfeito" mas, meninas, o corpo perfeito não existe! A coisa mais linda do ser humano é a diversidade dele.
Eu perdi uma amiga e não gostaria de perder outras por aí. Temos que lembrar que nosso corpo é a unica coisa valiosa de verdade que nós temos e NINGUÉM tem o direito sob ele. FODA-SE os padrões de beleza, foda-se se você é gordinha ou magrela demais, se é baixinha ou alta demais, você é linda como você é e não deixe ninguém fazer você pensar o contrário disso. Ame seu corpo, ame suas marcas, ame você."
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domingo, 5 de outubro de 2014
O SISTEMA ELEITORAL É RUIM? A CULPA É SUA, ELEITOR.
O cara não gosta de política, não entende do assunto (nem quer compreender), se abstém dos seus direitos e deveres e, pior, quais são as obrigações dos eleitos, faz cara feia na hora de ir às urnas, encarando um direito como um martírio, escolhe candidato por que é famoso, por que “rouba, mas faz”, porque falaram que é menos pior que o adversário; chega na seção eleitoral sem saber em quem votar, pega os “santinhos” espalhados pelo chão, escolhe em cima da hora quem ditará os rumos do estado ou do país pelos próximos 4 anos nas “coxas”; vende o voto, seja por dinheiro ou por um saco de farinha, se deixa enganar com propostas absurdas e demagogas, aceita que os caras ditem as regras de um jogo que, teoricamente, deveria beneficiar a nós, cidadãos; não cobra os recém-eleitos, se esquece de acompanhar o noticiário sobre o que fazem os deputados, senadores, governadores e presidente, não sai às ruas para protestar, condena quem o faz, fala que as coisas devem mudar, mas não prega isso no dia a dia, nem cobra dos políticos; prefere se embebedar, assistindo a uma partida de futebol, ou acompanhando sua novela diária, passatempos preferidos e de fácil digestão; detesta falar sobre os rumos da política brasileira, critica quem o faz; acha que torcer pra seleção brasileira é ser patriota, mas convenientemente, não se detém no fato que exercer cidadania é o verdadeiro patriotismo; não denuncia os atos ilícitos dos políticos, não acompanha as leis que estão em debate ou sendo aprovadas pelos deputados, não entende como existem pessoas que falam sobre o assunto, sendo que há temas mais fáceis de entender...
E PESSOAS INÚTEIS ASSIM SÃO AS PRIMEIRAS QUE RECLAMAM DOS RUMOS DA NAÇÃO.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
A DECADÊNCIA DO FUTEBOL BRASILEIRO
Não é de hoje, esse cenário patético.
A derrota de um time teoricamente grande (Palmeiras) para um teoricamente pequeno (Goiás) pelo acachapante placar de 6x0 não é o maior vexame do futebol decadente do Brasil.
A derrota para o Mazembe fez o Internacional cair em si. O Atlético perder para o Raja Casablanca pela semifinal do Mundial Interclubes foi outro sinal.
As humilhantes derrotas do Santos frente ao Barcelona (no Mundial e no amistoso) mostraram que já era hora de mudança.
Mas a coroa do baile foi a massacrante derrota da outrora imbatível Seleção Brasileira frente a Alemanha.
Para quem perde tempo torcendo, ou achando que aquilo é a tal “pátria de chuteiras” deve ter sido difícil de engolir.
Mas nem assim as coisas parecem mudar.
O establishment do futebol (CBF atolada em corrupção, emissora mandando e desmando no futebol, dirigentes pouco afeitos ao esporte) parece imutável.
A qualidade do esporte favorito dos brasileiros decaiu vertiginosamente.
Até a Argentina que vive um momento complicado internamente (principalmente no cenário econômico) parece ter dado a volta por cima, ao chegar à final da Copa do Mundo 2014, fazendo frente aos alemães e imerecidamente perdendo o título.
Mas e por aqui? Nada se faz de concreto. Nada muda. A Globo continua dilapidando o produto mais rentável que existe, os jogadores timidamente falam algo contra o sistema (o grupo Bom Senso FC tem ido bem na teoria, mas, na prática, nada conseguiu), além da péssima qualidade dos jogadores em atividade. Talvez isso explique a obsessão de cartolas em trazer atletas que atuem na Europa (Robinho, Kaká) para ser a “salvação da lavoura”. Não são.
Assim como Neymar não é. Sequer ainda é um craque. Mesmo impingido pela mídia ufanista e alienante, o vendendo como o melhor jogador do mundo, ele parece aquém das expectativas.
A violência permeia os estádios brasileiros. Seja nos antigos, sejam nas caríssimas arenas.
Mortes, arrastões, brigas, impunidade. Tudo isso na mesma frase deveria ser incompatível. Por aqui parecem sinônimos. As organizadas fazem o que querem e nada acontece. Medidas paliativas são as únicas coisas que se ouve.
Todos os sinais apontam para uma mudança radical e emergencial no esporte bretão. É imperativo um choque de gestão dentro da CBF, concorrência contra a Globo (monopólio sempre é ruim) e adequar o calendário nacional ao europeu. Além de uma fiscalização rigorosa nos clubes, notórios devedores da Receita e INSS.
Enquanto isso não vem, o bom e velho torcedor se lembra saudoso de uma época em que podia assistir ao jogo de seu time do coração, ao lado de um adversário, com arquibancadas cheias e um ingresso acessível. E sabendo que, salvo uma obra do destino, chegaria são e salvo em casa, sem ser vítima de gangues de marginais.
Tempos bons...Que não voltam mais.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
AS VEZES O BRASILEIRO É UM POVO LAMENTÁVEL
Como pode um povo não se interessar pelo que acontece a seu redor?
Difícil entender que pessoas possam ser alienadas, egoístas e atrasadas. Evidente que há exceções, mas há um número alto de habitantes neste país que padece dos males supracitados.
Poucas nações congregam políticos abastados (às nossas custas, é óbvio) sem lhes cobrar o que é devido. O brasileiro vota, como se estivesse indo para o abate; depois passa 4 anos reclamando que tudo está uma merda e nada mais vai mudar. Claro, votando de qualquer maneira, acaba-se recebendo o resto. Elegendo raposas, quem pode culpá-las por atacar o galinheiro? São os instintos. Culpados são os idiotas que as colocaram lá.
Quantos países têm a carga tributária onerosa como a nossa, recebendo de volta migalhas? Paga-se impostos como se vivêssemos na Suíça, e recebemos benefícios como se estivéssemos na Somália. Alguém fala algo?
O egoísmo nosso de cada dia aflora nas mais variadas situações. No trânsito, na fila do banco, nos corredores dos hipermercados da vida... Onde houver pessoas interagindo (ainda que contra a própria vontade) haverá sinais inequívocos de que egoístas caminham entre nós.
Da década de 50 em diante, tivemos exemplos de que a cultura nacional também era digna de destaque. Isso perdurou até o início dos anos 90. Com a proliferação de gêneros musicais de gosto duvidoso, a própria situação da nossa cultura degringolou. Se antes ouvíamos com frequência Chico Buarque, Tom Jobim, Elis Regina, Renato Russo, hoje temos Anitta, Michel Teló e duplas sertanejas mil a nos lembrar que o presente é preocupante.
Se as preocupações dos brasileiros se resume a futebol, novela e acompanhar vidinha de artista, então fracassamos como sociedade. Tendo “formadores de opinião” do calibre de Luciano Huck, Ana Maria Braga, chega-se a conclusão de que estamos experimentado dias turbulentos.
Parte da sociedade é facilmente influenciada por discursos panfletários, inflamados por idiotas úteis (ao sistema), que fazem de seus espaços na mídia uma enorme câmara de eco. Pra quem tem a cabeça fraca, Arnaldo Jabor, Sheherazade e Reinaldo Azevedo são o que há de mais eficaz para espalhar imbecilidade.
Resumo da ópera: o brasileiro médio não entende de política, de cultura, nem de respeito ao próximo. Parece que temos um looooongo caminho pela frente ainda, para que possamos nos autoproclamar “nação”.
Até lá, continuaremos nossas vidinhas superficiais, egoísticas e alienadas, esperando alguém nos dizer o que fazer. De preferência, quando aparecer no Jornal Nacional.
P.S. - Em tempos de politicamente correto, onde a pelegada patrulha mesmo, criticar o jeitão dos brasileiros é ser antipatriota. Afinal, tudo que for de encontro com o status quo (leia-se: governo do PT) não é aceitável; ou seu argumento será refutado com a tese de que você está contra o Brasil, ou ganhará o rótulo de “tucano”. Desqualificar críticas é típico de quem deve algo no cartório. Discurso semelhante era usado pelos militares. É melhor ser salvo pela crítica do que condenado pelo falso elogio. Tudo é uma questão de ego.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
A INJUSTIÇA NOSSA DE CADA DIA...
Primeiro
dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala
e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava
sentado na primeira fila:
-
Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora
sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o
professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor
.
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta:
"Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
MEUS DESEJOS PARA AS ELEIÇÕES DE 2014
Eu espero que o pessoal em Alagoas pare de votar em Renan Calheiros e Fernando Collor;
Eu realmente espero que o pessoal no Maranhão pare de votar na Roseanne Sarney;
Espero que o pessoal em São paulo não vote nunca mais em gente igual ao Maluf, Frank Aguiar e Geraldo Alckmin. Principalmente o Alckmin;
Torço muito para que a galera no Rio de Janeiro jamais reeleja gente da estirpe de Sérgio Cabral e Eduardo Paes;
Gostaria imensamente que o povo do Amapá parasse de votar no José Sarney;
Também pediria que os baianos nunca mais elegessem Antônio Carlos Magalhães Neto;
Que o povo do Distrito Federal ignorasse para sempre gente igual ao Agnelo Queiroz. Mas que, nem por isso, tivesse que ressuscitar o Joaquim Roriz ou José Arruda;
Adoraria que os catarinenses aposentassem de vez qualquer um da família de Jorge Bornhausen;
Que se evitasse escolher “candidatos” conhecidos que usam a fama para concorrer a um cargo eletivo. Está provado que celebridades só enchem o saco;
Eu rogo para que os eleitores com dificuldades de compreensão esquecessem de Marco Feliciano, Jair Bolsonaro, Eduardo Cunha e tantos fascistas que insistem em trazer a era medieval para o século XXI;
Adoraria que os eleitores de primeira viagem pensassem muito antes de votar em alguém que sequer pesquisaram a respeito;
Gostaria que aqueles indivíduos que comparecem às seções eleitorais com má vontade, se dispusessem a pensar que o voto pode mudar o estado de coisas em que se vive;
Que os rabugentos de plantão que insistem em anular o voto, por birra ou desconhecimento de causa, entendessem que se a coisa está ruim, pode piorar. E não é se omitindo que o 'status quo' mudará, milagrosamente;
E que, acima de tudo, valorizassem a possibilidade de poder escolher seus candidatos, livremente (é, eu sei que o voto é obrigatório), lembrando que houve uma geração anterior a nossa, que deu a vida para que pudéssemos ter a opção de votar em A ou B; portanto, seria uma ingratidão imensa com tantos que viveram em uma época em que votar era proibido.
Se temos a possibilidade de escolher quem irá nos governar ou legislar em nosso nome, devemos fazê-lo com sabedoria. Esbravejar aos quatro cantos como uma criança mimada, que não tem quem escolher nas eleições, soa como escárnio. Basta o brasileiro ter a mesma disposição que tem com o futebol.
Talvez fôssemos Pentacampeões, também na política.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Jornalista judia comenta o holocausto cometido contra palestinos
TEXTO DE DEBORA CATTANI.
Gaza: coexistência não é prática do estado de Israel ´Coexista´: em texto, jornalista judia comenta o holocausto cometido contra palestinos. 11 de julho - 19:48 Coexista Por Deborah Cattani*, para o Entrefatos Sou judia, mas não de ventre judeu. A expressão pode soar absurda, mas para quem cresceu em comunidade judaica é natural. O verdadeiro judeu, para os radicais, é o que nasce de ventre judeu. Minha mãe se converteu quando eu tinha sete anos. Estudei seis em colégio israelita, sofri bullying por causa disso, no entanto, continuei judia.
Já morei em Israel, duas vezes. A primeira foi na infância, entre 1993 e 1995. Uma das piores épocas do terrorismo. Não me lembro de nenhum atentado, salvo ver minha mãe atônita na frente da televisão ao saber da morte Yitzhak Rabin, pouco depois da nossa volta ao Brasil. Tudo bem, eu tinha seis anos na época. Mas eu sempre fui politizada, talvez por ter pais intelectuais, talvez por interesse próprio. Ser questionadora não é fácil, você engole muito sapo pelo caminho. Aos 14 anos voltei para Israel. Sozinha.
Morei a 15 minutos da Faixa de Gaza, num kibutz chamado Or Haner. Se você procurar no mapa, vê que é bem pertinho. O Google não consegue mostrar o trajeto entre eles, acho que porque Gaza é sitiada. Dessa vez fiquei pouco tempo, cinco meses. Fui para a escola como uma judia qualquer, tive aulas, ajudei no kibutz, andei pelas festas e passeei por cidades próximas. Israel é um país pequeno, cabe 35 vezes no Rio Grande do Sul, Estado em que moro atualmente. Apesar disso, é país de primeiro mundo, lindo, limpo, bem cuidado, único pedaço de terra com lençóis freáticos em todo o Oriente Médio. Voltei por inúmeras razões, decepção foi uma delas. Mesmo assim, cresci boa parte da vida no Brasil, distante do conflito. Tive uma educação judaica até os 15 anos, quando começou minha decepção diante da religião.
Vou fazer um parêntese aqui: não sou antissemita. Acredito que o Estado de Israel possa existir, mas como estado laico, sem fechar fronteiras diante de preconceitos religiosos, ou seja, não sou antissionista. Para entrar no país, você passa por um longo processo, MESMO tendo passaporte israelense. Sou filha de professora e obviamente, como jornalista e mestre em comunicação social, não me tornei alienada. Não consigo entender essa guerra, que é tão próxima e tão irreal. O que exatamente os não-judeus nos fizeram para termos tanto ódio? Chamo assim, pois o estado de Israel é um estado JUDEU e não aceita outras religiões, salvo em Jerusalém, que pasmem, é uma cidade laica. Não são só muçulmanos que estão morrendo. Aliás, os árabes não têm uma única religião, existem árabes católicos, ateus e até mesmo judeus.
O que o Estado de Israel está fazendo é desumano. Mais desumano que o holocausto, mais duradouro que o holocausto, e de forma mais pertinente pode ser chamado de holocausto, pois hoje em dia todo o mundo pode ver com os próprios olhos e MESMO assim, poucos reagem. Óbvio que a guerra tem dois lados e muitos judeus morrem também. Mas a proporção é absurda. A cada bomba lançada sobre Israel, 30 são devolvidas para Gaza. Dizem que três adolescentes judeus morreram… E as 14 CRIANÇAS que perderam a chance de ter uma vida longa em Gaza? O que é Gaza, você deve estar se perguntando… Eu vi com meus próprios olhos. Não, não é uma favela, mas se você, brasileiro, já viu um conjunto habitacional (moradia popular), é isso. Imagina você ser tirado do conforto da sua casa, do seu emprego, dos seus pertences e ser jogado num quarto com mais oito pessoas e viver no medo iminente de um ataque, sem poder sair deste lugar, pois o seu passaporte está para sempre condenado. Isso é o que os judeus fizeram em 1948. Isso é o que eu aprendi porque eu abri meus olhos.
Nas aulas de cultura judaica na escola eu só ouvia como somos, nós judeus, vítimas do mundo, vítimas do nazismo, do terrorismo e, por isso, temos o direito de fazer pior. Tenho muitos amigos judeus, mas cada vez tenho menos. Cada vez que um deles posta um heil Israel no Facebook ou qualquer coisa dizendo “matem os árabes”, eu tenho um amigo a menos. Se vocês já assistiram o filme A Onda, é EXATAMENTE isso que o governo israelense faz com seus jovens. Já tive treinamento militar israelense, sei como funciona toda a lavagem cerebral e até entendo porque funciona, afinal, somos pobres vítimas. Tenho vergonha de dizer que sou judia em locais públicos. Tenho vergonha do meu passaporte israelense e tenho vergonha dessa cidadania. Fugi desse país, apesar de amar aquela terra. Prefiro dizer que sou brasileira e, neste momento em que todo mundo está com vergonha do Brasil por causa de futebol, eu nunca me senti tão bem em ser brasileira.
Enquanto os outros velam a Copa do Mundo, eu levanto a minha bandeira de “eu não pertenço a Israel”. Eu espero que a mídia faça um trabalho melhor deste dia em diante. Chega de apoiar um estado que não é nosso e sim de TODOS. Estamos no século XXI e não na idade média, aprendemos a dividir, logo, chega de conquistar. A maior conquista é a boa coexistência.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
À SELEÇÃO BRASILEIRA, OBRIGADO PELAS GARGALHADAS
Agradeço a Luiz Felipe Scolari pela bagunça que ele instituiu na Copa, chamada de “seleção brasileira”.
Agradeço ao sistema tático inexistente e das tentativas frustradas de David Luiz em fazer as vezes de Gérson e tentar ligar a defesa ao ataque (em suma, procurando Neymar) e quase nunca conseguindo.
Grato à comissão técnica pelas desculpas esfarrapadas que fazem com que comediantes corem de inveja, tamanho absurdo.
Valeu pelas entrevistas coletivas e suas respostas deselegantes, mesmo para aqueles que costumam beijar sua mão Felipão.
Adorei as bagunças na defesa (!), meio de campo(!!) e ataque(!!!). Os irmãos Marxs, ícones do humor de Hollywood nos anos 20 e 30 se orgulhariam de ver que suas técnicas foram copiadas pelos jogadores brasileiros.
Muito agradecido ao Neymar, pelo “migué” que o tirou da partida contra a Alemanha –pra quem sofreu uma fratura em uma vértebra, ele estava lépido ao descer do ônibus, carregar mochila nas costas e se sentar no banco de reservas.
Satisfações à CBF pelo sumiço nas derrotas.
Saudações aos jornalistas esportivos que puxaram o saco do Felipão.
Nota 10 para os jogadores pelo empenho em campo – ironia, viu gente?
Parabéns à comissão técnica que nunca admitiu o fracasso.
A todos os bobões que torceram, choraram, se desesperaram, levaram o evento esportivo a sério, muitas considerações.
Todos estes acontecimentos me proporcionaram muitas risadas. Eu e tantos outros que sabiam do engodo que seria a Copa, o uso político que dela seria feito, da manipulação por parte da imprensa corrompida, pela massificação em torno de um ideal falso –a pátria de chuteiras – e da maneira ridícula que cobririam o dia a dia da seleção brasileira.
Ri muito. Continuo rindo até agora, ao ver um time que, outrora ostentou a pose de “maior do mundo”, e que vê hoje sua reputação ser menosprezada por todos os times do planeta.
Acho divertido ver o quanto as pessoas se preocupam com esse declínio de um mero time de futebol; talvez por saberem o quanto isso simboliza para um povo (ou parte dele) e por entender que muitos acham que jogar bola é a única primazia dos brasileiros. Sem isso, não há mais nada que os credenciem como bons em algo.
Isso, em si, já é patético. O jeito é rir, enquanto muitos alienados choram – sem saber exatamente o porque.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
E ESTAS PESSOAS GANHAM MUITO MAIS QUE UM PROFESSOR...
Televisão é um veículo de massa. Mais do que rádio e jornais.
No Brasil, o televisor é o aparelho mais constante na casa dos brasileiros. Uma incidência maior ainda do que o refrigerador.
Talvez por isso, causa tanta espécie ver a ignorância de “celebridades” ao serem confrontadas com seu nível intelectual.
Muitos destes famosos, do dia para a noite, se veem sob os holofotes; em sua maioria despreparados para tamanho alcance, acabam expostos de maneira vexatória à opinião pública.
Talvez pela cultura nacional: a de ficar rico a qualquer preço. E quando conseguem, vão às compras (carro, roupas de grife e outros tipos de ostentação) de maneira contumaz. Mas os estudos, a evolução, estes são deixados para trás. Daí essas asneiras proferidas em rede nacional, causando mal estar. Mais em quem assiste, do que em quem pronuncia. Estes, muitas vezes, nem se detém no fato de cometerem erros crassos.
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