terça-feira, 27 de março de 2012

PLANETA BOLA



       Primeiro tempo-Proibir  Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel de entrarem nos estádios,após a batalha campal em que se tornou o confronto entre as mesmas,sendo que o confronto foi à 13 kms de distância,parece chacota.Sem contar que ,além de não ser uma punição rigorosa,os meliantes podem entrar sem a camisa da agremiação e se juntar ao resto do bando ,durante o jogo.E ainda tem gente que se atreve a contar piada de português.

      Segundo tempo-Na Grécia,mesmo com a gravíssima crise econômica pela qual passa o nação,o futebol ainda tem espaço.Num recente confronto entre os maiores times do país,o Panathinaikos e o Olimpiakos,houve mobilização de torcedores,fazendo com o estádio estivesse cheio,as lojas oficiais dos clubes vendessem como nunca e com depoimentos inflamados dos torcedores da duas agremiações;inclusive assumindo que mesmo não tendo muito dinheiro e de a crise ser séria,pelo futebol valia a pena.E ao final do jogo,confusão e confronto com  a polícia e muita gente ferida.Isso me lembra uma republiqueta sul-americana,cujo os torcedores agem de forma animalesca,dando vazão aos seus instintos mais primitivos.Fair play,que é bom,nada.

      Prorrogação-O futebol tupiniquim tem revelado alguns jogadores interessantes nos últimos anos(Neymar e Lucas,por exemplo),mas é pouco,comparando com outros tempos.A organização inexiste e os clubes ainda tem muito medo de tomar decisões por eles mesmos.Mas no que tange aos treinadores,nunca houve uma escassez tão grande.Não que os bons e vitoriosos tenham se aposentado de uma hora pra outra.Mas,aparentemente seus talentos,sim.E o que é pior:com salários astronômicos.Se já existe vários jogadores estrangeiros por aqui,inclusive fazendo sucesso,seria de muito bom tom que houvesse a possibilidade de treinadores de países europeus viessem dirigir alguns clubes.Senão,de nada adiantará ganhar a tão sonhada Libertadores da América e chegar ao Mundial Interclubes e ser novamente humilhado por um Barcelona da vida.E o mais irônico,jogando como nos bons tempos do futebol brasileiro:dando espetáculo.

     Nos penaltis-Quando mais se espera uma ação corajosa por parte dos dirigentes dos clubes,após a queda de Ricardo Teixeira.para compor uma liga e tornar o produto chamado futebol ainda mais rentável,eles se acovardam e evitam a rebelião;afinal,teriam que confrontar uma certa emissora de televisão para tentar obter mais lucro com as transmissões.Claramente melhorou após a intervenção do Cade,o Conselho Administrativo de Defesa Econômica,que se mostrava contra a forma de renovação compulsória do contrato.Mas muito aquém do que os clubes poderiam pleitear.A mesma covardia acometeu as federações que,por sua vez poderiam escolher alguém que pudesse unir as facções rivais em torno de um objetivo único:tirar Jose Maria Marín do poder e escolher alguém que não fosse ligado a Ricardo Teixeira,nem remotamente.Em ambos os casos,além do medo que lhes é peculiar,também a costumeira visão estreita pesou.Dirigentes de clubes perdem tanto tempo brigando entre si,que esquecem que unidos tem um poder muito grande para fazer valer seus direitos.E com as federações estaduais também.Brigam para valorizar seus feudos particulares e cacifar poder político,em detrimento do bem do futebol.Por isso podemos dizer que a saída de Ricardo Teixeira foi um bem.Ou apenas mais do mesmo.



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