segunda-feira, 19 de março de 2012

CLÁSSICOS S.A.




Banda que marcou época,apesar do pouco tempo de existência,o Joy Division conseguiu com apenas dois discos dizer a que veio e influenciar gerações.Com forte influência do punk(eles decidiram formar um grupo de rock após assistirem a um show dos Sex Pistols),Ian Curtis,Bernard Summer,Peter Hook e Stephen Morris criaram o Warsaw,nome que ficou até a gravação do primeiro disco Unknow Pleasures.Numa definição mais próxima do que eles faziam,o Wikipédia define o trabalho do grupo como: caracterizado por densas melodias, bastante marcadas pela bateria quase "militar" de Stephen Morris, e uma tendência para a depressão e a claustrofobia. As letras obscuras e extremamente poéticas de Ian Curtis se tornaram uma característica marcante do grupo, assim como seu vocal.As letras,na sua maioria de Ian,a figura mítica da banda,bebiam na fonte do que havia de melhor na época,principalmente David Bowie,de quem Curtis era fã declarado,em especial de uma de suas mais emblemáticas canções,All the young dudes.Também serviu de inspiração para o vocalista.as performances do belga Jacques Brel,carregadas de emoção,característica que,também,permeava os shows do Joy.Levando para suas composições as coisas que vivenciava no dia a dia,Ian conseguia falar de suas maiores tragédias pessoais sem ser piegas ou apelando para o folhetim barato.Usando muitas vezes o recurso da metáfora,suas músicas tinham uma poesia única.Trabalhando em tempo parcial em uma repartição pública,algo como o nosso INSS,ele tinha contato com várias pessoas com vidas atribuladas e em dificuldades.Foi quando conheceu uma mulher que sofria de epilepsia,já em um estágio mais avançado.Ele mesmo uma vítima da mesma doença(e muitas vezes seus ataques aconteciam no palco,durante os shows)ele logo criou um elo especial para com ela.Quando a mesma veio a falecer,ele desabou emocionalmente e compôs uma de suas mais belas canções:She's lost control,em homenagem a ela.(A propósito,ele mesmo,como que se protestasse contra o avanço da doença,simulava os ataques epilépticos,como num ritual,que acabou virando sua marca indelével e influenciando outros roqueiros famosos;aqui no Brasil,Renato Russo e Arnaldo Antunes).Na mesma época,já com um casamento em crise,levou para a música,aquilo que estava sentido em relação ao relacionamento.Daí veio a mais conhecida do grupo:Love will tear us apart,que é a mesma do vídeo acima.De show em show,a banda crescia no mundo do rock,com apresentações,praticamente,todos os dias;ao mesmo tempo em que Ian desabava em depressão profunda devido à doença que avançava rápido,ao casamento que desmoronava(muito por culpa dele mesmo),a sensação de incômodo de se tornar um astro da música,coisa que lhe causando mal estar,afinal ele se considerava um compositor,um poeta que usava a música pra se expressar.Faltando poucos dias para a tão aguardada turnê americana(necessária para qualquer banda estrangeira para fazer sucesso mundial),Ian Curtis se enforcou em sua casa,em maio de 1980,com apenas dois discos oficias,mas com muito material de sobra(estúdio e ao vivo)que ajudaram a pavimentar de vez na história do rock,o nome Joy Division(Divisão da Alegria que era o nome dado para a área onde as mulheres de origem judaica eram dadas aos oficiais da SS na Alemanha nazista).
 Em 2007 foi lançado o filme Control,baseado no livro Touching from a distance da viúva Deborah Curtis,cujo o desempenho do ator Sam Riley é assombroso.Postei o trailer do filme,mas não achei legendado.Mas de qualquer forma vale assistir a película,uma obra fiel e sem retoques do diretor Anton Corbijn.

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