fonte - Wikipedia
O Massacre de Sabra e Chatila foi o morticínio de refugiados
civis palestinos e libaneses perpetrado pela milícia maronita liderado por Elie
Hobeika após o assassinato do presidente-eleito do país e líder falangista,
Bachir Gemayel. O evento ocorreu nos campos palestinos de Sabra (صبرا, Sabrā) e Shatila (وشاتيلا, Shātīlā), situados na
periferia de Beirute, a sul da cidade, área que se encontrava então sob
proteção das forças armadas de Israel.
A possibilidade dos ataques era previsível. Bashir Gemayel,
líder da organização de extrema-direita Falanges Libanesas, considerava os
refugiados palestinos como "população excedente". Bashir foi assassinado em 14 de setembro de
1982. No dia 16, os campos foram atacados.
O massacre ocorreu em uma área diretamente controlada pelo
exército israelense, durante a Invasão do Líbano de 1982, entre 16 e 18 de
setembro do mesmo ano. O número de vítimas não é bem conhecido e, conforme a
fonte, a estimativa pode variar de algumas centenas a 3.500 pessoas - na grande
maioria crianças, mulheres e idosos - foram mortos pelos falangistas.
A Corte Suprema de Israel considerou o Ministro da Defesa do
país, Ariel Sharon, pessoalmente responsável pelo massacre, por ter falhado na
proteção aos refugiados.
Sharon, quando candidato a primeiro-ministro de Israel,
lamentou as mortes e negou qualquer responsabilidade. A repercussão do
massacre, entretanto, fez com que fosse demitido do cargo de Ministro da
Defesa.
Condenação das Nações Unidas
Em 16 de dezembro de 1982, a Assembleia-Geral das Nações
Unidas condenou o massacre declarando-o um ato de genocídio. A secção D da
resolução, que "definiu o massacre como um ato de genocídio", foi
adotada por 123 votos a favor, 0 contra e 22 abstenções.
O genocídio de Shabra e Chatila foi um dos eventos que
chamaram a atenção da opinião pública para o problema dos refugiados palestinos
e dos territórios palestinos ocupados por Israel.
No Brasil
Na época, a revista Veja tinha como seu correspondente no
Líbano o repórter Alessandro Porro, judeu nascido na Itália e naturalizado
brasileiro, que desmontou a alegação de que o exército de Israel não percebera
a ocorrência do massacre. Porro chegou mesmo a contar os 183 passos que
separavam os campos de refugiados e o quartel israelense, no que foi
considerado um furo jornalístico. "Segundo o testemunho de um major do
Exército libanês, confirmado pelo guardião da antiga Embaixada do Kuwait, uma
unidade israelense com três tanques Merkava e pelo menos cinco blindados estava
aquartelada a menos de 200 metros daquelas primeiras casas do setor sul de
Chatila.
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