Sempre que
os “valores cristãos” (sabe-se lá o que significa isso...) estão em perigo,
aparece um paladino da moral e dos bons costumes. A bola da vez é a pseudojornalista
Raquel Sheherazade e a polêmica é o beijo entre duas garotas durante o “culto”
do dublê de político e pastor nas horas vagas, Marco Feliciano.
Criticando a
demonstração afetiva como algo que ultrapassa os limites da liberdade de
expressão, Raquel alega que até isso tem limites, e o respeito às liturgias
devem ser observado. Esquece-se convenientemente que o mesmo Feliciano, que
ela defende com unhas e dentes, também é perito em desrespeitar direitos
adquiridos, demonstrando inclusive racismo e intolerância aguda contra
minorias. O fato dele ser deputado não o coloca acima do bem e do mal para sair
por aí arrotando distorção contra homossexuais e negros, só porque que ele odeia ambos. Hitler pensava igual.
“Liberdade
de expressão não é salvo conduto para ofender”, disse ela. O mesmo vale para o pastor e suas deliberações
acerca do que cada um faz em sua vida íntima.
Sheherazade segue seu pretenso comentário
(sim, porque entende-se que um comentário deve ser inteligível e bem
estruturado, guiado pela lógica; algo que, claramente, ela não consegue)
destilando fel contra qualquer um que julgue estar “ferindo a moral pública”, ao
combater o beijo entre pessoas do mesmo sexo. Para ela, algo imponderável. E
sua ironia ao citar que muitas pessoas não se importam mais com fatos desse
tipo é nítida mas mal aplicada.
Usando o
mesmo argumento que os fanatizados de plantão usam (o desrespeito aos cultos
religiosos), Raquel, talvez sofrendo de amnésia seletiva, não se recorda que em
vários destes encontros em que se professa a “fé”, argumentos dignos dos
nazistas são ditos e proferidos sem o menor pudor. Onde há, inclusive, pastores que
defendem seus colegas que são corruptos. Malafaia disso isso publicamente e a Sra.
Sheherazade sequer se dignificou a criticá-lo. Ele pediu aos crentes para não
denunciarem os pastores ladrões, “pois
ninguém deve se meter com os ungidos do Senhor”. Se os abutres que presunçosamente
dizem falar em nome de deus podem fazer isso e ficar impunes, a casa caiu faz
tempo. Enquanto isso, a horda de fanatizados ignora a suástica no púlpito daqueles que alegam estar em uma missão divina, quando na verdade estão fazendo o velho jogo de manipulação em prol de seus interesses mesquinhos.
Finalizando
seu “pensamento”, Raquel menciona Jesus, que “expulsou vendilhões do templo
mostrando que há lugar certo para tudo, inclusive protestos”. Talvez o que ela
não consiga se lembrar é que o mesmo Cristo que expulsou os comerciantes judeus
que tiranizavam a população com o comércio nas cercanias do Sinédrio, também
pregou o “NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS” e “AMAI AO PRÓXIMO COMO A TI
MESMO”.
Se ela diz
que as meninas erraram o foco, pois deveriam protestar na Câmara Federal, já
que lá (no culto de Feliciano) era casa de deus, bom, nada melhor que na casa
do criador para expressar amor.
Melhor isso
do que aqueles que estão atrás do púlpito demonstrando ódio, preconceito e
ambição descabida pelo dinheiro do próximo. Esses são mais dignos de usar uma suástica no braço, do que carregar uma bíblia em público.
Essa mulher está nesse programa para ser voz dos protestantes. Já me dei conta que ela tem problema com ateus (e muito!) e com os gays tb,nesse vídeo ela diz q o lugar das meninas protestarem beijando era na câmera de deputados,mas quando os gays fizeram isso ela tb criticou,dizendo q estavam perseguindo o Feliciano por ele ser evangélico. Ela não passa de uma crente louca e reacionária. Tomara que em uma dessas loucuras do Silvio Santos esse jornaleco saia do ar e essa infeliz fique sem emprego na televisão,não precisamos de uma figura que quer trazer o mundo de volta a idade das trevas.
ResponderExcluirOs jornalistas companheiros dela já criticaram sua postura e disseram que não querem que ela os represente por ter apoiado abertamente Marcos Feliciano e ela fez de novo. Ela já é persona non grata,pra sair fora dai falta pouco...
ExcluirVerdade Marcus Andre, fica difícil entender a postura do Silvio, a não ser por provocar polêmica e, conseguinte, chamar a atenção de seu telejornal. Mas errou o tom ao investir nela. Um abraço
ExcluirSó uma crente fascista apoia agressão policial gratuita em duas adolescentes...odeio violência. ainda mais acompanhada de covardia. Se é falta de respeito, é discutível, é subjetiva, mas a violência não. Não sabe nem analisar um fato tão simples e claro como esse. Não sabe a diferença de um fato subjetivo e um objetivo. Rasgou e cuspiu no seu diploma de jornalismo e na inteligência dos seus telespectadores..
ResponderExcluirVerdade Marcão. Ela parece usar pouco a lógica e o bom senso, caindo frequentemente em contradição. Pena que haja pessoas que a defendam de maneira contundente. Um abraço, amigão.
ExcluirQuerem ser tratados como adultos, mas se comportam como crianças!já viu aquele ditado quem procura acha?
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEngraçado que o autor do texto fala de hipocrisia e é o primeiro a destilar seu veneno contra Marco feliciano e companhia e ainda me vem com essa de "amai ao próximo como ati mesmo"
ResponderExcluirAgora eu te pergunto você segue essa palavrinha que vc disse?
Amar ao próximo como a ti mesmo: Você ama Marco Feliciano e a jornalista como a você mesmo???
Acho meio difícil responder essa palavra né.....
E se não ama acho que o hipócrita aqui é você....
"Destilar veneno"? Amigo, entenda-se que "amar ao próximo" é respeitar o próximo, independente de crença ou opção sexual! Então quando um imbecil racista como Marco Feliciano ou essa imbecil hipócrita da Raquel Sheherazade, os verdadeiros destiladores de veneno, vêm a mídia e propagar suas asneiras, é dever dos sensatos criticar essa postura preconceituosa que vão contra todos os princípios de um estado laico e democrático!
ExcluirFalou tudo, parceiro. Assino embaixo do seu comentário, Rogerio
ExcluirBravo Marcelo! Mais uma vez, acertou na mosca!
ResponderExcluirValeu Big Roger. Um abração, meu amigo
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