Pouco
afeito à democracia plena, o usuário das redes sociais brasileiras
padece de um mal chamado IGNORÂNCIA.
O
bipartidarismo malfadado que assola o país é, em parte, responsável
por esse jogo rasteiro. Afinal, tanto PSDB quanto o PT exageraram em
suas ações nefastas, visando o projeto de poder de cada um.
É
muito comum encontrar no Facebook, por exemplo, páginas ou
comunidades que propagam coisas negativas. Títulos fascistas como
“EU ODEIO ESSA LEGENDA”, “EU ODEIO AQUELE PARTIDO”, “MORTE
AOS CUBANOS” “APOIAMOS O REGIME MILITAR” são comuns e
empobrecem a discussão política. Mais do que isso, denotam a
limitação de alguns 'doadores de cérebro' que se acham
esclarecidos e senhores absolutos da razão.
Os
internautas viraram massa alienada de manobra. Deixaram-se levar por
um discurso raso, e com elas seguem até a morte. Sem
reflexão, sem o caminho natural da racionalidade para esclarecer os
assuntos.
Como
não há uma reflexão lógica, nos deparamos com aberrações do
tipo: “detesto os comunistas
do PT”.
Sério? Comunistas?? No PT??? Se isso não é prova cabal de
analfabetismo político, então não sei o que seria. O partido que
mais se moldou ao sistema, se fazendo passar por legenda popular,
acabou enganando até seus detratores.
Outro
tópico que é lugar-comum na rede, vem exatamente dos defensores
ferrenhos do PSDB. “Há
muita corrupção no PT; queremos limpar o Brasil.”.
Então querem nos convencer que não há, nem nunca houve corrupção
no ninho tucano? Do mensalão que começou com o próprio partido em
Minas Gerais, passando pela compra de votos e o escândalo das
privatizações, chegando ao esquema fraudulento na compra dos trens
em São Paulo, a legenda está atolada em situações
comprometedoras. E, ainda assim, há quem jure de pé junto, que são
todos '‘santinhos’' aos olhos da nação; que tudo não passa de
uma conspiração contra FHC e seus aliados. Tá certo….
O
que incomoda mais é o radicalismo, o discurso rasteiro sem nenhum
embasamento. Não gostam, porque não gostam. E,
tal
qual uma criança mimada, não aceitam ser contrariados. E os que
enxergam as coisas de uma maneira imparcial (os apartidários, porém
POLITIZADOS) são criticados, exatamente por não tomarem partido.
Literalmente.
O
empobrecimento da análise política brasileira
também
tomou conta dos noticiários. Seja a imprensa escrita, seja a
televisiva, acompanhamos um campo de batalha que desmoraliza a
própria categoria dos jornalistas. De um lado o P.I.G., partido da
imprensa golpista, com seus maiores (ou piores) nomes: Veja,
Globo, Estadão e Folha.
De outro, a mídia pelega, ávida por defender o governo a
todo custo:
Carta Capital,
Caros Amigos
e parte da blogosfera (entre eles, Paulo Henrique Amorim e Luis
Nassif), aliado a uma parte da chamada mídia independente –
jornais de menor circulação. Perde-se um tempo precioso blindando
ou acusando levianamente, que a imparcialidade e
o fato em si se perdem no caminho da redação.
Por
isso que tentar discutir com pessoas que seguem o partidarismo
alienante
é dar murro em ponta de faca. Até o imbróglio envolvendo a Copa do
Mundo se tornou um cabo de guerra entre as facções partidárias. Os
petistas, confusos e alienados, querem o sucesso do evento porque,
julgam eles, isso seria associado pelo eleitor com a reeleição de
Dilma Rousseff. Para os defensores do “quanto pior melhor”, papel
hoje ocupado pelo PSDB, mas que teve o monopólio do Partido dos
Trabalhadores durante todo o governo FHC, o fracasso da Copa seria
sua melhor chance (talvez a única) de retornar ao Palácio do Planalto.
Repare que não há um programa de governo consistente ou uma alternativa ao modelo existente. Apenas a esperança que a seleção brasileira triunfe ou fracasse.
Veja
em que nível baixo está a política tupiniquim em pleno século
XXI: tudo depende de Neymar e cia. Para
além do bem e do mal, como diria Nietzsche.
Assino embaixo!!Parabéns!
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