sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O FANATISMO RELIGIOSO E ALIENAÇÃO DOS INDIGNADOS




O atentado em Paris, que vitimou 12 pessoas e feriu mais de 40 parece ser uma daquelas catarses que não permite erro de avaliação. Mas há. E dos graves.

Um atentado é deplorável, sob qualquer aspecto e sob quaisquer pretextos. O que motiva é que deveria ser motivo de perplexidade. Atendo-se à superfície, o que está mais ao fundo passa despercebido.

Quem são? Qual o passado de cada um? Sua aparência? Sua religião? Tudo isso é sempre --eu disse SEMPRE-- descoberto em um curto espaço de tempo. Como aconteceu com o atentado em Boston, em 2013. Tudo foi prontamente descoberto. Mais uma vez, pessoas da comunidade islâmica. Nunca subestime a capacidade dos americanos em satanizar os muçulmanos. Em pouco tempo estavam presos. Dois irmãos, um morto e outro detido. Nunca se ouviu uma só palavra pública dele. Mas estava preso, isso bastava. Uma forma do povo dos Estados Unidos se sentir seguros. Só porque a mídia disse que "eles foram pegos".

Mas dia a dia, as tais evidências caíram por terra. Veja abaixo.

O Atentado em Boston, Mais um Trabalho Interno?

A islamofobia apenas aumentou. E a pergunta é: a quem interessa isso?

O Ocidente é pródigo em perseguir muçulmanos, mas a coisa recrudesceu após o atentado de 11 de setembro. O mesmo que os EUA forjaram, com fins escusos. Veja abaixo:

11/9 - O DIA QUE NÃO EXISTIU


A Casa Branca e seus comparsas no crime --em especial seus capangas da Otan-- usam esse artifício como desculpa para perseguir, invadir e pilhar países de maioria árabe, com a desculpa de libertar o país de tiranos. Tal qual a máfia, que promete segurança, em troca de dinheiro, mesmo que a ameaça seja a própria mafia. É o jogo dos EUA.

O cartunista e sua equipe de aloprados se excedem há anos. Sempre pisando em gelo fino, sabendo com quem mexem: mais de 1,6 bilhão de seguidores do islamismo. Mesmo assim Charlie Hebdo continuou com suas patifarias. Não só contra muçulmanos, mas cristãos e até a ministra francesa Christine Taubira não escapou, sendo chamada de macaca pelo chargista. Mais patife, impossível.


Eis alguns dos "memoráveis trabalhos" do falecido:





"O filme que envergonhou o mundo islâmico."
Maomé pergunta: " Minha bunda! Vocês gostaram da minha bunda?"







"O Alcorão é uma merda".
"Não para nem as balas!"









Maomé: "Nasce uma estrela".














"O Pai, o Filho e o Espírito Santo".







"Assim o jornal Charlie Hebdo "ilustrou" o bombardeio de Israel a 

uma escola palestina em 30 de julho de 2014...


O ataque israelense à escola matou 19 pessoas e feriu outras 125."







Isso não justifica a barbárie que tomou conta de Paris, no dia 7 de 

janeiro. Mas mostra o tipo de gente que diverte a patuleia ocidental. 

O bobo da corte com sua tiras satíricas, debochando de meio 

mundo, se escondendo atrás da tal "liberdade de expressão". Mas se isso é um princípio digno, as cores da bandeira da França dizem também que deve haver 'igualdade, liberdade e fraternidade'. Isso houve no tratamento dado à comunidade muçulmana nos últimos anos, marginalizando os descendentes de árabes que foram solenemente alijados da sociedade, gerando um estrondoso protesto por melhores condições de vida e que os crimes cometidos pela polícia francesa contra esses mesmos jovens acabassem? A extrema direita , amparados pelo nazista Le Pen consegue há anos, diminuir os direitos dos muçulmanos na França, assim como os faz ter mais e mais dificuldades em entrar no país ou conseguir a naturalização. São tratados como animais e, aos olhos dos franceses, mais acostumados a ser capachos dos EUA, isso dá certo. Até de andar com a cabeça coberta, as mulheres que seguem o Islã foram proibidas. Isso é um aborto da natureza.





Ainda assim, o atentado é uma atrocidade ímpar. Mas por que aconteceu com tanta facilidade?




Eles tiveram tempo de render um funcionário, adentrar a sala de reunião, que ficava no último andar, matar 11 pessoas, ferir algumas dezenas, descer, trocar tiros com apenas dois policiais, matar um deles, caminhar tranquilamente até o veículo que os esperava e sair, como se nada tivesse sido feito.  


Cherif Kouachi (esq.) e Said Kouachi (dir.) 


O país se uniu ante a chacina cometida por dois irmãos. Ambos falavam francês fluente, sem sotaque e gritavam que eram da Al-Qaeda. Coisa atípica, já que eles só assumem atentados horas depois do ocorrido.






Seria coincidência também que esses dois homens armados, andassem livremente pela rua, adentrassem um edifício comercial e fizessem tudo o que fizeram, após o parlamento francês decidir votar pelo reconhecimento da Palestina? Em se tratando de Israel, não.



Estranho que após o atentado cometido por Anders Behring Breivik na Noruega, que massacrou quase 90 pessoas, ninguém disse nada sobre ele ser um auto-proclamado cristão de extrema direita que prega que a "batalha contra o Islã" deveria permanecer. Nesse sentido houve um silêncio conivente da imprensa européia. Cristão, branco, de extrema direita que persegue e mata muçulmanos pode. O contrário, não. Em um mundo ideal, nenhuma dessas sandices deveriam acontecer.
























Talvez a imagem que diga mais sobre os atentados. Quem tirou a foto? 

Por que não havia ninguém nas ruas naquele momento? E, acima 

de tudo, como a pessoa sabia a hora de fotografar o atentado, que 

mal se inciava ?





O que acarreta disso tudo? Muita coisa.



Mas algumas dúvidas ficam no ar. Por que os tais terroristas fizeram questão de dizer várias vezes que ram da Al-Qaeda, para mais de um funcionário da editora?
Se os irmãos eram de uma célula jihadista há muito tempo, se seus respectivos nomes estavam na lista de 'proibidos' de adentrar os EUA (e sabemos que há cooperação entre nações da OTAN sobre esse tipo de gente) por que diabos esses caras andavam livremente e operavam sem nenhum tipo de restrição? Parece algo combinado. O propósito é o de sempre: satanizar, agregar ódio contra A ou B e usar isso para legitimar ações que fariam Hitler corar de vergonha. Os EUA e seus capachos estão fazendo a lição de casa direitinho.







um dos suspeitos já havia sido mostrado em um documentário 

sobre o jihadismo.






Em tempos assim, as condições estão propícias para mudanças 

bruscas contra o vento, ou seja, contra os direitos constituídos. Foi 

assim que surgiu o Decreto Patriota nos EUA, que dava plenos 

poderes ao governo de retirar quaisquer direitos da população em 

nome da segurança nacional. Que poderiam perder sua privacidade, 
que poderiam ser detidos sem causa plausível, que poderiam ficar presos, sem contato com família e advogados, por tempo indeterminado. Em tempos normais isso seria combatido de maneira firme. Em tempos de crises (verdadeiras ou criadas artificialmente por governos, vira terra de ninguém, contando com a conveniente cegueira coletiva.






O governo francês tem tecnologia de ponta em espionar seu povo, 

inclusive patrulhando as redes sociais, como um autêntico espião. 

Vinha sendo usado desde o 11 de setembro, mas recentemente a 

coisa engrossou. Foi usado e abusado durante para descobrir algo 

sobre o paredeiro dos terroristas. Vai permanecer, com a desculpa 

que serve para ajudar a segurança nacional. Os incautos acreditam. 

George Orwel é que estava certo.




O atentado ao "Charlie Hebdo" foi um filme mal produzido?







Com o fim do caso e a conseguinte morte dos criminosos (quase 

nunca são pegos com vida) o presidente François Hollande tentou 

justificar a morte dos civis, como algo inevitável. O desastre que 

foi a captura dos bandidos foi ignorada pela mídia, que prefere 

enaltecer a vitória dos mocinhos ante os facínoras. Mais uma vez a 

desinformação venceu.


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