Folke Bernadotte, conde de
Wisborg (Estocolmo, 2 de janeiro de 1895 - Jerusalém, 17 de setembro de 1948),
mais conhecido como Conde Bernadotte, foi um nobre e diplomata sueco, conhecido pela negociação da libertação
de cerca de 31.000 prisioneiros de campos de concentração alemães durante a
Segunda Guerra Mundial, incluindo 423 judeus dinamarqueses de Theresienstadt,
que foram libertados em 14 de abril de 1945.
O conde era membro da Casa
de Bernadotte, a família real sueca. Era filho do príncipe Óscar Bernadotte,
duque de Götland e conde de Wisborg (que depois perderia o título de duque de
Götland por não ter se casado com alguém pertencente à realeza ou alta nobreza
- como dita a tradição nobiliárquica sueca -, mas permaneceria com o título
nobiliárquico de conde de Wisborg, por este título ser do Luxemburgo) e da
princesa Ebba Bernadotte, condessa de Wisborg (nascida Ebba Henrietta Munck af
Fulkila, sendo filha do nobre e militar, coronel Carl Jacob Munck af Fulkila, e
da baronesa Henrica Cederström). Era neto da rainha Sofia (nascida princesa de
Nassau) e do rei Óscar II da Suécia e Noruega, rei dos dois países até 7 de
junho de 1905; e depois somente Rei da Suécia até à data da sua morte, em
decorrência da separação dos dois países na data supracitada.
O conde casou com a
americana Estelle Manville, então titulada Estelle Bernadotte, condessa de
Wisborg, tendo sido o primeiro membro da realeza europeia a casar-se em
território americano.
Após a aprovação do Plano
de Partição da Palestina, em 29 de novembro de 1947, agravaram-se os confrontos
entre judeus e árabes na Palestina, então sob mandato britânico.
Em 20 de junho de 1948, o
conde foi escolhido pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o mediador entre
as partes em conflito, fazer cessar as hostilidades e supervisionar a aplicação
da partição territorial da Palestina Mandatária. Foi o primeiro mediador
oficial da história da organização. Todavia, pouco depois do início da missão,
em setembro do mesmo ano, Bernadotte foi assassinado em Jerusalém, pelo grupo
sionista Lehi. A decisão de matá-lo foi tomada por Natan Yellin-Mor, Yisrael
Eldad e Yitzhak Shamir, que mais tarde tornar-se-ia primeiro-ministro de Israel.
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