domingo, 9 de março de 2014

A IMAGEM DA MULHER BRASILEIRA




País tropical, terra do futebol e do carnaval, das praias e das mulheres bonitas….Isso interessa muito ao estrangeiro que vem ao nosso país. Especialmente as mulheres.

Elas são encaradas como produtos (inclusive dentro do próprio Brasil); muitas até gostam e incentivam Geralmente são as modelo/atrizes. As mesmas que nunca desfilaram e/ou atuaram, mas sua constante exposição na mídia, exibindo trajes sumários (assim como seus neurônios) reforça a ideia de mulher-objeto. E sem nem por estas bandas certas mulheres se dão ao respeito, não será no Velho Mundo, acostumado a colonizar tudo o que lhe for de seu interesse, que as coisas seriam diferentes.

Talvez por isso, que ainda ocorra tráfico de mulheres brasileiras para a Europa.

No Estadão: O número foi coletado a partir da cooperação entre as polícias dos 28 estados do bloco e revelam que as brasileiras representam cerca de 15% de todas as vítimas estrangeiras de tráfico de seres humanos no bloco. VEJA AQUI.

Ainda que timidamente, a polícia federal junto com a Interpol tem conseguido desbaratar algumas destas quadrilhas. Mas o desrespeito é evidente. Assim como a ingenuidade de algumas garotas que acreditam numa conversa mole de '‘vida melhor fora do país’'. Sem seus passaportes, vivendo um regime de escravidão, o arrependimento bate, mas vem tarde.

Do Portal R7: “A presidente Dilma Rousseff garante que o Brasil está pronto para combater o turismo sexual durante a Copa do Mundo deste ano. Em mensagens publicadas em seu perfil no Twitter, a presidente disse que “o Brasil está feliz em receber turistas que chegarão p/ Copa, mas também está pronto p/ combater o turismo sexual.” VEJA AQUI.

Turismo sexual é uma chaga que acomete o Brasil há décadas. Fomentado pela imagem distorcida da brasileira no exterior, mas corroborada por alguns poucos que insistem em patrocinar esse tipo de exploração.

Criou-se a ideia em vários países, em especial da Europa, que por aqui tudo é fácil. Há pouco tempo, o jornalista Roberto Cabrini mostrou um pouco desse submundo, onde em muitas cidades do Norte/Nordeste meninas entre 13 e 16 já estão sendo assediadas por gringos que apenas e tão somente visitam essas praças pelo “sexo fácil” que esperam encontrar. Em muitos casos, infelizmente, acabam se dando bem. Muitas vezes com a anuência da própria família, que acaba cafetinando a adolescente.


Justiça condena quadrilha por aliciar atrizes, apresentadoras, bailarinas de TV e ex-participantes de reality shows para prostituição.



Quando governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho sancionou o projeto de lei que proibia a venda de cartões-postais com mulheres brasileiras seminuas nas fotos, para não reforçar o estereótipo, acreditem, houve pessoas, mulheres inclusive, que desaprovaram a iniciativa. Típico de gente com a mente tacanha. VEJA AQUI.

A mais nova polêmica envolve as camisas fabricadas pela Adidas, com teor sexista. Gerou muito barulho nas redes sociais, inclusive o governo reclamou publicamente. Resultado: a empresa alemã se retratou e prometeu tirá-las do mercado. Mas ainda assim, a produção de roupas com imagens de duplo sentido é o ranço do machismo crônico que acomete o Velho Mundo.







A conotação sexual, implícita ou não, é sinal de que muitos ainda enxergam o Brasil com os mesmos atavismos do século 20.



Fruto da insegurança e da visão estereotipada masculina a respeito do sexo oposto e com sua dificuldade em compreender a complexidade feminina; mas também despreparo de algumas mulheres que esqueceram os preceitos do feminismo, que as colocavam em pé de igualdade com o homem na sociedade. No afã de vencer na vida do modo mais fácil, muitas atrizes/modelos, que não atuam nem desfilam, apenas enganam e mostram o pouco que tem pra sobreviver em uma sociedade tão competitiva. E desse pouco elas tentam extrair o máximo que podem para permanecer em evidência. Seja em programas de baixo calão, seja durante eventos dos mais variados, em especial o carnaval, onde seus parcos talentos podem, enfim ser admirados.


Mas pode também ser uma faca de dois gumes. Pode passar a impressão para os mais desavisados que outras mulheres também seguem a cartilha da sensualização barata e do bom e velho '‘teste do sofá' pra se conseguir um lugar ao sol. O tema não é novo; remete aos agitados anos 80, mas que ainda hoje é mencionado aqui e acolá. Algumas destas “profissionais” que tentaram desesperadamente se estabelecer na mídia, quando percebem o retumbante fracasso se jogam em um mundo duvidoso e de aparente baixa reputação.


Nada disso justifica a visão limitada que muitos homens – brasileiros ou não – nutrem pelas mulheres de um modo geral. O país elegeu uma mulher para o cargo mais importante e, isso em si deveria servir para que algumas pessoas perdessem a visão medieval que tem do sexo oposto --e não sexo "frágil". Ajudaria também para com cantadas cafajestes, assobios e qualquer tipo de ação que tenha objetivo de tratar a mulher como ALGO. 


Em um mundo machista, seria de bom tom que as enxergassem de maneira respeitosa. Lógico que é um processo lento. O homem, via de regra é lerdo pra certos assuntos. Mas até lá, a nossa mídia também poderia fazer sua parte e parar de enaltecer o estilo modelo/piriguete, vendendo uma imagem distorcida para o mundo. Apenas para que não se tenha a impressão em outros países que estamos em uma sociedade onde tudo é muito fácil, inclusive as mulheres.




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