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quarta-feira, 12 de março de 2014

INVASÃO, CRISES E RUPTURAS




EUA desrespeitar as nações soberanas é algo comum. Monstruosamente comum. Ter alguém que lhes faça frente, segurando um espelho a mostrar suas ações nefastas bom, até pouco tempo não havia. Mas nos últimos anos as coisas mudaram em âmbito geopolítico.



Obama e seu antecessor, George Bush, se acostumaram a tomar boa parte do planeta como seu quintal particular. A invasão do Iraque foi a principal prova disso. Além de invadir, Bush saqueou o país, rico em petróleo. A comunidade internacional, amedrontada após o 11 de setembro e temendo as consequências de uma possível recusa de ajuda ao Tio Sam, apoiou. Não houve objeções.
Os drones, naves não-tripuladas capazes de matar um alvo a uma distância segura, assassinaram milhares de pessoas no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Iêmen e Somália. De novo, silêncio sepulcral da ONU e dos países do Ocidente.

Aconteceu com a Líbia, em 2011, o mesmo que ocorreu no Iraque, em 2003: uma 'bandeira falsa', uma mentira pra justificar uma invasão. Cria-se um factóide, espera a mídia corrupta fazer seu trabalho de porta-voz do governo, divulgando a propaganda com uma razão plausível (ao invés de questioná-la), a plebe engole a mentira com a desculpa de guerra ao terror e os "heróis" são conclamados para o combate, protegendo e servindo à nação. Kadhafi, assim como Saddam, ex aliados dos EUA, serviram seus propósitos e foram sacrificados quando não eram mais necessários à causa. E mais uma vez, ninguém questionou as ações beligerantes dos americanos.

As coisas começaram a se alterar no ano passado, quando a China resolveu mudar sua postura na Ásia, talvez devido às constantes provocações das forças armadas americanas, com preocupante presença na vizinhança chinesa. Washington tem dois protegidos na região: Coréia do Sul e o Japão, o mesmo país que fora alvejado com bombas atômicas pelos EUA em 1945. O governo chinês aumentou a tensão entre as potências após a criação de uma controvertida zona de defesa aérea no mar da China Oriental. Pequim decidiu mudar a "direção" de uma zona de defesa de identificação aérea (ADIZ) que inclui as ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês), administradas por Tóquio e reivindicadas pela China. A tensão permanece.

O governo chinês chegou a divulgar um relatório sobre o constante desrespeito dos EUA na área de direitos humanos, numa retaliação à Obama por constantemente criticar a China nesse assunto. Veja AQUI. 


O EFEITO SÍRIA

Em 2008, a crise que acometeu a Geórgia com sua crescente aproximação com a União Europeia e com os Estados Unidos foi o estopim para uma crise com a Rússia. O fornecimento de petróleo para a Europa ficou comprometido e a Ossétia do Sul com os principais dutos das petrolíferas, sob constante vigilância do governo russo. O presidente americano se viu em uma sinuca de bico. Como era o Velho Urso, acabou mais na retórica, do que nas sanções. Veja AQUI.

Mas daí veio a Síria. Com uma vasta fonte de gás natural e uma nação que não aceita ingerência americana, era o alvo a ser batido. Mas tinha, uma vez mais, uma Rússia no caminho. Desta vez ainda mais forte e com seu papel de potência mundial estabelecido no cenário geopolítico.



Aliado de longa data de Moscou, o regime de Bashar Al-Assad se mostrou um adversário maior do que Washington esperava. Além da proteção de Vladimir Putin, presidente russo, havia o Hezbollah, o Irã e a própria China que, se não apoiou militarmente, se manifestou a favor de Assad, que não é um santo, mas se está ruim com ele, imagina nas mãos dos amiguinhos da Otan?

Parte de um sonho antigo dos EUA, a divisão da ex União Soviética partiria pela Ucrânia. Seguindo a filosofia de Napoleão (dividir e conquistar), os fantoches da Nova Ordem Mundial (Obama, John Kerry e Hillary “Hitler” Clinton) apressaram-se a dizer que “os ucranianos clamavam por mudanças e, por isso, contam com nosso apoio”; e por apoio entenda-se ajudar grupos neonazistas e de extrema direita a derrubar o presidente eleito democraticamente. Alardeou-se que era uma revolução. Não é. Revolução é uma formação social. Mas em Kiev, o que se viu até agora transmite a mensagem em contrário: não houve alteração social alguma. Houve um golpe de estado e contou com o apoio do Ocidente. E as coisas estavam, aparentemente, indo bem (se é que dar suporte a nazistas seja '‘ir bem’'), mas havia, novamente, uma Rússia pelo caminho.



Crimeia e Kosovo – quais são as diferenças?


Putin, que vinha tentando resolver tudo de maneira mais objetiva (leia-se, dar dinheiro), viu suas fronteiras serem perigosamente ameaçadas pelos Estados Unidos. Sabe do apetite de Barack Obama e sua corja de carniceiros. Resolveu recorrer a uma velha rotina americana: invadir primeiro, perguntar depois.

Bombardeado pela mídia corrupta do Ocidente, Vladimir Putin foi estampado como causador da crise da Ucrânia e como um déspota sanguinário, por invadir a Criméia. A mesma imprensa safada que ignora o que Obama faz: suas barbáries, seus desmandos, as torturas em Guantánamo, as atrocidades travestidas de “combate ao terror”, a perseguição ao muçulmanos... Dois pesos e duas medidas. Típico de má-fé, não de mera incompetência.


Parlamento da Crimeia aprovou unanimemente decisão de aderir à Rússia


Mas tanto os EUA, quanto seus capachos europeus sabem dos altos custos de uma crise com Moscou. Primeiro porque é a Rússia; segundo pela dependência do gás dos russos.

As bolsas tendem a cair, o preço do petróleo dispara, os grãos produzidos na Ucrânia ficam com os preços na estratosfera e prejudica o cenário global, em especial a ainda combalida da UE. Putin sabe que seu país pode sentir fortemente os efeitos da crise, mas que seus antagonistas sairiam mais prejudicados se apostarem alto. A Alemanha em especial. 


A hipocrisia de Obama ao condenar a Rússia por violar o “direito internacional” na Crimeia


Cancelaram o encontro do G8 que seria em Socchi? Putin não liga. Ameaçam com sanções? A Rússia poderia bloquear os ativos dos seus ex parceiros. A Otan quer ampliar sua base para a ex República Soviética? Moscou sabe que encontraria anuência de Cuba e Venezuela para fazer o mesmo na América Latina.

A política externa de Obama tem cometido sérios erros. Sua pitbul enraivecida (e ressentida), Hillary Clinton, esbraveja contra Putin, o comparando com Hitler, sendo que as ações americanas, desde o fim da Segunda Guerra foram mais próximas do nazismo, do que qualquer outro país.

As bravatas dos Estados Unidos sempre encontraram solo fértil entre líderes fracos e submissos, como os da França, Inglaterra e Alemanha. Mesmo depois de ser desmascarado com seu plano de espionagem internacional contra seus próprios aliados, a submissão ao establishment americano permanece.



Putin vem fazer um contraponto ao totalitarismo secular dos EUA. E é odiado por isso. A imprensa, em especial a brasileira, está acostumada a repercutir como uma câmara de eco o que é dito na mídia americana, sem ao menos contestar, questionar, papel fundamental do bom jornalismo. As redações tupiniquins se transformaram em sucursais da FoxNews. Os telejornais, as revistas semanais e os jornalões mantém um discurso perigoso e vergonhoso de apoio incontestável a Obama e sua política internacional predatória.

Mas mesmo contra tudo isso, a Rússia permanece firme. Nada a estranhar, para uma nação que praticamente sozinha derrotou o exército de Hitler, quando seus soldados, estupidamente, partiram contra a União Soviética. Se derrotou o Fuher, derrotar um Obama e seus paspalhos da União Europeia não deve ser assim tão difícil.




sábado, 7 de abril de 2012

A MISÉRIA DA ÁFRICA MANTIDA PELO VELHO CONTINENTE...



























   Como diria Beto Guedes em sua clássica canção 'O Sal da Terra' :

     Vamos precisar de todo mundo
       Um mais um é sempre mais que dois
         Prá melhor juntar as nossas forças
           É só repartir melhor o pão
             Recriar o paraíso agora
               Para merecer quem vem depois...


A fome, que controla a população dos países africanos, já fez milhões de vítimas no continente ao longo das décadas. 

Como instrumento eterno de escravização, o controle da água e dos alimentos é a força motriz do "mundo civilizado" contra os africanos, de um modo geral.


Para um continente rico em diamantes, ouro, petróleo e esmeraldas, seus habitantes padecem de pobreza extrema. Talvez porque os que verdadeiramente lucram com seus vastos recursos naturais são os mesmos que, ao longo dos séculos, vem demarcando fronteiras que lhes favoreça na hora de manter as atividades  criminosas. No afã de preservar a fonte de recursos, acabam mantendo no mesmo lugar (que o velho continente veio a chamar de "países") clãs diferentes, com costumes, tradições e idiomas diversos. Isso explica a quantidade enorme de guerras civis que assolam o continente. 


A ONU e a União Europeia apenas observam, para que seus domínios não sejam mudados. Muitos destas nações ditas de "primeiro mundo" mantém com mão de ferro seus feudos particulares, sem se importar com a população local, com seus problemas, as epidemias e os ditadores oficiais, que controlam os países como se estivessem a frente de 'capitanias hereditárias'. 


E para evitar qualquer tipo de rebeldia que vise se independer daqueles que os exploram, há sempre uma operação da CIA pronta para derrubar o insurgente, com a desculpa de se 'preservar e/ou reestabelecer a democracia'. Provavelmente a palavra mais abstrata vinda de um líder europeu ou americano.